Antônio Carlos Manchon, Ana Hickman e Antônio Carlos Martins, em festa de inauguração da empresa nos EUA
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Rommanel Semijoias: os segredos do sucesso e a expansão da empresa nos EUA

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Por Fernanda Tótoli

Transformar vidas. Uma empresa com modelo de negócio inovador, que fomenta o empreendedorismo, dita tendências e conecta pessoas. Essa é a missão da Rommanel, empresa fundada em 1986 com o objetivo de ser reconhecida como uma grande marca de semijoias do mundo e que está, desde 2016, em amplo processo de expansão nos EUA.

Por trás dessa marca reconhecida internacionalmente está Antônio Carlos Martins que, com Antônio Carlos Manchon, fundou a empresa após vasta experiência no setor – de onde saíram os “MMs” do nome da marca. “Após 15 anos de experiência em outra empresa de joias, tomamos esta decisão porque entendemos que o mercado do ouro pedia uma nova estrutura de montagem das peças”, explica Martins. Quando a empresa surgiu, o setor de joias e acessórios era restrito a dois extremos: as joias de ouro maciço ou as bijuterias de baixa qualidade. O então novo processo de produção consistia na colagem ou solda de pequenas chapas finas do minério desejado (em sua grande maioria o ouro) sobre a matéria-prima.

Distribuidora nos EUA – Miami foi escolhida como porta de entrada para o projeto de expansão internacional da Rommanel. A primeira loja nos Estados Unidos está localizada em Doral e, segundo Martins, a escolha pela Flórida se deu pela facilidade de já conhecer o público latino e brasileiro, presente em grande quantidade no estado, e para fortalecer a internacionalização da marca. O espaço inaugurado em Miami tem quase 300 m² e contou, na época da abertura, com a presença de Ana Hickmann, no lançamento da sua coleção “Heaven”. Alguns meses depois, Giovana Antonelli também marcou presença na loja para fazer uma ação junto à marca com o lançamento de sua coleção “Luz”. Ana e Giovana, além da dupla Simone e Simaria, são estrelas que têm licenciamento e assinam coleções exclusivas.

Sobre a entrada no mercado americano, o empresário conta que, a médio e longo prazo, a ideia é estender as operações pelo país. “A ideia para o mercado americano não é um tiro curto, queremos realmente entender como funciona e de que maneira podemos inserir o nosso produto. Acreditamos que a empresa que melhor se adapta tem mais chances de ser bem-sucedida”, explica. “Desde que inauguramos a loja em Miami, a experiência tem sido bastante rica, já fizemos pesquisa de mercado nos EUA, analisando como os consumidores enxergam e valorizam o produto. Este processo foi feito para ajustar tanto na modelagem das peças, quanto nos canais de venda, tanto que já começamos a ampliar também o e-commerce da marca no país. Trabalhar o mercado de maneira bem feita, para crescer com solidez e base é o nosso foco. Passo a passo, queremos mostrar que o produto Rommanel, que tem sua qualidade já reconhecida em vários países, também pode agradar os americanos”, conta.

Atualmente, a Rommanel produz peças folheadas a ouro 18k, rhodium, rhodium negro, paládio e aço. Todas as peças são hipoalergênicas a níquel e possuem uma espécie de selo de autenticidade – uma borboleta, o elemento da marca, está sempre presente nas peças, seja em alto ou baixo relevo ou vazada, nas tarraxas dos brincos, parte interna dos anéis e contra-argolas de correntes e pingentes. Durante seus mais de 30 anos de atuação, Martins lembra que a marca atravessou diversos períodos econômicos difíceis. “O ouro como matéria-prima sempre dependeu de várias variações internacionais, mas isso não foi empecilho para o desenvolvimento da Rommanel. Nosso modelo de negócio, desde a fundação, foi focado no crescimento com os próprios recursos e reinvestimentos na empresa, que sempre manteve o foco na ousadia em empreender. Sempre acreditamos que é em meio a crises que as oportunidades surgem”, explica o empresário. Ele completa: “Nunca abrimos mão da qualidade, mesmo durante os períodos mais difíceis, e isso nos ajudou a superar obstáculos e dificuldades. Há 33 anos o nosso produto não era tão conhecido e tampouco acreditado. Fomos os pioneiros, acredito que até no mundo, em trabalhar o processo minucioso de montagem de camadas de ouro nas peças. Com a qualidade presente, a marca foi se fortalecendo”.

A confecção de todas as peças acontece no Brasil, no interior do estado de São Paulo. Mas a Rommanel hoje, passados 33 anos, está presente em mais de 250 lojas, muitas consultoras independentes e em cerca de 20 países, incluindo EUA e Canadá. “O processo de criação, fundição, montagem, estamparia, é feito no Brasil, onde está nossa sede, mas algumas matérias-primas e componentes essenciais para montagem da peça são importados de outros países”, conta o empresário, que explica também como funciona o processo de criação. “O mercado da moda é extremamente dinâmico. Precisamos sempre estar conectados com tudo que acontece no mundo. Ao mesmo tempo, analisamos o que pode ser aplicado nos mercados em que atuamos. Nossa equipe faz pesquisas, visitas a campo e frequenta feiras pelo mundo inteiro acompanhando o que está na moda, tendência e cores. E uma equipe de criação analisa estes dados e trabalha no desenvolvimento das coleções. Nossa média é de 2 a 3 lançamentos de novas peças por dia”.

  Antônio Carlos Martins, sócio-fundador da Rommanel, e a esposa,  Liege de Almeida Martins, com Giovanna Antonelli (ao centro)

O processo de confecção da marca como um todo gera cerca de 12 a 13 coleções por ano. “Nossa equipe analisa e cria coleções temáticas, comemorativas ou assinadas por artistas”, explica Martins. “Tudo é estudado previamente, depende da demanda do produto. Hoje nosso portfólio possui mais de 20 mil itens, desde os modelos tradicionais e clássicos que são atemporais, até modelos que foram inspirados em novelas, filmes ou no mercado da moda internacional. Algumas peças ficam em linha enquanto houver demanda, outras já nascem limitadas por estratégia. Atuamos em um mercado dinâmico e apaixonante que faz com que a equipe não adormeça em nenhum momento”.

A maneira como a empresa trabalha o vínculo com seus parceiros, sejam eles pontos de venda, revendedoras ou cliente final, é outro ponto abordado por Martins sobre a Rommanel. “Como valor principal da empresa, sempre acreditamos que os negócios só podem ser bons quando todos ganham. Construímos uma rede fortalecida. Nosso grande propósito sempre foi transformar a vida de quem se relaciona com a marca. Essa é a nossa essência. Desde a nossa fundação, a empresa sempre trouxe com ela essa característica de ser mais ‘humana’. Um dos fatores principais é o público-alvo com sua grande maioria de mulheres, desde a revenda porta a porta, até a consumidora final”, explica. “Claro que toda empresa precisa de lucros para crescer e se consolidar. Com a Rommanel não foi diferente. Mas, sobretudo, nossa principal função é ajudar as pessoas que se relacionam com a marca a crescerem. E temos conseguido isso, os anos de história mostram. Costumo falar que a Rommanel não tem consumidores, e sim, fãs da marca”, conclui.

Fotos: Bill Paparazzi

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