Aguinaldo Silva e Rogério Gomes - Crédito: Globo/Estevam Avellar
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Entrevista com Aguinaldo Silva e Rogério Gomes

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De Aguinaldo Silva, com direção artística de Rogério Gomes, ‘O Sétimo Guardião’, vai mostrar que alguns lugares guardam grandes histórias e muitos mistérios escondidos. Resta saber até quando cada um é capaz de guardar um segredo. “Fico feliz em participar deste momento em que Aguinaldo resgata um universo no qual ele sempre transitou muito bem. Nossa história vai falar de segredos, da importância da água, mas principalmente de amor, através de Luz (Marina Ruy Barbosa) e Gabriel (Bruno Gagliasso). O grande conflito desse casal será a missão de proteger a fonte”, afirma o diretor artístico Rogério Gomes.
‘O Sétimo Guardião’ estreia no canal internacional da Globo no dia 12 de novembro, nas Américas, e dia 13, na Europa, África, Japão e Austrália.

— Entrevista com o autor Aguinaldo Silva
Pernambucano de Carpina, o autor começou a trabalhar aos 14 anos e, com seu primeiro salário, comprou o livro “Bom Dia, Tristeza”, de Françoise Sagan, que o despertaria para a carreira. Dois anos depois, publicou sua primeira obra, “Redenção para Job”, e rapidamente conseguiu um emprego no jornal Última Hora, do Nordeste. Aguinaldo se tornou roteirista por acaso, já no Rio de Janeiro. Tinha saído do jornal O Globo, onde trabalhava como editor, e recebeu um telefonema de Daniel Filho para escrever um seriado policial – ‘Plantão de Polícia’. A partir daí, já se somam mais de três décadas, quase 20 novelas, seriados e minisséries como a pioneira na televisão: ‘Lampião e Maria Bonita’. Entre as décadas de 1980 e 1990, Aguinaldo escreveu sucessos dentro do realismo mágico como ‘Tieta’, ‘Pedra Sobre Pedra’, ‘Fera Ferida’, e ‘A Indomada’. Seu último trabalho no gênero foi ‘Porto dos Milagres’, em 2001. ‘O Sétimo Guardião’, além de marcar a volta do autor a esse universo, é a continuação da bem-sucedida parceria com o diretor Rogério Gomes, que começou em 2014, com ‘Império’.

Como surgiu a ideia de escrever ‘O Sétimo Guardião’?
Quando comecei a pensar nesta novela, me veio essa questão do valor da água e o fato de que, em breve, ela vai se tornar o bem mais precioso do planeta. Ao mesmo tempo, eu já vinha tendo a vontade de retornar ao realismo mágico, então criei essa fonte protegida por sete guardiães e a história de amor de Luz e Gabriel.

Por que você decidiu voltar ao realismo mágico?
Comecei a perceber que a realidade estava ficando dura demais, e que nenhuma ficção poderia competir com isso. Além do mais, me divirto nesse estilo, onde tudo é possível, onde o escritor é senhor absoluto dos acontecimentos. Onde, se eu quiser, posso fazer até um carro voar. E, quando percebo que o espectador acreditou nessas ideias, a sensação é boa demais.

O público tem muita curiosidade sobre suas vilãs. Como será Valentina Marsalla?
Eu não gosto de personagens que são vilãs porque são más apenas. Eu acho que a vilã tem que ter sempre uma motivação. Além disso, para que ela não fique pesada e pavorosa, tem que ser bem-humorada. Valentina será uma supervilã, com essas características.

Como está sendo repetir a parceria com Rogério Gomes?
Sempre dei muita sorte com os diretores que tive em minhas novelas. Paulo Ubiratan era um gênio, o Wolf também. E o Papinha não é propriamente um diretor, mas um cúmplice. Ele entende perfeitamente o que quero dizer no texto e procura, não apenas ser fiel a isso, mas criar em cima disso.

