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( votes)Talvez você possa se surpreender, mas apesar da fama de não ser saudável, a gordura é parte importante de uma boa dieta. Ela dá energia, é essencial para a saúde da pele e promove o funcionamento adequado das células, dos nervos e do cérebro. Mais importante: mesmo depois de décadas de pesquisas, a correlação entre alta ingestão de gordura e doença coronária, câncer ou obesidade ainda não está clara. E mesmo que recomendações dos últimos 20 anos tenham enfatizado a redução do teor total de gordura, pesquisas recentes mostram que o tipo de gordura é mais importante que o total de gordura consumida.
Portanto após essas recomendações, a indústria alimentícia passou então a se concentrar em produtos “low fat”, compostos de alto teor de açúcar, calorias, sódio e com pobre valor nutricional. A ingestão de carboidratos aumentou, assim como a obesidade global. Na realidade, as pesquisas indicavam a necessidade de substituir alimentos de elevado teor de gordura por uma dieta de baixo teor calórico, à base de alimentos naturais – dentre os quais frutas, verduras, grãos integrais e legumes. E mesmo depois de novas pesquisas e maior ênfase em carboidratos complexos e fibras, a gordura animal -incluindo manteiga, leite, carnes e ovos- ainda continuou com a má fama.
Nem todas as gorduras -assim como as calorias- são criadas da mesma forma. A gordura trans encontrada principalmente em frituras e alimentos industrializados foi, sim, cientificamente comprovada de ter efeitos negativos sobre o sistema cardiovascular. Já a gordura saturada, encontrada no queijo e na manteiga, pode, se ingerida em excesso, aumentar o colesterol total. Porém, o aumento é tanto do colesterol bom (HDL) quanto do colesterol ruim (LDL), e esta não foi provada causar doença coronariana. Em contraste, gorduras poliinsaturadas (Omega-3, por exemplo) foram provadas em ser cardioprotetoras.
Ovos são, sim, fontes de colesterol, gordura saturada e insaturada, porém trazem também inúmeros nutrientes como proteínas e vitaminas essenciais à nossa saúde e, mesmo depois de muito debate, estudos recentes também não mostraram nenhuma associação com doença coronariana e derrame.
Entender e se manter informado dos resultados das pesquisas recentes pode ajudar a desenvolver hábitos alimentares saudáveis, com sábias escolhas, incluindo o melhor tipo do alimento e suas quantidades apropriadas.
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