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( votes)Flora Victoria explica como os estudos sobre liderança positiva e colaborativa podem contribuir para o desenvolvimento da equipe
Liderar durante uma crise é desafiante, principalmente no contexto atual em que vidas foram perdidas e o desemprego aumentou.
O momento atual, no entanto, traz uma oportunidade para repensar relações pessoais e profissionais e nisso se inclui o papel dos líderes nas companhias.
“A mudança da mentalidade tem início a partir do momento em que os gestores identificaram que é preciso lidar com mais empatia com os colaboradores”, afirma Flora Victória, empresária e mestre em psicologia positiva aplicada pela Universidade da Pensilvânia.
A especialista afirma que para enfrentar o desafio atual a liderança colaborativa é uma alternativa – “o líder colaborativo é capaz de desenvolver suas próprias habilidades emocionais para conseguir observar os potenciais de seus colaboradores e contribuir com a companhia como um todo”, explica.
A pandemia trouxe ainda temas importantes como senso de propósito e necessidade da sensação de pertencimento. Neste cenário, o líder de sucesso é aquele que tem uma influência positiva sobre a equipe.
“O perfil que o mercado exige para o novo líder é o de um profissional que inspira e tem escuta ativa, é corajoso ao assumir riscos e resiliente para enfrentar turbulências com tranquilidade”, diz Flora.
A busca pela liderança positiva
Para desenvolver a área emocional e colaborativa e conseguir ser uma influência positiva nestes novos tempos, diversos líderes e gestores têm investido na capacitação emocional por meio da psicologia positiva.
“A liderança positiva é uma prática de liderança com base em estudos científicos da psicologia positiva, que ensina a gerir pessoas de forma mais estratégica, focando no florescimento profissional e pessoal de cada um”, afirma Flora.
Nos moldes antigos de liderança, o líder avaliava o que o membro da equipe tinha como fraqueza e sinalizava as fragilidades. Já na liderança positiva e colaborativa, o líder mapeia o que a pessoa tem de potencial para crescer e descobre como ele pode contribuir para permitir esse desenvolvimento.
“Quando dizemos liderança colaborativa não significa que o líder deva pegar todo o trabalho para si e, sim que ele deve identificar os pontos fortes de seus colaboradores para potencializá-los e assim aumentar a produtividade” explica Flora.
Motivar a equipe é um desafio diário e tudo isso pode ser feito com a contribuição científica de estudos emocionais. “A crise vai passar, mas o que vai ficar, no ambiente de trabalho é como o líder deu suporte para seus colaboradores e desenvolveu profissionais mais motivados e conscientes”, destaca.
Foto: Leon Oalh2MojUuk / Unsplash
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