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( votes)O pintor e escultor Lasar Segall, desembarcou no Brasil vindo da Europa, no ano seguinte da Semana de Arte de 1922, que acabou de completar 70 anos, e foi rapidamente acolhido pelos artistas de vanguarda brasileiros. “Mário de Andrade, o mais entusiasta entre eles, escreveu uma série de ensaios sobre Segall, publicando-os na imprensa paulistana”, como revela o museu dedicado ao artista.
A casa onde Lasar Segall morou, estabeleceu o seu ateliê e acabou falecendo, no bairro da Vila Mariana, em São Paulo, é hoje um museu e espaço cultural dedicado às artes e ao trabalho do pintor e escultor. Um local pacato em uma rua de paralelepípedos ao lado de uma das regiões mais movimentadas da cidade.
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Na entrada um jardim abriga importantes esculturas de várias fases do artista, assim como em toda a área verde que circunda a casa principal e espaço onde foi o ateliê. A própria residência é uma obra de arte arquitetônica, projetada por Gregori Warchavchik, concunhado do artista e precursor da arquitetura moderna no Brasil. “As linhas são retas e o design se caracteriza pela sobriedade e funcionalidade característicos da escola alemã Bauhaus”, descreve o site do museu.
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Lasar Segall produziu uma extensa e reconhecida obra ao longo de 50 anos de atividade. O artista foi igualmente inovador ao lidar com temas relativos aos excluídos e marginalizados, como prostitutas, emigrantes, indigentes e pessoas pobres e desassistidas. Ao longo de toda carreira, dedicou também atenção à situação dos judeus, tendo vivido inúmeras restrições no tempo em que viveu na Europa, pré e durante a 2ª Guerra Mundial.
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Após o falecimento de Lasar Segall, em 2 de agosto de 1957, a sua esposa Jenny Klabin Segall iniciou um processo de documentação da obra do pintor e escultor, além da conservação do acervo com a ideia de estruturar um museu. Jenny também promoveu várias exposições internacionais póstumas até a sua morte, dez anos depois, em 2 de agosto de 1967. No mês seguinte, o museu foi inaugurado, na Rua Afonso Celso, pelos filhos Mauricio Segall e Oscar Klabin Segall. A entrada é franca.
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