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( votes)Quando: 14 de outubro
Onde: Aventura Arts & Cultural Center (3385 NE 188th Street, Aventura, FL 33180)
Ingressos: De US$ 30 a US$ 35
Informações: https://www.aventuracenter.org/events/detail/yamandu-costa?camefrom=cfc_aventura_web_homepage_topfeature
Yamandu Costa traz seu virtuosismo para Miami em show inédito
Ele é considerado um gênio do violão de sete cordas e interpreta, com maestria, diferentes gêneros musicais. O gaúcho Yamandu Costa, indicado ao Grammy Latino 2018, é hoje um dos instrumentistas brasileiros contemporâneos mais respeitados no Brasil e no mundo. E ele vem à Flórida para apresentar composições próprias, com fortes características latino-americanas, num único show em Miami no dia 14 de outubro. Ele concedeu esta entrevista exclusiva para a Acontece Magazine e falou sobre o momento atual da carreira e da apresentação na FL. Confira.
Acontece Magazine: Parabéns pelas indicações ao Latin GRAMMY em duas categorias: Melhor Álbum Instrumental com o disco “Recanto” e Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa com o disco “Borghetti Yamandu”. O que significa para você esse reconhecimento de tanto prestígio internacional?
Yamandu Costa: Estou muito feliz com as indicações ao Grammy. Esses prêmios fazem parte do reconhecimento da minha carreira. Estou feliz por ser indicado com esses dois últimos trabalhos, que foram realizados com muita dedicação e mostram a minha intenção de fazer uma música que fala da América Latina como um todo.
Miami é uma cidade que expressa a cultura latino-americana em cada esquina e, entre outros trabalhos, seu álbum “Tocata à Amizade” também celebra essa cultura popular. Fale um pouco sobre essa união latino-americana através da música.
Acredito que Miami seja, hoje, a capital do mundo latino. Na última visita que fiz à cidade fiquei impressionado com a quantidade de imigrantes de toda a América Latina. Acaba sendo um lugar de ponto de encontro de toda a comunidade latino-americana, então, visitar a cidade novamente e fazer um show em Miami é abraçar toda essa comunidade de modo geral.
Assim como no Brasil, também temos um “Clube do Choro” no sul da Flórida. Fale do amor por esse importante gênero musical e sua evolução no Brasil e no mundo.
É muito interessante a gente analisar o que está acontecendo com essa linguagem do Choro no Brasil e no mundo, depois de alguns documentários como “Brasileirinho”, de projetos que existem aqui da Escola Portátil de Choro e de todo o movimento que está sendo feito em homenagem a esse gênero. No mundo inteiro, em muitas capitais da Europa, já existem Clubes do Choro e é muito bom saber que existe também em Miami. De alguma maneira leva a bandeira dessa música extremamente rica, com um gênero musical miscigenado, criado aqui no Brasil através de várias imigrações europeias, africanas e, claro, com uma característica do povo local indígena brasileiro.
O ícone Gilberto Gil compôs e gravou a música “Yamandu” em seu mais recente álbum “OK OK OK”. Como se sente com essa homenagem?
Pra mim, é como se fosse uma coroação da carreira, da minha entrega musical durante toda a vida, poder receber uma homenagem do nosso grande Gilberto Gil. E não deixa de ser um fato inédito, acredito, na história da música do Brasil, ter uma música em homenagem a um instrumentista. Então me sinto extremamente lisonjeado e na verdade é um grande incentivo pra continuar tentando fazer uma carreira digna e que tenha um compromisso cultural com o meu povo e com a música da América Latina.
Você já gravou com grandes nomes da música brasileira, como Paulo Moura e Dominguinhos. Há algum artista com quem você gostaria muito de colaborar?
Eu tive a felicidade de conhecer muitos músicos importantes na minha trajetória, mesmo sendo novo, e de ter tocado com essas pessoas que você mencionou. Eles foram padrinhos da minha criação musical. Quem trabalha com música popular, eu considero, está sempre em formação. Essa trajetória da música não tem um ponto de chegada, estamos sempre estudando e nos aprimorando. E ter encontrado com essas pessoas de tanta experiência e estrada musical, sem dúvida, foi e continua sendo uma grande escola.
Em 2017 você lançou o seu próprio App – Yamandu, para smartphones. Como é a sua relação com as redes sociais e os fãs virtuais?
O caminho das redes digitais é uma fotografia do que já está acontecendo. Os artistas terem a chance do contato direto com o seu público. Conseguir fazer um conteúdo que atenda a essa demanda e também se expor a novos públicos. A rede é uma coisa vertiginosa, a gente nem tem uma clareza do tamanho disso. Então, é uma adaptação que tenho feito nos últimos tempos de começar a produzir diretamente pra o público que gosta do tipo de música que faço. Com isso, o lançamento desse aplicativo, com todo o material disponível, completamente free pra baixar em seus smartphones nas duas tecnologias disponíveis: android e iPhone. Poder fazer essa aproximação é gratificante. Também para o YouTube, estou começando a fazer séries filmadas durante as minhas viagens para que o público veja a rotina do artista, a correria, gente que você conhece, músicos que encontra. E é através de todas essas plataformas, que estão disponíveis hoje em dia, que temos a intenção de estar ainda mais próximos do público.
Fale um pouco do show que você vai fazer neste mês de outubro, finalmente o primeiro show em Miami. O que podemos esperar?
Esse show em Miami tem um repertório que venho fazendo nos últimos tempos, com músicas próprias, com características bem latino-americanas, não só do Brasil, mas com referências à música argentina, uruguaia, colombiana, peruana. Na verdade o meu trabalho está mostrando, cada vez mais, essa minha intenção de levar a música latino-americana de forma geral, um pouco de cada sabor, claro, porque é uma cultura enorme e muito diferente. Tenho a intenção de mostrar um pouco de cada referência musical que influencia a música que eu faço.
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