Thais Fernandes conquistou sua própria cidadania italiana e hoje dá assessoria para pessoas conquistarem o mesmo sonho
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Thais Fernandes explica sobre a cidadania estrangeira

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Thais Fernandes nasceu em São Bernardo do Campo (SP) e vem de uma família metade italiana e metade espanhola. Sempre foi uma menina curiosa, estudou e viveu em diferentes países, até se encontrar na cidade e na profissão que ama. Estudou Direito por um ano, mas decidiu se mudar para a Austrália com o namorado, Fábio, com quem hoje é casada. Morou um tempo em Porto Alegre, onde estudou Design e Teatro. Voltou para São Paulo para fazer Cinema e, depois, descobriu Miami, onde ela mora e trabalha assessorando pessoas a realizar o mesmo sonho: viver sem fronteiras. Ela nos explica um pouco mais sobre o seu trabalho nesta entrevista para a Acontece Magazine.

Thais, quando você saiu do Brasil pela primeira vez e descobriu que era uma “cidadã do mundo”?
Eu tinha 18 anos quando eu e o Fábio decidimos ir morar na Austrália. A partir de então, descobri que minha maior vontade era poder vivenciar outras culturas. Passei uma temporada na Europa, fui conhecer o deserto no Oriente Médio, os glaciais na América Latina, fiz turismo na África, mas quando pisei nos Estados Unidos, descobri que era aqui que eu queria ficar. Fizemos um processo de investimento, montei meu escritório e desde então passei a assessorar pessoas que também buscam um mundo sem fronteiras. Hoje vivo em um universo com praticamente nenhuma barreira da imigração. Sou cidadã ítalo-brasileira e tenho o meu greencard.

Quando você começou a se especializar na área de cidadanias estrangeiras?
Há sete anos, quando dei início à busca pelo reconhecimento da minha cidadania italiana. Foi um processo lento, encontrei muita gente incompetente no meio do caminho, que só visava o lucro da operação e não se importava com o meu sonho. Mas depois de muita insistência, no mesmo dia em que apliquei para o processo de greencard, localizei o documento que comprovava a minha origem italiana e me concedia o direito ao passaporte italiano.

Qual é o perfil das pessoas que querem “viver sem fronteiras”?
Eu trabalho com todos os tipos de pessoas. Desde estudantes, que buscam através da cidadania italiana ou portuguesa uma oportunidade de vida melhor na Europa, até médicos, juízes, promotores, advogados, engenheiros, administradores. O que posso dizer é que, de um ano para cá, o público que mais procura sair do Brasil de forma legal é composto por pessoas mais velhas, normalmente com um poder aquisitivo maior. Elas buscam na Europa ou nos Estados Unidos uma qualidade de vida, porque atualmente o Brasil deixa a desejar.

Como saber se tenho direito à cidadania de outro país?
Através da análise dos seus documentos e da sua linha de transmissão. Para que estivéssemos aqui hoje, dependemos da existência de em média 86 pessoas, entre pais, avós, bisavós, trisavós, tataravós e assim por diante!

Quais os steps para se conseguir uma cidadania estrangeira?
Primeiro precisamos analisar a sua linha de transmissão e verificar, devido às suas origens, quais os possíveis pedidos de reconhecimento que se enquadram. Cada país atua de uma forma na obtenção do pedido de reconhecimento. A Itália, por exemplo, é um país que ainda hoje não determina um limite de geração para que seja possível solicitar o reconhecimento da cidadania italiana. Já Portugal e Espanha impõem um limite máximo de geração na transmissão do reconhecimento para pessoas nascidas fora do território.

Muitos brasileiros estão querendo se mudar para Portugal. Por que o país está atraindo tantos brasileiros?
De fato, a língua. Por falarem português, o brasileiro se sente mais confortável em se mudar para Portugal. O custo de vida no país também é outro atrativo, se comparado com outros países europeus. A cidadania portuguesa, por exemplo, atualmente é transmitida até o limite da terceira geração (netos de portugueses) e o processo, quando realizado no consulado, demora em média 14 meses.

Você pode conseguir uma cidadania estrangeira por meio de um investimento comercial ou comprando um imóvel?
Sim! Cada país tem sua lei e seus requisitos para obtenção do reconhecimento através de investimento. Alguns solicitam um valor de investimento maior do que outros e geralmente esse valor é de 500 mil euros. Outros solicitam apenas a aquisição de um imóvel de determinado valor, para que seja possível adquirir o visto de residência e posteriormente o pedido de cidadania.

Quais as vantagens de se obter a cidadania italiana para quem quer viver, por exemplo, em outros países, como os EUA?
A cidadania italiana não dá direito à cidadania americana, mas sim, à autorização de residência nos Estados Unidos, mediante um investimento de valor não pré-estipulado pelo governo e enquanto essa empresa (e investimento) mantiver as atividades.
Além do benefício de poder residir nos Estados Unidos, outros benefícios do passaporte italiano são:
– Residir e trabalhar legalmente em qualquer país pertencente à União Europeia ( Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Polônia, Portugal, Reino Unido (ainda) , República Checa, Romênia e Suécia.

– Possibilidade de estudo nas melhores instituições da Europa, com valor relativamente inferior do que o cobrado para cidadãos estrangeiros.

– Possibilidade de trabalhar pelo período de 12 meses ou mais, em países como : Austrália, Canadá, Nova Zelândia e Coreia do Sul.

– Possibilidade de residir nos Estados Unidos, mediante a abertura de um negócio, sem valor pré-estipulado pelo departamento de imigração.

– Transmitir o benefício a filhos, netos, e até o momento sem limite de geração.

– Pagar impostos aplicáveis, desde que residente em território.

– Em 2017 o Passaporte Italiano foi considerado o 3º passaporte mais poderoso do mundo, liberando o acesso a seus cidadãos a 175 países, sem a necessidade de um visto.

Quantas cidadanias uma pessoa pode obter?
Depende do país. A constituição brasileira, por exemplo, autoriza que os seus cidadãos possuam uma ou mais cidadanias, desde que adquiridas de formas diferentes. Por exemplo, italiana por sangue, a norte-americana por naturalização. Porém, não são todos os países que seguem a mesma regra da constituição brasileira. A cidadania italiana para americanos tem um limite de transmissão (bisavô) e desde que este não tenha se naturalizado americano. Para que seja possível solicitar o reconhecimento da cidadania italiana aqui nos Estados Unidos, um cidadão brasileiro deve residir legalmente aqui, para poder protocolar o processo junto ao Consulado Italiano competente pela sua região de residência.

O que você mais gosta da vida em Miami, Thais?
O mais engraçado é que sempre fui uma pessoa apaixonada por Nova York e sempre detestei Miami. Era daquelas que dizia que nunca moraria em Miami. Em uma viagem de aniversário de casamento, conheci a Brickell (onde eu moro atualmente) e foi amor à primeira vista. Aos poucos fui conhecendo outros bairros e fui vendo a cidade cosmopolita que Miami é. E o melhor, Miami consegue juntar bons restaurantes, compras, shows, teatro, arte e PRAIA! A proximidade do Brasil é uma das coisas que me atrai também! Por ter escritório no Brasil, estou sempre entre São Paulo e Miami.

Para conhecer mais o trabalho da Thais, visite o seu site oficial: vizziniassessoria.com.br. E as redes sociais: Facebook – Vizzini Assessoria Imigratória e Instagram – Vizzini_assessoria.

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