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( votes)Em 2010, Cristiane Vieira, 49, chegou do Rio de Janeiro à procura de uma nova vida para sua família, incluindo seus filhos jovens Aaron, atualmente com 7, e Jan, 14. Logo depois de sua chegada a Miami, ela se viu criando sua família sozinha.
Com uma renda modesta, trabalhou duro para sustentar seus filhos, fazendo bicos como professora de línguas, tradutora e diarista, vivendo em uma casa simples.
Sem carro, Cristiane morava perto da escola, do trabalho e das necessidades básicas, como supermercado. Ela era capaz de andar por toda parte, mas por causa do bairro perigoso de Little Havana na época e das más influências das gangues nas ruas, não se sentia segura com os filhos fora de casa à noite. Os meninos ficavam confinados no apartamento, protegidos do que ela considerava influências negativas. Estavam isolados e sozinhos.
Até que um dia Cristiane ouviu falar do “Big Brothers Big Sisters of Miami”. Como Aaron tinha apenas 2 anos na época, ela se concentrou em conseguir um “Big Brother” para Jan, que estava com 9 anos. Ela queria que ele tivesse um modelo masculino positivo e experiências fora do bairro.
Ele dizia: “Eu quero um irmão mais velho que seja bom, feliz e divertido”.
Foi quando conheceram Jorge Godoy, 72, de Miami Beach. Ele e sua parceira Marie decidiram orientar um “Little Brother”. Com seu próprio filho Garman crescido e fora de casa, queriam continuar impactando a vida de outras crianças.
“Quando nosso filho Garman saiu de casa para viver sua vida adulta, queríamos preencher aquele vazio da casa com algo positivo, fazendo o bem a alguém, e foi quando entramos para o projeto Big Brothers Big Sisters”, diz Jorge.
Eles conheceram Jan e começaram a conviver. Faziam passeios regulares, com momentos divertidos e enriquecedores.
Ao longo de três anos, Jorge e Marie conheceram tudo sobre Jan, incluindo sua mãe e seu irmão. De eventos esportivos e culturais a viagens e trabalhos de casa. Jan, Christiane e Aaron também conheceram a família de Jorge e Marie, incluindo Garman, que estava com 28 anos.
Quando Aaron completou 5, ele viu o relacionamento que Jan tinha com Jorge e Marie, e decidiu que também queria ter um “Big Brother”. Ele pediu para Garman, filho mais velho do casal que já era “Big Brother” de seu irmão para ser o “Big Brother” e Garman aceitou.
Jan é agora o “Little Brother” de Jorge e Marie, e Aaron o “Little Brother” de Garman.
Jan foi admitido na Ransom Everglades High School e está indo muito bem. Aaron ama seu “Big Brother” Garman.
Nisso, Cristiane pegou licença de corretora e começou a trabalhar no mercado imobiliário. Hoje sua carreira está decolando.
“Depois da família Godoy, minhas possibilidades de atuação se expandiram, conheci novas possibilidades e tive muita ajuda para entender como a cidade funcionava e como eu poderia atuar nela”, diz Cristiane.
Como ressalta Jorge, “existe uma química maravilhosa no grupo. Em suma, nos tornamos amigos”.
E mais do que isso – graças aos “Big Brothers Big Sisters of Miami” -, eles se tornaram uma família.
Sobre o “Big Brothers Big Sisters of Miami”
O “Big Brothers Big Sisters of Miami” transforma a vida de crianças em risco por meio de relações de apoio de um mentor adulto, cujo objetivo é ajudar as crianças a alcançar seu pleno potencial. Ao destacar o impacto que as pessoas em Miami estão causando na vida das crianças, o “Big Brothers Big Sisters of Miami” busca incentivar mais pessoas dentro da comunidade de Miami a experimentarem os muitos benefícios da orientação.
Se quiser saber mais e apoiar o “Big Brothers Big Sisters of Miami”, visite bbbsmiami.org.
Fotos: Antonio Martins
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