Foto: Pexels/Daian Gan
Arte Business Paola Tucunduva

Art Basel movimentando negócios em Miami

Paola Tucunduva é coach de empreendedorismo com 28 anos de experiência. Contatos: paolatucunduva.com.br paola@tucunduva.com.br
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Dezembro é o mês de Art Basel em Mimai, você sabe o que é a Miami Art Week? Já visitou?

A Art Basel é uma feira de arte internacional com fins lucrativos, de propriedade e administração privada, realizada anualmente em Basel, Suíça; desde 2002 em Miami; Hong Kong e a partir de 2022, Paris. A Art Basel trabalha em colaboração com as instituições locais da cidade anfitriã para ajudar a crescer e desenvolver programas de arte. Embora a Art Basel forneça uma plataforma para as galerias mostrarem e venderem seus trabalhos aos compradores, ela também conquistou um grande público internacional de espectadores e estudantes de arte.

Esse evento atraiu um número grande de visitantes, o que despertou o movimento da criação de feiras paralelas e muitos eventos ligados a arte e design, que hoje é conhecida por Miami Art Week.

No meu artigo do mês passado eu escrevi sobre os passos para um artista ter sucesso como empreendedor (se você ainda não leu acesse através desse link https://acontece.com/artistas-sao-empreendedores-sua-arte-e-seu-negocio/)

E para comemorar esse evento tão especial decidi convidar o artista brasileiro André Poli, que mora em Miami, para trazer a sua visão sobre o lado empreendedor do artista e seus desafios.

“A equação entre o fazer arte e edificar a arte como produto de mercado, talvez seja uma das equações mais complexas que exista. Levando em conta que a produção artística pode ou não estar vinculada a alguma forma de remuneração, existe a arte pela própria arte , por outro lado a arte movimenta um dos maiores mercados da atualidade, com um entorno de negócios tão estratosférico como o valor, que algumas obras de arte tem atingido nas casas de leilões, No meu caso a arte sempre foi um negócio, apesar de todo o romantismo e ideal que tenho quanto as questões de expressão artísticas, O meu sustento sempre veio do resultado da negociação das minhas obras, então cada trabalho novo é mais um elo nesta cadeia que envolve dezenas de pessoas que diretamente ou indiretamente tem lucro financeiro com cada criação vendida, toda a cadeia de fornecedores, matéria prima, como tinta , tela , solventes, luvas, maquinário, e centenas de outros produtos, como toda uma equipe de apoio, ajudantes, instaladores, transporte, etc, subindo de layers vamos chegar até críticos , fotógrafos, jornalistas, até o topo da cadeia ,os galeristas, art dealers, marchands, tanto do mercado primário como secundário, e outros tantos mercados paralelos, que flutuam en torno do objeto de arte, colecionadores , arquitetos , interior design , uma infinidade de pessoas que vivem e trabalham neste negócio, sem nem entrar nas questões do universo digital, NFT, ficaríamos horas aqui.

Creio que o maior desafio para um artista é se lapidar o suficiente como profissional, para não ceder as tentações da arte, está te abre as portas para inúmeras possibilidades de comportamento e atitudes, eu por muitos anos aproveitei uma porta que me possibilitou viver como um nômade , transitando por várias partes do mundo, uma riqueza inimaginável, mas com o preço de certa de continuidade, os desafios estão diretamente ligados ao viés e posicionamento de cada artista, um artista que faz pequenas obras decorativas tem um universo , incompatível do ponto de vista estrutural, de outro que faz grande instalações e obras públicas com caráter conceitual, Cada qual tem questões e soluções extremamente diferentes e o mais raro é que o peso da balança financeira pode pender para qualquer lado.

A resposta de um milhão de dólares é o que faz um artista ter sucesso , fora as óbvias como talento, estudo , trabalho, determinação e sorte , existe um componente incomensurável, que pode ser respondido por outra pergunta, por que a história registra alguns artistas como ícones da humanidade, e outros artistas contemporâneos dos mesmos, muitas vezes com o mesmo ou mais talento desaparecem nas malhas do tempo , talvez a resposta seja : interesse do mercado e a construção de valor agregado à determinada assinatura.
Enfim a arte é um lastro financeiro dos mais atemporais que conhecemos, assim com os metais e pedras preciosas, carregam valor através dos séculos.”

Eu fiquei encantada em conhecer a visão dele sobre como na prática um artista pratica seu lado empreendedor sem prejudicar o seu lado criativo. E gostei de conhecer um pouco dos “bastidores” de um artista e seus desafios. O que você mais gostou no depoimento do artista André Poli? Vou adorar receber seus comentários através do meu email paolatucunduva@gmail.com

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