O artista plástico brasileiro Jotape em seu estúdio em Miami
Arte

A intensidade da arte de Jotape

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O artista plástico Jotape nasceu Joaquim Correa Pereira Jr. Com uma arte intensa, cheia de riscos em todas as direções e símbolos complexos, Jotape nada tem do típico artista temperamental ou sofrido, como os grandes mitos da arte. Muito pelo contrário, viveu uma infância feliz em Resende, no Rio de Janeiro, e sua arte reflete alegria e leveza.
Aos 8 anos, o artista acredita que teve seu primeiro momento divisor de águas, quando ganhou alguns LPs de grandes compositores que proporcionaram a ele, através da música, o primeiro contato com as artes. Foi com ópera, música clássica, Verdi, Rimsky, Korsakov, Rossini, Mozart e muitos outros, que o jovem artista começou a se inspirar e a moldar o seu perfil artístico. Com 15 anos de idade, Jotape já lia Kafka, Bukowski, Nietzsche, Drummond, Rimbaud e se tornaria um viajante pelo mundo, antes de escolher Miami como moradia permanente, em 1992.
Formado em Administração Hoteleira, Jotape deixou o Brasil para ganhar experiências. Trabalhou como valet parking, garçom, agente de viagens e vendedor, até que abriu sua primeira empresa de exportação em Miami e, logo depois, uma loja em Ribeirão Preto (São Paulo). Com os negócios indo de vento em popa, casado e com o nascimento do filho Antônio Pereira, tudo parecia estar no lugar certo. Uma segunda loja já funcionava em Campinas, seu filho estava crescendo (também apaixonado por música) e a vida em Miami parecia estar acontecendo como ele planejou.
A pintura foi entrando na vida de Jotape aos poucos e por acaso. Pintava quadros para os amigos e se divertia com a reação das pessoas. Em uma temporada em Paris, participou da produção de um comercial de TV, que o levou a trabalhar em Angola e mudou o curso de sua vida.
Em 2010, enfrentou desilusões, instabilidade e tudo isso fez uma revolução positiva em sua vida que proporcionou a Jotape conhecer o mundo em viagens incríveis, desbravando lugares que o inspiraram a criar a série que, hoje, o consagrou no mercado artístico: os Dompas. O artista passou tempos na Índia, em Bali e na África. Vendeu tudo o que tinha e resolveu mergulhar em sua arte, de corpo e alma. Chegou a trocar quadros por vale-compras de supermercados, mas hoje se diz mais conectado do que nunca com o universo e com Deus e acredita que, aos 44 anos, nunca se sentiu tão leve e feliz.
Hoje, Jotape mal consegue dar conta das encomendas, todos querem seus quadros. Com um estilo único de criar suas próprias superfícies de pintura, o artista conta que utiliza várias camadas de criação. Primeiro vem o papelão, depois escolhe folhas de revista, que cola em cima da superfície do papelão, pinta o que lhe vem à cabeça, e depois faz desenhos. Tudo isso é montado sobre um palete de madeira. “Criei a minha forma de pintar e eu nunca vi nada igual até agora. Acho que a gente cria mais quando tem pouca opção, quando não tem grana pra comprar material”, afirmou o artista. Assim surgiu a série Dompas: com papelão, colagem, tinta, desenhos e palete de madeira.”Nunca pinto com ideia de vender e não sigo um padrão comercial. Pinto o que sinto, o que me traz felicidade… Me desligo de tudo. E tem hora que parece que a gente faz parte do quadro”, definiu.
O artista estará realizando uma exposição Jotape & Friends, onde mostrará algumas das suas obras e de artistas amigos, na Saccaro USA, no dia 19 de junho, às 7:30 PM, em Miami. (3466 North Miami Ave).

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