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Comunicação não violenta melhora o relacionamento entre equipes

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Ao aplicar a metodologia no dia a dia da empresa, mal entendidos ficam para trás e o diálogo flui melhor

Certamente você já ouviu falar em Comunicação Não Violenta (CNV) – mas como ela funciona na prática? O conceito foi criado lá atrás, na década de 60, pelo psicólogo norte-americano Marshall Rosenberg, como uma abordagem específica de comunicação que permite uma conexão e compreensão maior entre as pessoas. “A CNV permite que nos comuniquemos com clareza, de forma mais leve – o que abre espaço para o diálogo e a negociação”, explica Uranio Bonoldi, especialista em tomada de decisões e professor da Fundação Dom Cabral.

E é exatamente aí que ela se torna importante no ambiente corporativo. Ganhando cada vez mais espaço dentro das empresas, a Comunicação Não Violenta evita conflitos entre as equipes e gera mais confiança tanto para os colaboradores quanto para os líderes e donos das corporações. “Com a CNV, a escuta e a fala são pensadas de maneira respeitosa, para que não haja ofensas nem má interpretação do que foi dito, evitando mal estar e situações embaraçosas no trabalho”, comenta Uranio.

O relacionamento empresa/colaborador flui de maneira mais fácil, já que a maioria dos conflitos nesse ambiente ocorre durante a comunicação – ou melhor, pela falta ou falha dela. Com uma proposta pacífica e conciliadora, não pense que a CNV é algo para tornar seres humanos passivos. “Muitas pessoas acreditam que esse método pretende fazer com que todos aceitem tudo sem questionar, o que é um ledo engano. Ela é uma estratégia onde deixamos de lado nossas defesas para falar sobre necessidades e desejos, o que não significa aceitar tudo e sim questionar de uma maneira mais assertiva”, explica o professor.

Mas como aplicá-la no dia a dia? A CNV possui quatro componentes: observação, sentimento, necessidade e pedido. Uranio explica cada um deles: “Observar é o primeiro passo para conseguir entender a situação. Nesse momento, deixe de lado os julgamentos e as interpretações pessoais. Depois, mapeie os sentimentos que essa situação provocou – como raiva ou tristeza. Ao nomear o que você está sentindo, vem o entendimento de que tal sentimento é sua responsabilidade, não do outro. Então chegamos à necessidade: quais requerimentos esses sentimentos provocaram em você? Por último, vem o pedido: o que as pessoas podem fazer para ajudar a atender tais necessidades? O que você precisa do outro?”.

Vejamos alguns exemplos: “Quando você se atrasa, eu me sinto irritado, por isso gostaria que você não se atrasasse”, “Quando você não entrega o projeto dentro do prazo, eu me sinto inseguro. Quero me sentir confiante sobre o seu trabalho, por isso gostaria que você entregasse suas tarefas no prazo combinado” – esse cuidado gera um diálogo empático e facilita o entendimento do outro sobre o que você está sentindo.

“Nesse sentido, podemos aplicar a CNV ao dar feedbacks aos colaboradores, enaltecendo as qualidades e propondo mudanças claras sobre aquilo que não vai bem, lembrando que a motivação dos colaboradores tem relação direta com a empatia e o encorajamento oferecido pelo gestor”, discorre Uranio. A CNV é uma ferramenta onde todos aqueles que a praticam ganham – além de ouvir o outro, ouvimos a nós mesmos, sendo uma boa técnica para o autoconhecimento. E lembre-se: quanto mais você praticar, mais fácil fica perceber o momento e o formato em que ela é mais eficaz.

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