Você sabe qual a população mais estressada nos Estados Unidos? A de adolescentes!
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Ansiedade e adolescência

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Por Dr. Ana Gouvea

Quando pensamos em estresse e ansiedade, as imagens que vêm à nossa mente podem ser a de um executivo estressado com suas constantes viagens e os milhões de dólares que deve gerenciar, uma mãe sobrecarregada com casa, trabalho e filhos ou você mesmo com suas preocupações e angústias. Uma imagem que não vem em nossas mentes é a de um adolescente. Para nós, eles são cabeça fresca, aproveitando a vida no celular, skate e shopping com os amigos. Mas você sabe qual a população mais estressada nos Estados Unidos? A de adolescentes!

A razão é simples: muita pressão. Eles têm a pressão da escola, dos deveres de casa, da mídia social, dos pais, dos hormônios. Quase tudo na vida de um adolescente está relacionado à competição. Na escola a pressão pelas melhores notas, pela “honor roll” e ao mesmo tempo a pressão dos amigos (peer pressure em inglês) para agir de uma determinada maneira e ser popular. Em casa a pressão dos pais e os deveres de casa que tomam muitas horas que deveriam ser de lazer. Se praticam um esporte, a pressão para ser o melhor, para ganhar o campeonato, para ganhar uma bolsa para a universidade.
Horas de lazer? Na escola não tem recreio. Ficam a maior parte do dia sentados em uma sala de aula. Não têm onde gastar a energia e são bombardeados com muita informação e mais os deveres de casa. Nos finais de semana a pressão para ganhar o jogo se praticam um esporte ou para fazer o dever. Muitas vezes, o lazer do final de semana inclui muita mídia social, videogames e celular. Esse tipo de lazer pode gerar uma certa dependência e em alguns casos aumenta a ansiedade.

A ansiedade no adolescente pode contribuir para uma piora no rendimento escolar, dificuldades de socialização, depressão e comportamentos de risco como beber, usar drogas, se cortar e até ter pensamentos de suicídio. Então, como ajudar o adolescente ansioso? Procure um terapeuta especializado no tratamento de adolescentes para ajudá-lo nesse processo. Apoio familiar também é muito importante.

Observe o comportamento do seu filho. Veja se nota alguma mudança, sinais de estresse ou tristeza. Tente conversar com com ele. Conversar com adolescentes é difícil. Eles acham que você não entende nada, é um chato, mas mostrar interesse é importante para que eles entendam que você está presente e quer apoiá-lo. Elogie o desempenho dele, os pequenos sucessos que passam muitas vezes desapercebidos. Por exemplo, o time dele perdeu, mas ele jogou bem. Tirou um B no teste de matemática e no teste anterior tinha tirado F. Enquanto pais não notamos, mas criticamos muito os nossos filhos: vai fazer o dever, sai do telefone, você não ajuda em nada na casa, o seu quarto está uma bagunça e por aí vai. Às vezes, é bom parar e refletir no que estamos dizendo aos nossos filhos.

Tenha regras claras na casa e mantenha essas regras. Por exemplo, lavar a louça depois do jantar, arrumar o quarto no final de semana, não jogar videogames durante a semana etc. É muito importante ter um limite para o celular e a mídia social que não passe de duas horas por dia. Não grite o tempo todo. Não fale dez vezes a mesma coisa. Tenha regras claras, em que as consequências do não cumprimento também fiquem claras. As regras têm que ser factíveis e levar em conta todas as pressões que o adolescente já está experenciando.

Ache tempo para estar com o seu filho. Jantar em família, por exemplo. Sair no final de semana e fazer algo que não esteja relacionado com competição, cobrança ou pressão. Uma atividade para relaxar e conectar com o adolescente. Como os Beatles já diziam, “tudo o que precisamos é amor”. E isso é muito verdadeiro para um adolescente que está passando por tantas pressões e mudanças.

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