Wal Reis

Abençoada seja toda decepção, por Wal Reis

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Por Wal Reis

Toda decepção, em menor ou maior grau, independente do que envolva, frusta. É a constatação nua e crua de um engano e suas expectativas morrem ali. Mas, apesar do eventual luto, decepções são mal necessário e, muitas vezes, as únicas capazes de nos deter, de colocar pontos finais ao invés de vírgulas.

Decepções precisam ser necessariamente arrebatadoras, tipo porrada na cara mesmo, para que a gente acorde e passe enxergar a real, sem filtro. Caso contrário, temos a tendência de fingir demência, jogando as pequenas frustrações debaixo do tapete e seguimos acreditando no improvável.

Por burrice ou despreparo só nos conformamos com alguns equívocos quando eles gritam alto. E não adianta aviso prévio e nem os afamados “eu te avisei” uma vez que decepção é algo pessoal e intransferível. Só vai te impactar quando chegar no seu limite, que é diferente do limite do outro: o que me decepciona pode não te decepcionar e assim por diante. Mas o balde de água fria é despejado na medida da necessidade, no ponto certo para entendermos que agora já deu.

É bom saber que aquilo que emudece e deixa sem rumo em um primeiro momento, também redireciona. Faz perceber que é impossível passar por cima de alguns princípios e, a partir daí, fica mais fácil promover o autorrespeito. É tipo dar aquele pulinho no fundo do poço e então emergir com mais coragem e aptidão para desviar das próximas ciladas.

Porque tem uma criança eterna dentro de cada um, que se machuca, mas nem por isso desiste de brincar.

*Wal Reis é jornalista, profissional de comunicação corporativa e escreve sobre comportamento e coisas da vida. Blog: www.walreisemoutraspalavras.com.br

Imagem: ukrtor (Pixbay).

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