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Business Economia

Snapshot da Economia Americana e o câmbio do dólar

Abel Fiorot Loureiro é consultor empresarial, professor e escritor. www.abelfiorot.com | Instagram: @abel.fiorot.usa
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Por Abel Fiorot

Estamos chegando ao segundo ano de governo do democrata Joe Biden. É o momento de avaliar os principais indicadores econômicos dessa potência chamada Estados Unidos da América, o país mais rico e poderoso do mundo e para as quais estão voltadas todas as atenções da comunidade financeira e empresarial.

Apesar de sua popularidade ter melhorado um pouco, com um índice atual de cerca de 44% de aprovação, o presidente Joe Biden possui desafios consideráveis pela frente, especialmente no que se refere à economia.

Vamos aos indicadores econômicos. Para fazer esta análise de forma simples e direta, escolhi os seguintes indicadores:

• “GDP Growth Rate”, ou taxa de crescimento do PIB, publicado trimestralmente;

• “Unemployment Rate”, ou taxa de desemprego, publicado mensalmente;

• “Inflation Rate”, ou taxa de inflação, publicado mensalmente;

• “Interest Rate”, ou taxa de juros, publicado diariamente;

Créditos: jcomp/Freepik

Começando com os números de crescimento do PIB, a economia americana apresentou um crescimento de 2,9%, em dados apresentados em setembro de 2022, referente ao terceiro trimestre do ano de 2022, obtendo um número maior que a apuração anterior do segundo trimestre, quando a economia americana encolheu -0,6%.

Em relação à taxa de desemprego, ela vinha em uma curva de queda mês a mês até abril do ano passado, atigindo 3,6%, e se estabilizando no patamar próximo da taxa medida em novembro de 2022, de 3,7%. Lembrando que em abril de 2020, o índice de desemprego atingiu altíssimos 14,8%, no auge da pandemia e em período de lockdown. O índice de desemprego atual está abaixo do esperado e um ótimo sinal. Importante ressaltar que a economia americana tinha um índice de desemprego de 3,5% em fevereiro de 2020. Ou seja, os números já estão no mesmo nível de emprego antes da pandemia. Por outro lado, existe uma perspectiva não tão positiva assim para o futuro.

Devido a problemas logísticos e de cadeia de suprimentos, além da alta expansão monetária realizada decorrente da pandemia, a taxa de inflação anualizada chegou a altíssimos 9,1% em junho de 2022, porém, após atuação do Fed (o banco central americano), os números estão caindo e a taxa de inflação atual nos Estados Unidos é de 7,1%, medida em novembro de 2022. Um índice ainda muito alto para os padrões de uma economia desenvolvida, cuja meta de inflação é de 2%.

Para conter esta pressão inflacionária persistente, o Fed (o banco central americano) aumentou os juros básicos da economia americana substancialmente. Na última reunião do Comitê de Política Monetária os juros subiram em mais 0,5% para o nível de 4,25% a 4,5%.

O aumento dos juros pode desaquecer a economia e afetar diretamente o mercado de trabalho. Um desafio persistente de longo prazo tem sido o esvaziamento da classe média, que experimentou renda estagnada e aumento do custo de vida e pode sofrer também com o aumento do desemprego, caso as perspectivas de desaquecimento da economia se concretizem.

Créditos: DCStudio/Freepik

O Conference Board, instituição que realiza pesquisas e projeções econômicas, prevê que a economia americana irá sofrer desaquecimento gradual e se espalhará mais amplamente nos próximos meses, com uma recessão começando ainda neste primeiro semestre de 2023. Essa perspectiva está associada à inflação persistente e à crescente agressividade do Federal Reserve.

O maior desafio de Biden será conter o aumento do custo de vida do país, uma das principais preocupações dos americanos médios, sem prejudicar o mercado de trabalho e o crescimento econômico.

Segundo as estimativas oficiais, teremos um ano de 2023 desafiador do ponto de vista econômico, com zero de crescimento econômico projetado e aumento da taxa de desemprego para 4,5%.

Alguns setores poderão sofrer, com destaque para o mercado imobiliário. Já o câmbio pode aumentar, em virtude da alta dos juros nos EUA e aumento da instabilidade econômica no Brasil, com um novo governo de esquerda.

Apesar dos desafios apresentados, sempre existirão as oportunidades. Quem tiver liquidez e sague frio certamente poderá aproveitá-las.

Como sempre digo: Vamos em Frente!

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