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Arte

Vincent e Eu – O amor pela primavera

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A primavera é minha estação do ano preferida. Amo ver a natureza florescer e o verde ficar mais verde. Eu tenho fascinação por árvores, e adoro abraçá-las sentindo a energia que emana delas. Isso me faz lembrar o meu pintor favorito – Vincent Van Gogh e seu trabalho incessante durante a primavera, onde pintava diariamente para captar toda a cor, luz e beleza dessa estação.

Vincent tinha o desejo de compartilhar as cores da vida em tudo o que via e retratava. Ele também gostava de escrever cartas a seu irmão Theo, onde descrevia as belezas de onde vivia, mencionando os pormenores da natureza de uma maneira poética e romântica, como se ele tivesse esse universo dentro de si, e pudesse ver todas as paisagens, mesmo com os olhos fechados. A paixão de Van Gogh pela natureza, fez com que eu me enamorasse de suas obras desde a primeira vez que lancei meus olhos em algumas delas, e aprendi sobre sua vida dramática, afinal arte sem drama não é a mesma coisa. Em minha opinião, e creio que na opinião de muitos de vocês, a história contada por detrás de uma obra, e’ o que torna a sua existência marcante, e cheia de vida. Nós artistas deveríamos sempre contar nossas histórias através de nossas pinturas, sejam elas tristes, bem-aventuradas ou dramáticas.

Em 1888, enquanto Van Gogh vivia em Arles, ele retratou a primavera com todo o fascínio e devoção que um artista apaixonado consegue transportar às suas obras. Como ele nunca se relacionou com uma mulher como queria, ele transferiu toda essa energia pintando “com o seu coração”. Quando ele escrevia ao seu irmão, ele mostrava claramente essa sensação – “Estou com febre de trabalho porque as árvores estão floridas e quero fazer um pomar provençal carregado de um brilho descomunal.” – Ah eu amo esse artista! Dá para imaginar que sete meses antes de sua morte, e durante toda a sua vida de artista, que foram meros 10 anos, ele só vendeu um quadro (The Red Vineyard) por aproximadamente $430 dólares? Que do’.

Blossoming Pear Tree
Foto: Szilas at the Van Gogh, My Dream Exhibition in Budapest

Em 1890, antes de tirar a própria vida, ele escreveu a Theo contando como sua vida era em Auvers, lugar que se mudou depois de estar hospitalizado. Dizia Vincent que a natureza era muito, muito bonita! Os campos repletos de olivais e outras árvores que cercavam a cidade o encantavam, pois a beleza natural era a primeira coisa que notava aonde quer que fosse. Infelizmente toda essa beleza não foi suficiente para mantê-lo vivo.

A sensibilidade de Vincent se espelha um tanto em mim como artista. Me relaciono com o que ele sentia, e entendo a instabilidade que ele viveu durante grande parte de sua vida. Ser invisível e desprezado quando tudo o que ele quis foi presentear o mundo com seu dom da arte e o amor pela natureza… Nada fácil pessoal. Até já fiz a releitura de algumas de suas obras. Aí na foto, o quarto dele modificado, incluindo meu “Puppet”.

Escrever sobre esse artista incrível em 500 palavras não é justo, mas será que deu para vocês sentirem a brisa da primavera através de minhas palavras?

Alguns de seus trabalhos relacionados à primavera incluem, The White Orchard, Pink Peach Tree in Bloom, Orchard in Blossom with a View of Arles, Almond Blossom, e outros.

View of Arles
Crédito: Ad Meskens / Wikimedia Commons
Orchard in Blossom, Bordered by Cypresses
Crédito: Wikimedia
Almond Tree in Blossom
Crédito: Google Cultural Institute

Boa Primavera a todos vocês!

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