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Entrevistas

O ex-piloto e DJ Raul Boesel volta a viver em Miami

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Há dez anos ele decidiu trocar as pistas de automobilismo pelas pistas de dança e, há três meses, voltou a viver na Flórida. O ex-piloto de F-1, de Indy Car e campeão do mundo de Marcas, Raul Boesel, tem hoje uma nova geração de fãs: os apaixonados por música eletrônica. Aliás, esta também se tornou sua paixão, paralelamente à velocidade. Morando em Miami, ele resolveu “jogar a âncora” mais uma vez por aqui e investir em sua carreira de DJ. Boesel é o destaque e a estrela da capa deste mês da Acontece Magazine e fala um pouco de carreira, projetos e cenário da música eletrônica atual. Confira.

Boesel, você deixou uma profissão de alto risco para trabalhar com música. Essa mudança também se refletiu na parte pessoal? O que a música levou de melhor pra sua vida?
Com a música você tem um contato visual com o público, olho no olho, o que já não acontece quando está pilotando. E é muito gratificante ver o público curtindo e você comandando a balada. Mas também existe o risco de a pista esvaziar em 20 segundos… A diferença é que não vai bater no muro (risos). Música é alegria, é conviver com gente jovem e estar se atualizando o tempo todo.

Em que lugares e com que frequência você toca na noite? Qual é o perfil do seu público?
Meu estilo é deep-house, tech-house e techno, e para mim o desafio é agradar o público com músicas desconhecidas, que não tocam nas rádios. Perdi a conta de quantos lugares já toquei nesses dez anos, como exemplo, aqui em Miami, algumas vezes toquei na Mynt, e em festas durante o Ultra Festival. Outros festivais como XXXperience, Tribe, e em Ibiza, que frequento há 15 anos, mesmo antes de começar a tocar.

A produção autoral hoje é essencial para um DJ entrar de verdade no mercado da música eletrônica. Você gosta de produzir?
Produzir alguma coisa que resulte em sucesso é extremamente difícil e discordo de que é essencial para um DJ ter produção autoral, já que inúmeros DJs têm sucesso sem ser produtores. No meu caso em particular, preferi me concentrar em pesquisar, ter uma seleção de músicas diferenciadas, uma boa técnica e entender a pista.

A música eletrônica cresceu muito no mundo, a ponto de artistas procurarem DJs para fazerem remixes oficiais ou até pra produzirem discos, como aconteceu com o David Guetta. Como você vê esse momento?
Foi criado um novo estilo chamado EDM (Electronic Dance Music), que é o estilo David Guetta, e a meu ver foi um desvio da tradição da música eletrônica, da House Music e suas vertentes.

Na sua opinião, quais os rumos que a música eletrônica vai tomar mercadologicamente ou artisticamente? Quem você admira no cenário da música eletrônica e qual o seu estilo de tocar?
O que vemos hoje é a volta da música eletrônica na sua essência, a volta da sua origem. Tenho vários DJs que admiro, Loco Dice, Dubfire, Sven Väth, Carl Cox, só como alguns exemplos. Meu estilo preferido é o Techno, que é uma música mais underground.

Durante mais de 30 anos você representou o Brasil mundialmente através do esporte e, neste mês, quando a independência do Brasil é celebrada no mundo todo, qual a sensação de ser um brasileiro que carrega uma história tão positiva e de sucesso?
Sem dúvida, minha história e minhas conquistas são motivo de orgulho, mas temos que olhar para frente, nos unirmos para mudar essa “vibe” do momento, para nos orgulharmos de conquistas futuras e não apenas por representantes no esporte.

O que você mais gosta da vida em Miami? Quando não está nas baladas tocando, onde você gosta de estar na cidade?
Miami para mim é um lugar muito especial, com muitas memórias, como a da vitória do Grande Prêmio de Miami em 1991, quando a corrida era realizada nas ruas do Bayside. A cidade cresceu e está virando uma metrópole, mas o espírito continua o mesmo. Sou apaixonado por motocicleta e recentemente atravessei os EUA de leste a oeste. Foram mais de 7 mil milhas em 22 dias, incrível. A moto é meu meio de locomoção e curtir Miami com sua beleza natural não tem preço.

O público te reconhece nas pistas como o famoso piloto? Como é esse contato com o público brasileiro nas baladas?
É uma grande satisfação quando me reconhecem pelo meu momento atual. No início houve muito preconceito, uma mudança radical, em que o público desconhecia essa minha paixão pela música. Hoje já conquistei meu espaço e credibilidade, resultado da seriedade, perseverança e dedicação, como foi em minha carreira de piloto.

Modelo: Raul Boesel
Fashion Stylist e Creative Director: Kat Zammuto
Fotógrafo: Messi Schneider
Locação: Hotel Delano South Beach
Produção: Antonio Martins
Beleza: Jussara Midio para StudioD

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