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O que podemos aprender com a COP 27?

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De secas extremas a enchentes avassaladoras, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) explica por que a crise climática é também uma crise humana

Entre 6 e 18 de novembro, os países se reúnem no Egito para a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – a COP 27 – a fim de renovar os compromissos de implementação do Acordo de Paris e dar previsibilidade ao financiamento climático para atingir as metas ambientais da Agenda 2030. Nesse contexto, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) chama a atenção para os impactos da crise climática no deslocamento forçado em todo o mundo.

Cada vez mais, os compromissos de mitigar os efeitos da ação humana no clima se misturam com as necessidades de milhões de pessoas que são forçadas a se deslocar de suas casas em decorrência dos efeitos das mudanças climáticas – que vêm deteriorando situações de conflito ao longo de décadas ou criando novas emergências pelo efeito direto, como enchentes e inundações.

“A maioria das pessoas a quem provemos ajuda humanitária vem de países na linha de frente da emergência climática ou estão acolhidos em lugares igualmente afetados”, disse o Alto Comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi. “Elas enfrentam desastres relacionados ao clima, como enchentes, secas e desertificação. Isso destrói meios de subsistência, alimenta conflitos e força as pessoas a deixarem suas casas. Precisamos urgentemente de um novo pensamento, inovação, financiamento dos países mais ricos e vontade política para conter a situação –ao invés de medidas isoladas.”

“Em todas as frentes de combate às mudanças climáticas, a única solução possível é combinar solidariedade e ação de impacto”, afirmou o Secretário Geral das Nações Unidas, António Guterres, durante reuniões pré-COP em Nova Iorque no início de outubro.

Dentre os efeitos mais diretamente conectados ao deslocamento forçado, inundações e secas extremas evidenciaram-se como as consequências mais impactantes no crescimento de conflitos, da pobreza e da fome global, que chegou a uma marca recorde de 828 milhões de pessoas.

“Um terço do Paquistão está inundado. A Europa teve seu verão mais quente dos últimos 500 anos. As Filipinas foram massacradas. As ilhas cubanas estão no breu. E aqui, nos EUA, o furacão Ian trouxe um lembrete brutal de que nenhum país ou economia está imune da crise climática”, completou Guterres.

Seca extrema

Há mais de 4 décadas o Afeganistão enfrenta uma crise humanitária em decorrência de guerras e conflitos armados, gerando um dos maiores êxodos humanos de refugiados do mundo. Hoje, são quase 30 milhões de refugiados e deslocados internos afegãos que precisam de ajuda humanitária. 

Enquanto a instabilidade política e econômica são fatores centrais desta emergência, pouco se fala sobre outra causa que intensifica a complexidade e dificuldade de resolução dos conflitos na região: as mudanças climáticas.

Os períodos cada vez mais intensos e extensos de seca, somados aos invernos rigorosos, retroalimentam conflitos e multiplicam as ameaças entre uma população que depende majoritariamente da agricultura para sobreviver. 

Com recursos naturais cada vez mais escassos, as disputas territoriais se intensificam porque as pessoas não têm acesso a água e comida, cenário que coloca o Afeganistão praticamente no topo do ranking dos países que mais sofrem com a fome no mundo: são 18,9 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar no país.

Clique aqui para acessar o texto completo no site do ACNUR.

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