José Roberto Luchetti Turismo

Duas vilas de pescadores no litoral norte do Uruguai são atrações naturais

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*Por José Roberto Luchetti

Dois vilarejos que viveram por décadas da pesca, mas também tem a sua economia local movimentada pelos turistas que visitam a região, ainda podem desfrutar de certa tranquilidade com refúgios naturais e praias isoladas. Para quem passeia por aqui, em meses menos concorridos, mas ainda quentes, como março e abril ou outubro e novembro, pode aproveitar a região sem os grandes volumes de turistas que invadem Punta del Diablo e Cabo Polônio, no Uruguai, nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro.

A experiência em Cabo Polônio é absolutamente inusitada. Para acessar a praia é preciso deixar o carro na entrada de Parque Nacional do qual a vila de pescadores faz parte. Na sede do Parque, com lanchonete, estacionamento e café, compra-se os bilhetes para atravessar as dunas em um caminhão e, meia hora depois, chegar no vilarejo. O local é absolutamente sedutor e tudo conspira para que seja assim, ruas de areia, algumas dezenas de casas espalhadas, sem luz elétrica, nem água encanada. Os caminhos irregulares levam a poucos e pequenos restaurantes, bares e pousadas.

Em frente ao cabo, uma área de grandes rochas onde lobos e leões marinhos relaxam em um dia de sol próximo ao farol, que não existia em 1735 quando o galeão espanhol Polonio naufragou e deu nome ao local. Em ambos os lados do rochedo, praias preservadas dentro do Parque Nacional.

Assim como Cabo Polonio, Punta del Diablo também fica no Departamento de Rocha mas tem um pouco mais de infraestrutura, com luz elétrica e água encanada, e é igualmente rústica e encantadora. A vila paradisíaca possui rochedos, praias com águas transparentes, ar místico e muita personalidade. O nome veio por conta dos inúmeros naufrágios nos séculos passados.

Punta del Diablo é um reduto do surf com ondas perfeitas que se formam em frente a praia de La Viuda. As ruas são de terra e brita e no centro do vilarejo há uma feira de artesanato, bares e restaurantes com enorme variedade de peixes, frutos do mar e música ao vivo ao entardecer.

Brasileiríssimo

Existem várias opções de hospedagem em Punta del Diablo, porém as mais pitorescas são as cabanas e pousadas. Uma em especial precisa ser visitada e, para quem programa ficar uma ou algumas noites, é mais do que indicada: Brasileirissmo. O casal Karen e Juan Eduardo Amarilla, dois gaúchos, que dividem o ano, entre Porto Alegre e Punta del Diablo, são grandes anfitriões. Há 6 anos decidiram montar o local que ainda tem um pequeno restaurante e um café. Eduardo liga o gramofone e coloca um disco de Julio Iglesias, enquanto coa o café vindo de Minas Gerais e conta sobre o projeto de expansão que pretende fazer, depois de comprar o terreno ao lado. “A gente gosta de receber pessoas do mundo inteiro, mas, evidentemente, temos um carinho especial pelos os brasileiros”, confidencia Eduardo. A pousada, famosa pelo café da manhã, serve também jantares especiais, mas com agendamentos prévios. O cardápio é preparado por Karen e na noite em que a reportagem da Acontece foi recebida, ela elaborou uma moqueca com farofa e arroz, um risoto e uma pasta com molho branco. Tudo servido com um vinho tannat, além de várias entradinhas e no final três tipos de sobremesas e compotas.

*José Roberto Luchetti é jornalista, escritor e sócio da DOC Press. Trabalhou nas emissoras Globo, Band e Rede Mulher, além da rádio Eldorado (atual rádio Estadão)

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