Gusttavo Lima - Foto Reprodução Instagram
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Lições das lives para o marketing em época de coronavírus

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Por: Hélio Júnior

O novo coronavírus está aí, transformando a realidade, mexendo com o mercado e deixando cada vez mais claro que vamos viver num “novo mundo” a partir da agora. Embora nosso desejo seja realmente ter a vida normal de volta, este período está servindo, também, para mexer nas teorias e nas formas de fazer as coisas. O que falar das lives dos artistas, que batem recordes mundiais de visualizações e são uma verdadeira aula de marketing ao vivo? Quem sabe faz ao vivo e sem muito tempo para testes. É fabricar um carro com ele em movimento. Falhas são inevitáveis e aprimoramento necessários.

O primeiro a ditar uma nova regra, foi, sem dúvidas, Gusttavo Lima, no seu primeiro “Buteco em Casa”. Enquanto muitos estavam na quarentena, fazendo lives simples e solitárias, principalmente no Instagram, uma das ferramentas mais populares, Gusttavo inovou. Montou uma megaestrutura e escolheu uma nova plataforma, o Youtube. Assim, foi possível “unir” as famílias que estavam na quarentena na frente da TV ou do notebook, e ainda gerar o engajamento e a divulgação em todas as outras mídias digitais. Ao lado de solidariedade através das doações, e com inclusão, através da interpretação em libras, é algo que vem para ficar.

Foi uma quebra de paradigmas. A própria Marília escreveu: “Olá, Gusttavo Lima, gostaria de dizer, em nome do sindicato dos ‘fazedores de ao vivo’, que o Sr. está inviabilizando o conceito live e que não vai dar pra te copiar. Obrigada”. A cantora fez uma live em seguida, com alguns dos conceitos trazidos por Gusttavo, e, apesar de mais simples, conseguiu bater o recorde do número de visualizações simultâneos. Aliás, esta guerra por recordes, batidos também por Jorge e Mateus, em live no mesmo formato, ou por Wesley Safadão com suas 10h, é o que menos interessa ao analisar as novas lições que tudo isso deixa para a comunicação.

A junção de live + marketing, inclusive, não é nada novo. Era uma tendência muito forte antes mesmo da COVID-19. Já se buscava o engajamento, a maior interação entre a marca e o público, na qual o consumidor é atraído a divulgar a marca de forma espontânea. A Associação de Marketing Promocional (AMPRO) diz que live marketing é “a atividade de comunicação onde se incluem todas as ações, campanhas ou eventos que proporcionem experiência de marca e interação para, de forma estratégica, se atingir resultados e soluções de comunicação para marcas produtos e serviços”.

As lives dos cantores, cheias de marketing, vieram para criar um novo conceito, uso de novas ferramentas e estratégias. Realmente a sofrência ensina. E não apenas sobre a vida e os casos de amor, mas também de como fidelizar e causar impacto em um público. Não é Bruno e Marrone? Uma das estratégias é se conectar com as pessoas através das histórias. Muitos reclamam que tal artista “falou mais do que cantor”, mas na hora de recordar algo da live é exatamente nisso que se apegam. É na história contada, na bebida tomada, na frase de efeito citada, e na identificação que todos têm com aquele que está na tela. “Ele é igual a mim”, “ele fez isso pra mim”, “ele me entende” são as frases mágicas para gerar a conexão entre o produto e consumidor, seja ela qual for e quando for.

Hélio Júnior é mestre em Comunicação

hjcaruaru@gmail.com

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