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( votes)Mães afirmam que, entre as maiores dificuldades do trabalho remoto, estão a realização das refeições nos horários corretos e o acompanhamento das crianças nas atividades online da escola
Uma pesquisa realizada pela Ticket, marca de benefícios de alimentação e refeição da Edenred, apontou que 58% das mulheres que estão trabalhando em casa durante a pandemia realizam as atividades profissionais enquanto cuidam dos filhos. Ao ouvir mais de 800 pessoas, o levantamento, que mapeou a rotina de trabalho das mães que estão em home office, revelou também que 20% permanecem com as crianças em casa, mas sob os cuidados de outras pessoas. Já 8% recorrem à creche ou escola e 6% deixam as crianças na casa de parentes. As demais respondentes possuem filhos com idade superior a 12 anos.
Quando questionadas sobre a flexibilidade de horário proporcionada pela empresa, 40% revelam ter liberdade para adaptar o expediente à sua rotina doméstica, já 25% não conseguem usufruir da flexibilidade por conta do cargo que ocupam ou atividades que realizam, apesar de a empresa oferecer essa versatilidade. As entrevistadas que disseram que os empregadores não oferecem essa opção são 35%. “Os resultados mostram que as empresas estão cada vez mais conscientes da importância da maleabilidade em relação às profissionais que são mães e que, durante a pandemia, têm se desdobrado para cumprir várias tarefas ao mesmo tempo. Com a flexibilização, todos saem ganhando, inclusive a empresa”, comenta José Ricardo Amaro, Diretor de RH da Ticket.
Quando o assunto é o nível de concentração que conseguem atingir durante o trabalho no modelo home office, 31% das entrevistadas afirmam que conseguem se concentrar melhor, pois, mesmo em dupla jornada, a quantidade de interrupções diminuiu em comparação ao que ocorria na empresa. Já 29% disseram que, em casa, o nível de ruídos aumentou e a concentração foi prejudicada; e 19% também têm a mesma percepção, mas por conta da quantidade de mensagens, e-mails e reuniões online. Em relação à performance no trabalho durante a pandemia, 45% afirmaram que ela aumentou, enquanto 34% disseram que não houve mudanças. Outras 11% contaram que houve uma queda na performance e já foram, inclusive, sinalizadas pelo gestor e 10% também sentiram um declínio, mas ainda não foram notificadas pelo líder.
Entre as principais dificuldades relatadas estão conciliar as atividades do trabalho com os familiares, tais como o preparo e consumo das refeições em horários corretos (20,5%); ajudar os filhos nas tarefas online da escola (17%); fazer com que os filhos entendam que elas estão trabalhando de casa (15%). Ainda com relação aos desafios, cerca de 13% mencionaram a falta de tempo para realizar atividades físicas; uma parcela de 10% disse não ter tempo de lazer com os filhos; e 10% não conseguem um período de lazer para si mesmas ou com o companheiro.
Ainda assim, 93% das participantes afirmaram que o home office as aproximou dos filhos. “Estamos em um momento de inúmeros ajustes no modelo de trabalho. A pandemia acelerou muito esse processo dentro das empresas e a tendência é que ele perdure para além da crise de saúde”, opina Amaro.
Foto: pxfuel.com
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