Cores e Emoções: A jornada da Inteligência Emocional Através da Arte

Qual a sua cor, música ou sabor favoritos? Já se viu em dificuldade para responder a essa pergunta? Muitas pessoas desconhecem a si mesmas, negligenciando uma parte essencial da autorreflexão. Essa falta de autoconhecimento pode resultar em um problema significativo, já que, quanto menos nos conhecemos, mais vulneráveis somos a nos tornarmos vítimas de abusos emocionais. Portanto, o autoconhecimento é crucial.

Frequentemente, nos encontramos em fases desafiadoras em que parece que estamos perdidos em um túnel escuro, sem saber por onde começar. Isso ocorre quando nos afastamos de nós mesmos e perdemos contato com nossa essência. A jornada de autoconhecimento nos ajuda a encontrar a luz que nos permite nos ver com clareza e a reconectar com nossas raízes e com quem realmente somos.

No último mês, discutimos a importância da autoconsciência em relação às nossas emoções. Descobrimos que a palavra “emoção” tem suas raízes no latim, onde “E” significa “para fora” e “Movere” significa “passar”. Isso nos sugere a ideia de exteriorizar, expressar o que sentimos. A arte, por sua vez, é uma manifestação intrínseca que está profundamente conectada às emoções. Muitas vezes, a arte consegue dar forma e trabalhar estados emocionais que são difíceis de descrever apenas com palavras. Esse ato de exteriorizar as emoções resultou em diversas formas de arte, como pintura, escultura, dança, música e muitas outras. Cada uma delas carrega um eco das emoções de seu respectivo artista.

Uma das notáveis características da arte é sua capacidade de tocar profundamente a alma de cada indivíduo, ainda que de maneira única e pessoal. A arte atua como um agente de cura ao permitir que o indivíduo entre em contato com símbolos profundos, servindo como uma ponte entre o consciente e o inconsciente, o individual e o coletivo. Através de sua função transcendente, a arte possibilita o processo de reequilíbrio psíquico e o caminho da individuação.

Explorar recursos artísticos oferece a oportunidade de reconhecer talentos que, muitas vezes, permanecem ocultos. Essa exploração fortalece a autoestima. Além disso, a arte auxilia na resolução de conflitos e na elaboração de soluções para essas questões. Ela também estimula a criatividade, que é essencial para equilibrar a emoção com a razão, o consciente com o inconsciente.

Esse contato com a arte facilita o desenvolvimento da personalidade, da inteligência emocional, da criatividade, da motivação e da autoestima. Como resultado, promove uma melhor qualidade de vida e relacionamentos mais saudáveis. A arte abre a porta para a saúde emocional. Portanto, vale a pena buscar ferramentas artísticas para o desenvolvimento dessas habilidades emocionais, bem como para a apreciação da arte em si.

Vamos explorar como algumas formas de arte se conectam com nossas emoções:
Desenho: Ajuda a organizar ideias na mente.
Pintura: Conecta-se às emoções por meio das cores e da sensibilidade visual.
Esculturas em material como mármores, madeira, gesso: elas são boas pra trabalhar a partir da frustração da raiva da ira por que você tem que bater em alguma coisa pra transformar aquela estrutura.
Argila: Permite descarregar energia ao tocar na matéria viva que pode ser transformada.
Colagens: O ato de cortar e colar pode ser simbólico, representando a liberação e ressignificação de emoções.
Musica: estimula memoria, expressão de emoções, regulação emocional, influencia no humor e na criatividade.
Dança: trabalha comunicação não verbal, liberação emocional, empatia e conexão, celebração e alegria e o bem estar emocional.

Assim, a arte proporciona acesso às profundezas de nossas emoções, auxilia na autoestima e autoimagem e contribui para o autoconhecimento, fundamentos da inteligência emocional.

Escolha sua forma de arte favorita, pegue seu instrumento, escolha a dança ou defina sua cor favorita, e embarque na jornada artística de construção de sua inteligência emocional.

Por Rebeca Macedo