Ela tem carinha de menina e um talento gigante. A atriz Sophie Charlotte faz parte do elenco de estrelas de Babilônia, nova trama das oito da Rede Globo (exibida nos Estados Unidos pela Globo Internacional), e vive uma personagem muito peculiar, com intrigantes histórias de mudanças de vida, repleta de traumas e conflitos. Um novo e grande desafio para a atriz de 25 anos. Confira a seguir uma entrevista com Sophie, que conta um pouco da sua nova personagem, Alice.
A Alice é uma personagem que a gente conhece de cara?
Não, na verdade ela tem uma complexidade. Tem a vida dela em Dubai e depois no Rio de Janeiro, e o jeito como ela vai lidar com essa mudança. Tem os conflitos com a mãe, o aparecimento do Murilo (vivido por Bruno Gagliasso) e os desvios de percurso dela. O bacana nessa personagem é que ela aos poucos vai se formando, e a espiral vai rodando cada vez mais rápido. É como se ela fosse a Alice do País das Maravilhas, que vai sendo abduzida por um mundo que ela desconhece. Esse é um personagem que eu posso ir construindo e descobrindo aos poucos. É como se fosse chegando em blocos. Tudo pode acontecer. A própria trama vai se transformando. Acho que isso é a grande beleza de fazer uma novela. Você não sabe direito para onde vai. Você pega os antecedentes da personagem e vai construindo com a maré da novela, do que dá certo, do que esperam de você.
E o ponto de partida da Alice qual é?
A história dela começa em Dubai. Ela é noiva de um cara muito bem de vida, bem mais velho e que já é casado. Estamos falando dentro da lógica da cultura muçulmana, em que um homem pode ter várias mulheres. Mas aí vem o primeiro embate. Logo nos primeiros capítulos ela revida um tapa na cara da mãe (interpretada por Adriana Esteves). Foi uma cena incrível que eu fiquei bem ansiosa para fazer. Mas, na verdade, é só uma das cenas bem fortes que vem por aí.
Em Babilônia você volta a fazer um personagem complexo e de grande intensidade. Você tem apenas 25 anos, de onde vem esse arquivo emocional?
É muito engraçado quando falamos de nós mesmos durante uma entrevista, porque a gente acaba até se conhecendo mais. Eu tenho 25 anos e sei que estou num processo de amadurecimento. Como eu já trabalho há alguns anos, eu acho que isso acaba se refletindo. É necessário fazer um processo de amadurecimento para criar uma ponte com os personagens, principalmente com os mais complexos. Isso acontece inclusive porque você acaba sendo colocado perante questões que você nunca pensou em ter. É necessário refletir e aprender sobre aquilo e eu acredito que isso traga algum grau de maturidade.
Entre o texto e esse aprendizado, como surge a personagem?
A gente se entrega! Quando vem uma cena forte, complexa, que te desafia, é entrega. Às vezes a gente nem entende muito bem os motivos, mas entre o estudo e a entrega, vamos descobrindo os porquês de cada ação, de cada grito, de cada beijo, do que for. Em uma novela os personagens são muito humanos, e a gente é latino, a gente é quente, briga, ri, chora.
Babilônia é essa mistura?
Sim, Babilônia vai trazer tudo isso. Não é à toa que o símbolo da novela é um coração humano. Não esperem nada menos do que muita emoção.
Como você se sente com a sua Alice?
Eu me sinto muito feliz, vivendo o meu sonho, com um elenco incrível, fazendo o que mais amo e quero fazer para o resto da minha vida. Me sinto abençoada e muito feliz.
Foto: TV Globo/ Alex Carvalho
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