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O que vai imunizar empresas que sobreviverem ao Covid19?

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Miami dia 5 de maio de 2020
Por: Rodrigo Lins*

Antes da pandemia, empresas brasileiras com presença internacional já apostavam grande parte de sua operação e vendas no ambiente digital. Esta ação visionária as está salvando neste momento. Existem aproximadamente 4,4 milhões de empresas de propriedade latina nos Estados Unidos, um número que gera mais de US $ 700 bilhões em receita para a economia dos EUA, de acordo com um estudo da Câmara de Comércio Hispânica dos Estados Unidos.

A pandemia do coronavírus afetou significativamente a economia do país, exterminando algumas das empresas mais vulneráveis e deixando os proprietários de imóveis em situação de tensão diante da incerteza sobre o que acontecerá no futuro. O Departamento de Comércio americano informou que os gastos de varejo em março deste ano caíram com o maior número já registrado. Os gastos com viagens – incluindo companhias aéreas, hotéis e cruzeiros – caíram mais de 100%, se forem incluídos reembolsos.

As lojas de departamento e as lojas de roupas estão enfrentando a possibilidade de extinção depois de anos em declínio. Mas o que os efeitos da pandemia estão mostrando é que empresas que já apostavam em comunicação e sistemas online sofrem menos os efeitos. O que estamos percebendo de modo geral é que as empresas que se prepararam tecnologicamente e apostaram não apenas em comunicação digital, mas colocaram parte de suas operações online, estão sofrendo menos com a pandemia.

Alguns de nossos clientes, por exemplo, que já vinham investindo em divulgação online maciça, atendimento virtual e mantendo parte da equipe em home office não tiveram que mudar suas rotinas tão drasticamente. Sem dúvida os impactos da pandemia nos EUA têm muito a nos ensinar no Brasil. Será um momento para o empresário ser visionário e se abrir para mudanças estruturais.

A pandemia vai afetar e mudar as práticas de mercado de forma, inclusive, irreversíveis em alguns setores. De acordo com Lins os empresários precisam ser visionários e, finalmente, compreender que não haverá como sobreviver sem tecnologia e estratégia. No segmento do varejo, por exemplo, os EUA devem sofrer impactos profundos.

Nos últimos 50 anos, o número de shoppings americanos cresceu quase duas vezes mais rápido que a população dos EUA, a ponto de, em 2015, os EUA terem 10 vezes mais espaço de compras per capita do que a Alemanha, por exemplo. Essa abundância não faz sentido na era dos gigantes sites de compras online. Com excesso de alavancagem, excesso de construção e expansão, os varejistas americanos tiveram um longo caminho a cair à medida que o país avançava em direção às compras on-line. Em 2017, e novamente em 2019, o fechamento de lojas físicas atingiu o nível mais alto de todos os tempos.

O ano de 2020 pode trazer a morte de lojas de departamentos, mudando mercado de varejo. Diversas lojas de departamento grandes estão fechando e isso mostra muito do que está por vir. É fundamental olhar para o futuro e perceber que os impactos da pandemia serão sentidos por um longo período. As pessoas não vão voltar a se expor facilmente.

*Rodrigo Lins é Mestre em Comunicação, Especialista em linguagem audiovisual, Professor universitário, jornalista e escritor, reside legalmente nos Estados Unidos e é autor do livro “Internacionalize-se: Parâmetros para levar a carreira profissional aos EUA legalmente” lançado em 2019. Dirige a agência de Comunicação, Marketing e Imprensa multinacional Onevox Creative Solutions com sede nos EUA.

Foto: pxfuel

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