Como foi a escalação de elenco para a novela?
Não penso muito nos atores antes de ter a história e os perfis escritos. No caso de ‘O Sétimo Guardião’, havia atores com quem eu gostaria de trabalhar, independentemente da história, como a Maria Ruy Barbosa e a Lília Cabral, além do Tony Ramos, que até então nunca tinha estado em nenhuma obra minha. Da mesma forma que, ao longo da escalação, alguns acabam sendo uma grata surpresa, como a Nany People, que eu não havia pensado lá no início, e estou muito feliz em ter no elenco.

O que o público pode esperar de ‘O Sétimo Guardião’?
Nessa novela tudo pode acontecer. E aguarde, porque, em geral, acontece.

 

— Entrevista com o diretor Rogério Gomes
Rogério Gomes participa do universo da televisão desde os cinco anos, quando acompanhava o pai, o locutor Hilton Gomes, aos estúdios da TV Tupi. Iniciou a carreira como operador de VT da primeira versão do ‘Sítio do Pica-Pau Amarelo’, na Globo, e depois passou a editor de imagens. Antes de começar a trabalhar com dramaturgia, Rogério editou e dirigiu diversos clipes exibidos no ‘Fantástico’, algumas edições do Hollywood Rock e também o primeiro Rock in Rio. A primeira novela que assinou como editor foi ‘Rainha da Sucata’, de Silvio de Abreu, em 1990. Seu próximo passo foi dirigir a minissérie ‘O Sorriso do Lagarto’, adaptada do romance de João Ubaldo Ribeiro e, logo depois, a novela ‘Deus nos Acuda’, de Silvio de Abreu. ‘Vira-Lata’, de Carlos Lombardi, exibida em 1996 foi a primeira novela que assinou como diretor-geral, ao lado de Jorge Fernando. De lá para cá, dirigiu diversas outras produções. Seus últimos trabalhos na Globo foram os sucessos ‘Império’, de Aguinaldo Silva, que ganhou o prêmio Emmy Internacional como melhor novela, ‘Além do Tempo’, de Elizabeth Jhin, e a ‘A Força do Querer’, ao lado da autora Gloria Perez. Em ‘O Sétimo Guardião’, o diretor retoma a parceria com Aguinaldo Silva.

Como está sendo dirigir, pela primeira vez, uma novela de realismo mágico?
Está sendo desafiador, mas também muito divertido. Com a tecnologia que temos hoje, há uma facilidade maior para transitar nesse universo, em relação ao que o Aguinaldo fez no passado. É uma novela naturalista. O realismo mágico fica por conta da trama da fonte e da relação do gato com os guardiães e a Luz (Marina Ruy Barbosa)

O que mais chama sua atenção em ‘O Sétimo Guardião’?
Para além da história, essa novela me atrai por estar sendo a volta do Aguinaldo ao realismo mágico. Quando li a sinopse e os primeiros capítulos, vi ali uma bela história a ser tirada do papel.

Qual a diferença de dirigir uma novela em que um gato vai contracenar com os atores?
Já trabalhei em outras produções com animais. Temos que respeitar o tempo deles, especialmente sendo o León um dos principais personagens. Vamos contar, claro, com a facilidade dos efeitos visuais também. Em alguns casos a computação gráfica entra para completar a cena. Este é um dos grandes desafios deste projeto.

Como está sendo repetir a parceria com Aguinaldo Silva?
Meu trabalho com Aguinaldo em ‘Império’ foi uma grata surpresa. Jogamos muito juntos, trocamos ideias. Ele é um autor que confia nos profissionais que chama para trabalhar com ele, o que facilita muito o processo.

O que o público pode esperar de ‘O Sétimo Guardião’?
Para mim, está sendo um privilégio comandar uma equipe que tem o desafio de tirar do papel e dar vida aos personagens desse universo tão vasto criado pelo Aguinaldo. Espero que o público goste e se envolva tanto quanto nós.

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