Entrevistas Música

Entrevista com Evandro Mesquita em preparação para a turnê americana da Banda Blitz

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Por: Carlos Eduardo para Acontece
Quer matar saudades das músicas que embalaram muitos romances e baladas dos anos 80 e 90? Então você não pode perder o show da Blitz ao vivo, no dia 20 de novembro, em Miami Beach. Com a formação original, a Blitz está pronta para vir para os Estados Unidos para sua turnê 30 anos de Blitz. Evandro Mesquita e sua trupe estão prontos para fazer a festa que o levarão às melhores memórias!!

Blitz vem para os Estados Unidos para 5 shows. Como está a expectativa de vocês?
Estamos super animados. Em setembro tivemos problemas com os vistos mas agora tudo foi resolvido e queremos muito mostrar o show desses 30 e tantos anos de estrada, aos amigos brasileiros e americanos.

Miami e Orlando são as cidades americanas na Flórida que normalmente recebem shows brasileiros. Será a primeira vez que a cidade de Jacksonville receberá um show brasileiro, como surgiu a ideai de levar o show para essa cidade?
Pois é… Foi através do Instagram, a @ritatavares mandou mensagem dizendo da intenção de trazer a Blitz para Jacksonville. Tentamos tanto que agora conseguimos. Vamos matar a saudade e com muito prazer, mostrar que música boa não tem prazo de validade!

Blitz fez parte da história de muita gente que há anos imigraram para os Estados Unidos. Ir ao show da Blitz para essas pessoas será mais que ter contato com música brasileira, e sim ter contato com uma época importante e saudosa. O que esse público pode esperar do show?
Exatamente. A Blitz arrombou as portas das gravadoras e mudou o panorama das rádios, numa época de ditadura e censura. Levamos o humor e uma poesia de rua, com mensagens nas entrelinhas pra galera do underground da onde viemos. Conquistamos um espaço importante e tivemos voz e vez no mercado fonográfico brasileiro. E abrimos espaço para várias bandas de sotaques diferentes em vários estados do Brasil. O público pode esperar uma noite de celebração e festa, com músicas que conquistaram várias gerações com a pegada teatral e suingado da Blitz. Uma noite de alto astral e boas vibrações para dançarmos e cantarmos apaixonadamente.

Blitz fez 30 anos de sucesso, e continua com uma agenda de shows pelo Brasil inteiro, qual o segredo desse sucesso?
É o prazer de estar na estrada fazendo música. Armando o circo em cada cidade. Descobrir novos lugares. Encontrar brasileiros e estrangeiros pelo mundo.

Vocês tocaram no Rock in Rio, fale um pouco desse show.
Participamos do primeiro em 1985. Uma apresentação para 250 mil pessoas. A nova música brasileira chegava a “maior idade” e pisava no mesmo palco de nomes como Rod Stewart, Yes, B’52, James Taylor, AC DC, Iron Made, Nina Hagen, Queen entre outros. Essas duas apresentações ficaram tatuadas na nossa alma. E agora foi emocionante voltar, 30 anos depois e ter o carinho e reconhecimento do público.

Essa não é a primeira turnê internacional, onde e como foram as outras experiências?
Em 85 tocamos num festival em Moscou. Fizemos shows na Argentina, Portugal, EUA. Tocamos no Japão, um ano depois da Tisuname e no dia do show eu acordei emocionado de estar do outro lado do mundo tocando músicas que ainda estão presente nas boas lembranças das pessoas. Nesse dia fiz uma “carta” diferente na música ‘A dois passos do Paraíso’ e pedi para a interprete traduzir durante o show eu foi mais ou menos assim “queria dedicar aos irmãos brasileiros que deixaram o país atrás de um sonho, que admirava a coragem e torcia por eles… ” e a interprete traduzia pro japonês com a banda tocando de fundo, a plateias delirava e eu continuava dizendo que o Japão já tinha ensinado ao mundo tantas vezes como dar essa volta por cima etc etc e ela traduzia. As pessoas vibravam e começaram a chorar emocionadas e nós também. Foi bonito e inesquecível.

“A dois passos do Paraíso” e “Você não soube me amar” são as músicas mais tocadas da Blitz?
Junto com Weekend, Beth Frígida, Geme Geme, O Romance da universitária Otaria, Ego Trip entre outras…

Como foi a composição dessas músicas?
As primeiras foram em volta de fogueiras com violões, amigos, gatas e tudo dos anos setenta. Depois nos quartos dos hotéis e ônibus durante as turnês. Cada uma tem uma história e uma motivação que inspirou a canção. Misturamos tudo de Moreira da Silva, Jorge Benjor, Caetano, Gil, Mutantes, Novos Baianos, Bob Dylan, Marley, Zeppelin, Stones, etc jogamos tudo no liquidificador e sai um som com personalidade própria que é a cara da Blitz.

Atualmente, quais os sucessos do Blitz mais pedidos no show?
Esses citados acima e mais: Dali de Salvador, Biquini de bolinha amarelinho, Adão e Eva, De manhã.

Os shows nos Estados Unidos foram cancelados duas vezes, porque?
A primeira vez hoive uma invasão de um hacker chinês que entrou no computador de todos os consulados dos EUA no mundo todo. A segunda vez nosso empresário estava no consulado recebendo os vistos de trabalho e às 16:30 a impressora matriz dos EUA parou de imprimir ficando faltando o visto de três integrantes da banda, o baterista, a baixista e um técnico. Estávamos todos de malas prontas pra ir pro aeroporto e ficamos muito frustrados e tristes.

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Mensagem boa de final de ano é FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO. Rss. Torcendo por melhores notícias nas mídias e que nosso país passe pra uma fase onde as pessoas do bem tenham mais ousadia que os canalhas que estão no poder.
Quero vê-los nos shows, matar a saudade de quem já viu e surpreender quem nunca viu. A primeira Blitz ninguém esquece. E filosofia de jogo é: Enquanto houver bambu… Tem flecha! I’ll see You soon!

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