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( votes)Na ativa há mais de 30 anos, o Paralamas do Sucesso é uma das bandas mais importantes e amadas do rock nacional. Juntos, seus integrantes passaram por momentos de extrema alegria e por desafios, profunda dor, incertezas e, principalmente, muito sucesso durante essas muitas décadas de estrada. Em breve, o trio Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone trará para os brasileiros da Flórida canções de sucesso da banda e apresentarão o novo álbum “Sinais do Sim”. Será em um show dia 21 de outubro no Brazilian Fest Pompano Beach, um dos maiores eventos dedicados à comunidade brasileira nos Estados Unidos. Confira a seguir uma entrevista exclusiva de João Barone para a Acontece Magazine.
Vocês acabaram de lançar “Sinais do Sim”, o primeiro álbum em oito anos. Como está sendo esse momento do Paralamas?
João Barone: Sempre um reinício. Estivemos bastante ocupados nos últimos anos e tivemos que conciliar tudo com o processo delicado de composição e preparo de um novo trabalho. Deixamos tudo fluir da forma mais natural possível. O resultado está saindo agora.
Como foi esse longo processo de produção de “Sinais do Sim”?
Fomos trabalhando as novas músicas sem pressa, até a gente achar que já tinha o suficiente para justificar um novo lançamento. Na verdade, a gente sempre trabalhou assim.
Qual a expectativa para o show no Brazilian Fest de Pompano Beach em 21 de outubro?
A melhor possível, já que faz um bom tempo que não subimos até aí, nos USA.
O que os brasileiros da Flórida podem esperar do show do Paralamas? Dicas do repertório?
Será uma lista com nossos grandes sucessos e alguma coisinha do álbum novo. Se a gente contar, pode estragar a surpresa…
Nessas três décadas de carreira, que momento vocês destacam como os mais intensos da banda?
O atual, com o lançamento do 13º álbum na nossa trajetória de 34 anos de Estrada. Pouca gente tem essa longevidade. Queremos viver isso com todo o entusiasmo que ainda temos com o que a gente faz.
Qual o segredo do sucesso e da união da banda por tanto tempo?
Amizade. Certamente faz a diferença.
Algumas bandas dos anos 80 se adaptaram para conquistar novas gerações. Isso também acontece com o Paralamas?
Não gostamos de pegar carona em nenhuma moda. Quem conhece a banda, sabe.
Durante todo esse tempo, quantas turnês vocês fizeram nos EUA?
Perdemos a conta, pois tocamos nos USA desde 1983.
Vocês gostam de visitar a Flórida? Turistar por aqui?
Com certeza. Realizei um sonho de criança ao visitar o Cabo Canaveral. Lembrei de quando sonhava em ser astronauta.
Que reflexão vocês fazem de toda essa crise política que o Brasil está passando?
Esperamos que seja um doloroso processo de amadurecimento da nossa sociedade. Chega de coronéis corruptos na política e que se faça urgentemente uma revolução educacional no país, que é o que o povo precisa. Povo ignorante é fácil de ser enganado. Temos de aprender a usar a nossa liberdade direito.
O Paralamas viveu toda essa revolução da comunicação e da era digital. Como vocês vivem esse momento de contato direto com os fãs através das redes sociais?
Sem dúvida, houve uma aproximação maior dos fãs. Esse networking é muito importante, faz bem para os fãs e estabelece uma fidelização visível, aumentando nosso compromisso com eles. Era uma coisa muito sonhada naqueles tempos de chegarem cartas dos fãs para os artistas nas gravadoras, fundação de fã clubes. Agora é tudo mais direto.
Foto: Divulgação/Paralamas
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