CGRP: uma revolução no tratamento da enxaqueca
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CGRP: uma revolução no tratamento da enxaqueca

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Por Dr. Arnaldo Neves Da Silva
O ano de 2018 foi de muitas novidades na medicina, sendo a maior delas uma verdadeira revolução no tratamento da enxaqueca. Depois de 27 anos, desde o advento do sumatriptano para tratamento da crise aguda de enxaqueca, o FDA aprovou drogas específicas para a prevenção de enxaqueca episódica (cefaleia – menos de 15 dias por mês) e enxaqueca crônica (cefaleia – 15 ou mais dias por mês).

As drogas comumente usadas para diminuir a frequência das crises de enxaqueca, não são específicas (anticonvulsivantes, antihipertensivos e antidepressivos) e podem causar muitos efeitos colaterais, algumas vezes inviabilizando o seu uso por alguns pacientes.

Essas novas drogas são anticorpos monoclonais que intendem bloquear uma proteína ou seu receptor existente no sistema nervoso, chamada CGRP (Calcitonin Gene Related Peptide). Quando a CGRP é liberada, ela causa inflamação nas membranas que revestem o cérebro (meninges) e parece ser o fator responsável pela dor, na maioria dos pacientes. Injetando-se CGRP endovenoso em pacientes que sofrem de enxaqueca, em algumas horas a maioria dos pacientes terá uma crise.

Essas drogas são muito bem toleradas e não parece haver nenhuma contraindicação clínica (exceto em caso de gravidez) ou interação com outras drogas. Os efeitos colaterais são muito raros, sendo o mais comum dor no local da injeção e, em muitos casos, em menos de um mês já começam a fazer efeito. Já existem três tipos de anticorpos monoclonais contra o CGRP. Todas as três drogas são injetadas por via subcutânea e mensalmente, sendo que uma das drogas pode ser administrada a cada três meses. O acesso a esses medicamentos deve ser regulado pelas companhias de seguro, devido ao alto custo, e reservado a pacientes que não tiveram resultados satisfatórios a pelo menos três tipos convencionais de drogas preventivas de enxaqueca. Naturalmente, o advento dessas novas drogas não significa a cura da enxaqueca, mas o resultado dos ensaios clínicos mostrou que muitos pacientes tiveram uma redução de mais de 50% ou de até 75% no número de crises.

 

Serviço:

Dr. Arnaldo Neves Da Silva
Palm Beach Headache Center
4631 North Congress Ave, Ste 200,
West Palm Beach-FL – 561-845-0500 ext. 146

 

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