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Vida e Saúde

Fazer o bem e não olhar a quem?

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Nada disso: fazer o bem e esperar que seu gesto faça a diferença.

Sempre esperamos ser reconhecidos por uma atitude generosa. E não acredito que tenha nenhum egoísmo nisso. Acho mesmo bem difícil isso de “fazer o bem e não olhar a quem”. Quem não sente um calorzinho no coração ao notar que um gesto intencional trouxe felicidade que atire a primeira pedra.

Apetece, sim, uma resposta positiva quando nosso gesto foi no sentido de ajudar, aconchegar, agradar ou salvar. E a “paga” não precisa vir em forma de discursos passionais, de menções honrosas ou postagens nas redes sociais para mostrar à lista de contatos o quanto somos bonzinhos. Isso se chama vaidade e quem pratica está mais interessado no próprio ibope do que em contribuir com a história do outro.

Mas esperar colher gratidão ao dar seu lugar no ônibus lotado, ajudar com as sacolas de compra ou segurar a porta do elevador passa longe de ser o pecado capital da soberba. Porque é improvável deixar a gorjeta do garçom e não contar com um olhar cúmplice de agradecimento. Complicado parcelar a viagem de formatura do filho em 24 vezes e não ansiar para que ele aproveite e volte satisfeito contando suas aventuras. Levar uma água fresca até o reciclador, que faz seu trabalho sob o sol escaldante, e não receber um genuíno “obrigado”. Passar a tarde preparando um jantar caprichado e não aguardar que os convidados elogiem e peçam bis.

É difícil não se importar quando o presente escolhido com carinho fica preso dentro da embalagem até o final da festa, sem dar a oportunidade de vermos a reação do aniversariante.

Para quem verdadeiramente sente-se feliz em socorrer, na maioria das vezes, um sorriso já preenche essa ansiedade pela gratidão e funciona como combustível para multiplicar a generosidade: estimula a fazer mais.

Constatar que um movimento seu provocou alegria em outra pessoa funciona como espelho que reflete de volta esta energia. Esperar por uma recompensa assim não é pecado nenhum. Assim como se decepcionar quando ela não vem também não é.

É só humano.

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  • Os gestos de gentileza que praticamos no dia a dia como dar assento ao idoso, sorrir a um estranho, cumprimentá-lo, dar uma gorjeta mais generosa, etc. são atos espontâneos e o ato em si deveria bastar para aquele que o fez. Atos filantrópicos, como doações em dinheiro, roupa ou comida são louváveis, sim, mas muitas vezes são fruto da vaidade daqueles que buscam o reconhecimento ou homenagens de bajuladores. Dar ou doar o que temos sobrando ou o que eventualmente descartaremos é um ato de benevolência quando despido de interesses pessoais. Ah, mas poucos são aqueles que fazem a verdadeira CARIDADE, que é dar ou repartir aquilo que lhe fará falta, mais ainda, fazê-lo sem querer ou precisar de testemunhas. Esses atos sim, nos salvam! Seja seu tempo em trabalho voluntário, seja o ouvido paciente oferecido ao amigo em dificuldade, tempo esse que poderiamos estar nos divertindo, ou nos dedicando a atividade remunerada, isso sim é CARIDADE! Dividir o prato de comida, ou dar seu último trocado do mês ao pedinte na rua. Já nos ensina o Evangelho em Mateus 6 1-18. Resumindo: “Quando pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens.” “Quando deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita.” E ainda a máxima do Espiritismo: Fora da CARIDADE, não há salvação. Vale a reflexão.

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