Decor Entrevistas

“Tenho orgulho de ajudar a transformar Miami numa cidade global”

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A arquiteta e designer Adriana Sabino é uma workaholic apaixonada pela vida e por tudo o que é belo. Formada em arquitetura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com cursos de pós-graduação em planejamento urbano na Universidade Federal de Minas Gerais, e membro da American Society of Interior Designers. Além disso, a carioca que viveu em Belo Horizonte e mudou-se com a família para os Estados Unidos há 31 anos, é também presidente do Centro Cultural Brasil-USA (CCBU), uma das mais atuantes entidades culturais brasileiras nos EUA. Adriana hoje divide o seu tempo entre as atividades no CCBU e os projetos de decoração de interiores na Adriana Sabino Interiors Inc., em Key Biscayne. Confira a entrevista de Adriana para a Acontece Magazine.

Adriana, como e quando você iniciou sua carreira de arquiteta e designer de interiores?
Iniciei minha carreira de arquiteta e designer de interiores em 1977. Sou do Rio e, após me formar em arquitetura na UFRJ e casar com um mineiro, me mudei para Belo Horizonte. Lá eu me associei a duas outras arquitetas e comecei a trabalhar em projetos residenciais, comerciais e também de interiores.

Qual é o seu estilo de decorar?
Eu não tenho um estilo. Acho que um interior designer não deve ter um estilo. Eu transformo a ideia e o sonho dos meus clientes em realidade, com harmonia, bom gosto. Os interiores de uma residência devem refletir a personalidade, a vivência do cliente.

Quem são os seus clientes?
Meus clientes são principalmente brasileiros que têm em Miami uma segunda casa.

Com a crise política e econômica do Brasil, a Adriana Sabino Interiors tem recebido mais clientes brasileiros?
Sim. Tem havido maior interesse. E o perfil agora não é mais de casa de férias, e sim de uma residência por um período mais extenso.
Na sua opinião, como escolher um bom profissional na hora de decorar ou reformar a casa?
Pesquise o trabalho do profissional. Se gostar do que viu, faça uma entrevista e peça uma proposta. É fundamental haver empatia, pois a criação dos interiores de uma residência leva tempo e é, basicamente, um trabalho de time: clientes e designers.

É possível decorar com um budget limitado?
Claro que sim. E, como muitos de meus clientes têm um orçamento limitado, acho que estou me tornando uma especialista em criar interiores bem resolvidos e interessantes com pouco dinheiro.

Quais são suas lojas de decoração preferidas em Miami?
Trabalho com muitos fornecedores. Normalmente, uso lojas com prazos de entrega reduzidos ou pronta entrega, pois a maioria dos meus clientes querem o projeto pronto num prazo curto. Muitas vezes eu projeto meus móveis – principalmente estantes, unidades de som/tv e móveis para escritório.

Além de trabalhar com a sua empresa de decoração, você também é presidente do Centro Cultural Brasil-USA. Como consegue administrar o seu tempo?
Trabalho muitas horas por dia e organizo bem o meu tempo. É interessante como quando você gosta do que faz você sempre encontra tempo. Adoro o meu trabalho de designer, de criar ambientes bonitos e agradáveis. E adoro divulgar o Brasil e sua cultura através do meu trabalho de voluntária do Centro Cultural Brasil-USA.

Quando você decidiu viver em Miami e por quê?
Na verdade não fui eu quem decidiu. E o plano nem era morar em Miami! Minha história parece a letra daquele samba: “vida leva eu…” Vim com meu marido e minhas duas filhas pequenas para Nova York, em 1983, onde ele faria um curso de seis meses na New York University. O plano era voltar para Belo Horizonte, onde eu havia deixado o escritório funcionando e projetos em andamento. Quando ele terminou o curso, a companhia para a qual ele trabalhava pediu que ele viesse a Miami prospectar oportunidades de negócios. E aí acabamos ficando… Cheguei em Miami em janeiro de 1984, sem ser planejado, e estou aqui até hoje!

O que você mais admira na cidade e no país que escolheu para viver?
Gosto do clima quente, da natureza – a presença do mar e muita vegetação me lembra a minha cidade natal, o Rio – e da mistura de culturas, línguas. Acho um total privilégio participar da transformação de Miami de uma cidade sulista, meio caipira do início dos anos 80, numa metrópole global. Admiro a estratégia de transformar Miami numa cidade global através da cultura. E me orgulho de contribuir para essa transformação como interior designer, como ex-membro do Conselho do Arsht Center for the Performing Arts e como co-fundadora e presidente do Centro Cultural Brasil-USA da Flórida.

Fotos: Jade Matarazzo / Adriana Sabino Interiors

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