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Saúde: como as pessoas se cuidam além da Covid

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Cuidar da saúde virou assunto de prioridade no último ano. A pandemia de Covid levantou a questão do quanto podemos ser vulneráveis a novas doenças e como sistemas de saúde de todo o mundo podem ser frágeis quando acontece uma crise desta magnitude. Mas, neste caso, não podemos falar só do novo vírus. A saúde, como bem já definiu a OMS, não é só a ausência de doença, mas sim um estado pleno de bem estar físico, mental e social. E neste contexto, como estão pessoas?

Somente nos EUA, até o final de 2020, a expectativa de vida havia diminuído em índices que variam de 0,8 até 2,7 anos. Esta queda não era tão acentuada desde a primeira metade do século 20, quando as doenças infecciosas eram mais comuns. Mas, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a pandemia fez com os alertas fossem acesos, mas não foi só o Covid o responsável por isso: derrames, infartos e overdoses também foram danos colaterais, matando mais pessoas. Pacientes com doenças crônicas como cardiopatias, diabetes e câncer passaram a ter menos acompanhamento de rotina e prevenção e, consequentemente, o índice de agravamento também aumentou – há uma estimativa mundial de que apenas os ataques cardíacos mataram 70% a mais em 2020.

A Acontece Magazine fez uma pesquisa interna com fontes da área de saúde para levantar alguns dados sobre o cenário causado pela pandemia na Flórida, como isso refletiu diretamente no comportamento dos pacientes em geral e também a expectativa destes profissionais sobre o futuro. Diversas áreas foram questionadas, de pediatras a dentistas. De psicólogos a cirurgiões plásticos. Todos os profissionais que participaram desta pesquisa, afirmaram que atendem o público brasileiro, latino e americano na mesma proporção (87,5%) e apenas 12,5% deles afirmaram que seus pacientes são, em sua maioria, brasileiros que vivem na Flórida.

Sobre o cenário da pandemia, 25% dos atendimentos realizados no período foram de urgência, 12,5% atendimentos eletivos e 62,5% fizeram atendimentos em ambos os casos. Mas, deste total, as respostas levantadas mostram que a situação de menos procura por atendimentos fora dos hospitais, comum em todo o país, se manteve também no estado: 50% dos entrevistados afirmaram que a procura diminuiu nos meses de pico da crise e apenas 12,5% disseram que o índice se manteve.

Consequências do confinamento

Home office, home schooling, isolamento social. A rotina que a pandemia obrigou à população também trouxe consequências à saúde. Além da afirmação de que consultas virtuais aumentaram, os diversos casos citados mostraram que a tendência a sintomas causados pela reclusão também foi alta: dores nas costas, dores musculares causadas por tensão ou stress, dentes quebrados ou sensíveis por bruxismo, queda da imunidade em geral e problemas respiratórios foram alguns dos principais casos citados. Em contrapartida, como já era esperado, a procura por tratamentos estéticos e check-ups de rotina caíram, assim como a procura por lesões esportivas e por acidentes externos.

Cenário pós-covid

Também levantamos os motivos pelos quais pacientes pós-covid passaram a procurar mais tratamentos médicos após a cura. A fadiga e o cansaço foram a resposta predominante – sintoma que já foi confirmado por cientistas em todo o mundo como uma das principais consequências após a doença. Em seguida, foram citados sequelas mentais como ansiedade e dificuldade de dormir e, no caso de crianças, a dependência do computador e dificuldade de retomar a rotina escolar.
Em contrapartida, um índice positivo também foi levantado: perguntados sobre o que tem notado do comportamento dos pacientes, 62,5% dos médicos e profissionais de saúde afirmaram que os pacientes já não estão com medo de procurar atendimento, contra apenas 25% que afirmaram que ainda sentem este receio por parte da população. Este resultado deve-se, em grande parte, ao cenário atual dos EUA no combate à pandemia, com vacinação avançada – até o fechamento desta edição, os números eram 279 milhões de doses administradas e 127 milhões de pessoas totalmente vacinadas, o que corresponde a 38,6% da população total do país.

Profissionais que responderam a enquete:

Dr. Cindy Shaffer / The Agatston Center for Preventive Medicine
Dr. Bruno Da Rocha / Pro-Health Chiropractic
Andrea Cardoso / Atlantic Coast Dentistry
Vera Joffe / Phd e Psicóloga da Família
Dr. Décio Carvalho / Cirurgia Plástica
Daniele B Koch / Gables Dental Care
Dr. Thierry Jacquemin / Clinico Geral e Anti-envelhecimento
Wladimir Lorentz / Night and Day Pediatrics

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