Claudia Raia vive a personagem Lidiane na novela Verão 90
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Claudia Raia – no auge da beleza e do sucesso profissional

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“Empreendedora. Atriz. Bailarina. Dona do próprio corpo. Mulher. Mãe. Esposa. Filha. Amiga.” Assim se autodefiniu a atriz Claudia Raia, na legenda de uma foto na sua página no Instagram, ao completar 52 anos.
Ela está vivendo uma ótima fase pessoal e profissional e esbanja beleza, com um corpo invejável. Seu primeiro trabalho profissional foi aos 10 anos de idade, como manequim do costureiro Clodovil Hernandez. Aos 11, fez tratamento para controlar o excesso de crescimento; aos 13, já estava com 1,70 metro de altura e ganhou uma bolsa para estudar ballet em Nova York. Nos assuntos do coração, Claudia passou por várias experiências amorosas. Em 1984 foi casada com o humorista e apresentador Jô Soares, numa relação que durou dois anos. Logo depois, em 1986, se casou no civil e no religioso com o ator Alexandre Frota, mas a relação conturbada acabou em 1989. No mesmo ano, teve um relacionamento com o ator Raul Gazolla e, dois anos depois, com o apresentador Fausto Silva. Mas foi em 1992 que Claudia Raia iniciou um novo relacionamento, desta vez, durante as gravações da novela Deus nos Acuda, com o então colega de trabalho, o ator Edson Celulari. A relação durou 17 anos e o casal gerou seus dois filhos, Enzo e Sofia. Mas aos 52 anos Claudia acredita ter encontrado finalmente o amor, ao lado do ator Jarbas Homem de Mello, com quem se casou em uma cerimônia íntima, no ano passado.
Com mais de 30 anos de carreira, conquistou o sucesso nos anos 90, interpretando papéis marcantes na televisão e no teatro e é pioneira dos espetáculos musicais no Brasil. O primeiro, “Não fuja da Raia”, aconteceu em 1991, na época, conquistado com muita determinação da atriz e sem nenhum patrocínio. Desde então, Claudia Raia tornou-se a rainha dos musicais no Brasil, para onde levou diversos shows da Broadway, atuando como cantora, dançarina e produtora. Sua mais recente produção é o “Chaplin, o musical”, que conta a história do ícone do cinema. Na TV, ela vive a sua mais nova personagem Lidiane – da novela Verão 90, transmitida pela Globo Internacional. Entre tantos papéis de mulheres marcantes, ela acredita que esta é a personagem “mais louca” que já viveu. E a atriz nos conta, nesta entrevista, um pouco mais sobre a novela e sua “louca adorável Lidiane”, que, sem dúvidas, será mais um grande papel em sua brilhante carreira. Confira.

Claudia, fale um pouco sobre a novela “Verão 90”.
“Verão 90” é uma explosão de alegria, acho que vamos assistir ao resgate dessa liberdade, vamos assistir ao quanto eram bons os anos 90. A década de 90 vem do exagero dos anos 80, onde não cabiam mais tanto cabelo, ombreiras, brincos, éramos uma árvore de Natal! E, de repente, vêm os 90 com a mesma explosão de alegria, liberdade. Você podia ser quem quisesse ser, se vestir como você quisesse, com todo o colorido, com esse sol brilhando, com esse encontro na praia. Ninguém tinha celular, nos encontrávamos na praia, no baixo Leblon, a gente se achava olhando uns para os outros, curtindo, passando a noite inteira juntos, rindo, bebendo e dançando. Sendo feliz. E acredito que essa explosão de alegria e de felicidade é que teremos no ar.

Quem é Lidiane, sua personagem?
É uma louca, mas é uma louca adorável. Uma louca que transita da alta comédia para a “bagacerice” e depois para o drama. Personagem muito rica, que me dá possibilidade de fazer o que eu quiser. Então é um desafio para mim e também para o Jorginho (Jorge Fernando, diretor artístico da novela), uma dupla de uma vida inteira de grandes personagens de comédia. Criei a Lidiane como uma mãe afortunada, uma mãe presenteada com a Manuzita. Estou apaixonada de verdade pela Isabelle (Drummond), já estamos vivendo mãe e filha na vida também! Isso é importante, pois trazemos para a cena uma intimidade, uma coisa muito bacana. O que é muito bonito é que não é só uma mãe e uma filha, é uma dupla. O que a Manuzita poderia achar de inadequado na mãe, ela acha graça. E ela é uma minilouca, igual. Construímos juntas esses desalinhos e desacertos das duas. Vamos ver a Isabelle de uma maneira muito diferente, como uma comediante!

Como foi a preparação para viver a Lidiane?
A preparação toda começou pelo corpo, fizemos aulas de dança, ouvindo de novo as músicas da década, percebendo como era esse corpo que dançava o tempo todo. Começou por aí, o que eu achei muitíssimo inteligente. Era com esse corpo que a gente tinha que voltar a representar. E tínhamos a responsabilidade de contar para os jovens o que os anos 90 foram realmente. Tivemos workshops, a década, momentos da política, a moda, o desenvolvimento da tecnologia. O mundo mudou completamente no ano 2000, então muitas pessoas não sabem o que é um vinil, uma vitrola, um walkman, é muito louco isso, pois eles nunca viram! Então tivemos um novo contato com tudo isso, e foi uma emoção se deparar novamente com esses elementos.

Como estão sendo as gravações?
O clima dos bastidores é uma festa! Primeiro, porque é um elenco incrível, adorável, lindo de morrer, um mais lindo que o outro. Todo mundo quer estar junto, marcamos uma hora antes de gravar para tomar suco, um café. É uma ideia do Jorge Fernando e dos diretores que deu muito certo. E se você tem uma produção e uma direção amorosa, carinhosa, e a história que vai ao ar carrega essa carga de amor, o público também a sente.

Quais foram suas referências musicais e quem considera ícones dos anos 90?
Lulu Santos, Marina, Cazuza, Tim Maia, Fernandinha Abreu, Blitz. Tenho dois temas meus nessa novela, que são “Como uma deusa”, da Rosana, que é maravilhoso, e “Tica Bum”, da Gretchen, que é muito adequado. É hilário, hoje, você poder ouvir esse tipo de música, é muito legal. E a ideia do Jorginho (Jorge Fernando, diretor artístico da novela) de trazer sempre as músicas temas cantadas pelo próprio intérprete faz com que a gente se transporte para a década de 90. Além disso, uma coisa muito bacana que o Jorginho inventou como linguagem é usar os clipes originais em alguns momentos dos capítulos. É uma oportunidade para as pessoas verem novamente os seus ídolos e, para quem não os conheceu, ter a chance de ver os artistas como eles eram, cantando a música tema dos personagens. Um charme todo especial.

Fotos: Globo/João Miguel Jr / João Cotta / Tato Belline

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