Wal Reis

Carta triste para alguém que não ficou

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“Bastava ter me olhado nos olhos e dito o que te ia no coração e eu entenderia que não era hora de ir. Você me perdeu quando optou por calar a sua verdade, não acreditando que aquela poderia ser também a minha verdade.

Eu fui. Voei mundos, mudei de roupa e de sonhos. Mudei de vida e de princípios. Encontrei pessoas e me desencontrei de mim.

Mas tantas vezes olhei para trás. Tantas vezes procurei por suas mãos. Ora para me acompanhar, ora para me ajudar a levantar. Até que um dia desisti de te encontrar por caminhos que não eram os seus. De te encarcerar num baú de lembranças porque a arca nunca fechou. E inventei um você só para mim. Um que aceitou, sem resistência, morar nos meus pensamentos. Aquele cuja biografia ainda se escrevia em meia dúzia de páginas e tinha o nome ligado ao meu.

E foi assim que tive sua companhia em noites estreladas, com lua sorrindo. Em praias desertas e em outras nem tanto. Em ruas inóspitas e em corredores de hospital, quando a vida mostra sua fragilidade.  Em festas, missas e velórios. Em camas mornas, em noites insones. Um você, que já nem sei se é você. Mas que se manterá para sempre comigo.”

#amor #desencontros #seguir #melancolia

Crédito: Margadc (Pixbay)

*Wal Reis é jornalista, profissional de comunicação corporativa e escreve sobre comportamento e coisas da vida. Blog: www.walreisemoutraspalavras.com.br

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