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[HAJA PACIÊNCIA!] 3 Passos para controlar o EGO durante a quarentena

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Em tempos de confinamento, seja pela ansiedade ou por irritabilidade diante do comportamento, somos obrigados a enxergar e lidar com o ego

A todo instante a vida nos mostra a condição do Ego. É possível percebê-lo e as consequências de suas ações ao longo dia, nas nossas relações com outras pessoas, no modo como lidamos com os nossos sentimentos e com o que pensamos. Verdade seja dita, ignoramos essas demonstrações em maior ou menor grau, dependendo do quanto estamos compromissados com o nosso autoconhecimento. No entanto, talvez estes tempos de pandemia, quando somos todos empurrados para dentro de nós mesmos de alguma forma, a possibilidade de enxergar essa condição na qual nos encontramos tenha ficado maior, seja pela nossa ansiedade ou a irritabilidade diante do comportamento dos outros. Além do mais, antes, durante e depois da pandemia, será sempre tempo para aprendermos sobre nós mesmos, e também sobre lidar com ele, o Ego.

Afinal, o que é o Ego?

Segundo a Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung, a mente, ou psique, é composta de inconsciente e consciente. Esta última é a menor parte, cujo centro é o Ego. Grandes nomes da Meditação como Jiddu Krishnamurti e Osho também têm imensas contribuições a respeito do que o Ego é; para eles o Ego é o nosso apego ao passado e às identidades, e, portanto, por vezes relacionado ao nosso sofrimento. No que a Meditação e a Psicologia Analítica concordam a respeito da essência do Ego é a sua condição limitada, pois a mente inconsciente é a maior parte da mente. Assim, o processo de expansão da consciência, de aumento do nosso autoconhecimento, envolve ampliar esses limites aos quais somos apegados e que estranhamente defendemos.

 

Listei 3 passos para você entender, enxergar e lidar com o Ego durante e após a pandemia:
Reconheça o comportamento egoísta
Gostamos de chamar os outros de egoístas quando, na verdade, dificilmente se pode encontrar algum ser humano que transcendeu o Ego e não age como se ele fosse o centro de tudo o que existe. E essa é a questão fundamental, embora a nossa consciência conheça uma parte pequena de nossas mentes e da vida, agimos como se conhecêssemos tudo, como se as nossas “verdades” fossem inquestionáveis. Nós defendemos quem pensamos que somos: nosso nome, reputação, exigimos considerações e posturas… No Ego, sempre achamos que sabemos quem somos totalmente, e que a pequena parte que conhecemos é tudo o que há. E ao entrarmos em contato com outras pessoas, outras vidas, outras experiências e outras “verdades” nossas limitações ficam em perigo; nosso mundo conhecido é ameaçado por diferenças. Com medo, é óbvio que a violência surge como defesa, seja por meio de gritos, discursos, indiferença, o desejo de controlar o outro, de ditar a vida das demais pessoas, julgar – principalmente durante a quarentena… Fato é que ninguém se torna livre antes de admitir que está preso. Não admitir que não sabemos de tudo, que temos leituras parciais da vida, negar que também existe ignorância dentro de nós… tudo isso é comportamento egoísta, e muitas vezes sequer é notado.

Vire o jogo
Há diferentes linhas terapêuticas para abordar essa questão. As limitações do Ego causam sofrimento por não serem admitidas. No entanto, condenar o Ego, considerá-lo um vilão, odiá-lo… nada disso é caminho, pois ódio não é solução para nada. Tratar a questão como um problema a ser resolvido deve ser desconsiderado também. A transformação desse estado de ser se dá através de uma expansão da consciência. Isso, feito com amor, reordenará todo o desequilíbrio na mente. Como eu disse, primeiro precisamos enxergar o Ego em nós, o quanto estamos presos nas suas limitações, o quanto nos identificamos com ele. Assim que ele for “visto”, assim que você o perceber nas suas atitudes, nos seus pensamentos, emoções, quando notar o quanto é apegado, cheio de defesas e sofrendo por isso, aí então você deu um passo adiante. Você finalmente olhou para ele. Terá tomado consciência de como tem provocado sofrimento para si mesmo e para os outros. Mas é preciso atenção, essa não é uma justificativa para ter raiva. Ao contrário, esse é o instante onde a compaixão pode surgir definitivamente.

Medite!
Aceite o Ego. Esses limites podem se expandir com consciência e amor, por meio de desapego, de reforma interior e Meditação! Meditar ajudará a ter essa visão sobre a condição em que nos encontramos, bem como a atravessá-la de modo inteligente e carinhoso. Não julgue o seu Ego, porque vocês ainda estão muito misturados, o seu sofrimento e o dele são um só. Apenas o observe, amorosamente, entenda sua ação, razões, costumes. Aos poucos, uma transformação começa só porque você notou tudo isso. Se a sua relação com ele for amorosa, mas sem identificação, aos poucos tudo vai se expandindo, inclusive esse amor que começou a pulsar dentro do seu ser. Continue apenas meditando, tornando-se mais consciente de pequenos atos no seu dia-a-dia, um passo de cada vez.

Eu citei a Meditação, mas lembre-se de que há muitos caminhos para a expansão da consciência, dentro e fora do mundo das terapias holísticas. Citei aqui resumidamente parte da minha experiência, mas esta não é a última palavra sobre o assunto, encontre a sua afinidade, olhe-se gentilmente e se aventure. Ainda há muito o que se falar sobre o Ego, sobre ele não ser desprezado e nem endeusado, pois entre um ponto e outro está você, no meio, em uma região de aprendizado. Além disso, de tudo o que você pode aprender de si mesmo e dessa relação, mais ainda há que se falar sobre amor e consciência…

Sobre o autor:

Luís A. Delgado foi ganhador do prêmio “Personalidade 2015” na categoria Arte Literária pela Academia de Artes de Cabo Frio-RJ – ARTPOP, e agraciado com o prêmio Clarice Lispector de Literatura na categoria “Melhores Romancistas” pela Editora Comunicação em 2015. Atualmente é sócio correspondente na Associação dos Diplomados da Academia Brasileira de Letras e Mestre em Reiki e Karuna Reiki, possuindo o mais alto título que um profissional do Reiki possa ter.
Fonte: Aspas e Virgulas

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