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Pacto Global da ONU fortalece país e empresas, diz Luiza Trajano

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Luiza Trajano, líder do grupo Mulheres do Brasil

Luiza Trajano, líder do grupo Mulheres do Brasil

Líder de duas organizações que colaboram com a iniciativa das Nações Unidas, a empresária brasileira considera a parceria uma necessidade para facilitar a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável; em setembro, ela lança a iniciativa Cidades Geridas por Mulheres, na América Latina, em colaboração com o ONU-Habitat.

Empatia, inclusão e diversidade. Esses elementos são fundamentais em qualquer projeto capitaneado pela  empresária brasileira, Luiza Helena Trajano, a CEO do Magazine Luiza, fundadora do grupo Mulheres do Brasil e incentivadora de inúmeras iniciativas para melhorar entornos e o mundo. 

Nesta entrevista ao Podcast ONU News, ela afirma que o segredo do sucesso é dedicação exclusiva em tudo que faz. E que desde cedo, escolheu ser protagonista da sua própria história.

Pula para 50%

“Eu queria ser protagonista e você paga um preço. E protagonista, que eu falo, é estar junto. É estar junto com a minha cidade, é fazer e não ver a banda passar. Eu sempre fiz o meu propósito: de ser eu uma das construtoras nessa vida que eu estou. De estar construindo junto com as pessoas. Eu estou junto com o governo, estou junto com a empresa, estou junto com o empreendedorismo. Quando você tem esse propósito maior, não é fácil, porque você não ganha só de um lado. Qualquer opção que você tem, você perde alguma coisa.”

Desde que passou a colaborar com o Pacto Global da ONU, Luiza Trajano, tem sido convidada para vários eventos da organização. Em Nairóbi, no Quênia, sede do ONU-Habitat, ela assumiu o compromisso de impulsionar na América Latina a candidatura de mais mulheres como vereadoras e prefeitas. É o Pula para 50, que faz parte da iniciativa Cidades Geridas por Mulheres.

“A gente vai fazer o primeiro teste em cinco cidades da América Latina também. Cidades de 30 mil a 100 mil habitantes. E o grupo Mulheres do Brasil lançou o Pula para 50. E a gente tem trabalhado isso há quatro anos, para que os partidos deem verbas, para que trabalhem. Então, nós vamos levantar 50% de mulheres em política. Dentro de quatro, cinco anos, você já vai ver isso aqui no Brasil.”

Cotas e violência contra mulheres

A empresária conta que ao começar o grupo Mulheres do Brasil, em 2013, e que já tem mais de 117 mil participantes, em várias partes do mundo, ela era criticada por defender o regime de cotas. Mas hoje, a ideia se tornou comum para muitas empresas e indivíduos.

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A missão de Luiza Trajano agora é erradicar a violência contra as mulheres, o que segundo ela só causa perdas para todos os envolvidos, a sociedade e o mundo. Já está recrutando simpatizantes para a empreitada que deve começar em janeiro de 2024.

“E eu te digo: a única causa nossa, que a gente tem que prestar bem atenção, que é global. Tem em todo o lugar: Vale do Silício, Madri, Londres… é a violência contra a mulher. Essa tem em todo o lugar. Estou trabalhando para lançar um Pacto, em janeiro, para daqui a quatro anos, nós não termos mais nenhuma violência no mundo. Não é só no Brasil.

E eu estou encontrando muitos adeptos para isso porque é uma coisa que acaba com todo mundo. No nosso grupo trabalha-se muito (este tema), a violência é uma coisa que… Eu nunca vi um perde tão grande. Perde a família do marido, perde a família do companheiro, perde a família da mulher, perdem os filhos com terapia, doença. Então é assim: a cada duas, três horas, uma mulher é morta pela violência que não leva a nada.”

Em 2021, a Revista Forbes, dos Estados Unidos, colocou Luiza Helena Trajano na seleta lista das 100 pessoas mais influentes do mundo. Ela lembra que foi a primeira mulher no varejo do Brasil e se tornou pioneira ao convidar homens, donos de lojas como ela, a entrarem na Bolsa de Valores. 

Compromisso para enfrentar dificuldades

Ao ser perguntada como chegou lá, ela replica: “Não bato de frente, mas também não saio de uma reunião sem ser ouvida.”

“O que eu falo é o seguinte: eu não tenho dó de mim. Agora, não, mas quando não me davam muita confiança, eu levantava a mão e dizia: Olha, eu tenho uma ideia feminina aqui que vocês vão gostar, me escutem. Eu não saía de lá. Eu não dizia: Ah, que homem chato! Onde já se viu? Eles não me escutam. Não. Eu saio assim: Eu fiz a minha parte.”

Luiza Trajano, líder do grupo Mulheres do Brasil

Luiza Trajano se define como uma política sem cargo público. Apesar de já ter sido convidada a se candidatar a postos altos, em seu país, ela decidiu fazer a diferença ali mesmo de onde está. 

Para a empresária, que começou a atuar no varejo aos 12 anos na loja da tia Luiza, em São Paulo, o trabalho é a melhor maneira de manter o corpo e a mente sãos e funcionando. E garante que estar comprometida com um propósito é a chave para enfrentar qualquer dificuldade na vida.

Para acompanhar a entrevista na íntegra, acesse: 

O Podcast ONU News retorna em 4 outubro com o subsecretário-geral das Operações de Paz, Jean-Pierre Lacroix.

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