“Uma boa ração balanceada é mais apropriada do que uma dieta preparada somente com amor, mas desbalanceada”
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Será que meu pet seria mais saudável se eu cozinhasse pra ele?

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Por Dra. Cecília Magalhães

Escuto muito essa dúvida dos meus clientes, principalmente quando seus animaizinhos adoecem. Se eu cozinhasse pro meu pet, ele não teria uma alimentação mais saudável do que a ração ou a latinha? Entendo que em muitas situações e processos de doenças nos sentimos inseguros e impotentes. Mas a resposta não é tão simples, e as considerações a serem feitas são gigantescas.
Alguns estudos recentes apresentam duas conclusões: a dificuldade de se preparar uma dieta 100% balanceada e saborosa para cães e gatos, mesmo por nutricionistas; e o aumento de cães e gatos obesos, um problema muito sério, que pode diminuir seu tempo de vida conosco.
O que fazer então? A decisão é sempre individual, mas vamos aos fatos.
Basicamente, temos três situações a considerar.

1. Ração: existe a questão dos “recalls”, que têm sido mais frequentes e os últimos realizados foram relacionados à qualidade dos ingredientes e ao excesso de vitaminas que podem causar doenças. Mas a favor das indústrias de ração, podemos dizer que foi por meio delas que a educação em nutrição animal teve a oportunidade de crescer mais rapidamente, assim, aprendemos com os resultados positivos e negativos. Na maior parte, é uma alimentação balanceada, saudável e prática. Mas claro, não queremos que o nosso animalzinho seja o afetado negativamente.

2. Comida caseira: quando decidimos cozinhar para os nossos pets, devemos levar em consideração vários fatores, entre eles: a faixa etária do animalzinho; as diferenças entre as raças e as variedades entre elas; o sexo e a fase reprodutiva do seu pet; se é um animalzinho de serviço, e de que tipo; se faz alguma atividade física diária e por quanto tempo; em que tipo de clima vive; qual o estilo de vida; que peso tem e qual deseja alcançar; e muito importante, a saúde física e mental do seu pet.
E tão relevante quanto essas questões é a realidade de seu estilo de vida. Não podemos esquecer da importância de sua dedicação para se atualizar sobre a evolução dos estudos em nutrição e do seu tempo disponível para preparar a alimentação. Cozinhar em casa para o seu pet não se baseia somente em agregar carboidratos, proteínas, frutas, verduras e legumes na quantidade e forma corretas. Temos que balancear diariamente a quantidade de vitaminas e sais minerais necessários, além de prebióticos (benéficos para a flora intestinal) e probióticos (bactérias benéficas para o intestino), antioxidantes, ômega ácidos, glucosamina… E a lista só cresce.

3. Raw: as comidas cruas, ou “raw”, que enfatizam o alto teor de carnes cruas (músculos e órgãos internos), osso moído, ovo cru, além de verduras e frutas, são uma grande preocupação. Estudos mostram que existe a possibilidade de contaminação com organismos letais para os nossos pets e para nós. Também existe a presença dos órgãos internos e dos ossos triturados, que podem causar desequilíbrio de cálcio, quebrar dentes e causar ferimentos internos. Essa dieta foi desenvolvida para animais de trabalho. Será que seria ideal para o nosso animalzinho que vive no ar-condicionado, dormindo no sofá?
Como vê, decidir não é fácil, mas o importante é se informar para que você tome a melhor decisão para a saúde do seu pet.
Minha dica: uma boa ração balanceada é mais apropriada do que uma dieta preparada somente com amor, mas desbalanceada. Algumas indústrias de alimentação animal já produzem e comercializam a comida “caseira” cozida e preparada com a orientação de um nutricionista, maior chance para o sucesso. Converse com seu veterinário antes de mudar a alimentação do seu animalzinho.

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