Aline Zermiani
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Um equilíbrio desafiador

A busca pelo equilíbrio entre a maternidade e a carreira é uma jornada que muitas mulheres enfrentam. Para algumas, é uma trajetória marcada por desafios, conquistas e aprendizados que moldam não apenas suas carreiras, mas também suas jornadas como mães. Nesta reportagem, exploraremos a experiência inspiradora de Aline Zermiani, uma catarinense que encara esse desafio de frente, compartilhando suas histórias, reflexões e estratégias para conciliar com sucesso a criação dos filhos e o desenvolvimento de sua carreira.

Desde cedo, Aline aprendeu a conciliar trabalho, estudos e sua carreira de modelo. Como esposa do Rogério Minotauro e mãe de dois filhos, Roger e Romero, ela compartilhará nesta edição especial do mês das mães como equilibra a maternidade e trabalho, além de como tem ajudado outras mulheres a superarem esse desafio.

A frente dos filhos e o marido, Rogério Minotauro, Aline Zermiani sob as lentes de Nila Costa

Hoje em dia, muitas mulheres enfrentam o desafio de trabalhar e criar os filhos. Como você conseguiu superar esse obstáculo?Sempre sonhei em ser mãe. Minha mãe foi uma grande referência, amorosa, porém exigente em disciplina e educação. Isso estabeleceu um padrão elevado para mim como mãe. Por outro lado, sempre amei trabalhar, produzir e deixar minha marca nos meus projetos. Antes de ter filhos, enfrentei desafios ao assumir as empresas da família, chegando ao cargo de CEO na rede de franquias das academias Team Nogueira. Os desafios já eram grandes, mas após me tornar mãe, aumentaram.

Quando meu filho mais velho tinha sete meses e foi para a creche, parecia que tudo estava voltando ao normal. Assumi como CEO da empresa e voltei a treinar, até descobrir que estava grávida do Romero. Foi aí que tive que aprender a delegar na marra, contratando uma babá para cuidar dos dois bebês, além das responsabilidades da casa, autocuidado e marido.

A responsabilidade de estar ao lado de alguém já reconhecido internacionalmente pode ser um peso na vida da mulher?
Durante anos, fui conhecida como a esposa do Minotouro, mas isso nunca me incomodou. Entrei sendo namorada, noiva e esposa dele, mas sabia da minha capacidade e do meu trabalho. O reconhecimento veio com o tempo, à medida que eu mostrava minha competência e dedicação. Não posso controlar o que os outros pensam de mim, mas posso controlar meu desenvolvimento e meu trabalho.

Em todas as fases da vida, uma criança demandada muita dedicação, qual delas você considera a mais desafiadora?
Acredito que cada fase tem seus desafios. Se olharmos a vida da mulher de forma abrangente, talvez a fase do recém-nascido demande mais atenção. Hoje, meus filhos estão em uma fase em que posso apreciá-los mais, vê-los se tornarem autônomos em casa. A chave é entender que, se não estivermos bem conosco mesmas, nada funciona. Isso foi um processo para mim, aprendendo a delegar e pedir ajuda.

E para as mulheres que deixaram tudo no Brasil para viver nos Estados Unidos, que criam filhos sem nenhuma ajuda, qual o conselho voce daria a elas?
Acredito na importância de encontrar pontos positivos em cada situação e usar as ferramentas disponíveis. Mesmo sem ajuda, seja nos EUA ou em qualquer lugar, é possível se desenvolver. A organização e a gestão do tempo são fundamentais. Vejo muitas mulheres se atrapalhando por não gerenciarem bem seu tempo, o que gera sentimentos de incapacidade. É preciso focar no trabalho inteligente, pedindo ajuda quando necessário e aproveitando as facilidades oferecidas, como eletrodomésticos que facilitam o dia a dia.

Você acredita que a autoestima da mulher diminui um pouco quando ela se torna mãe? E como você ajuda outras mulheres nesse processo de redescoberta?
Percebo que depois que nos tornamos mães, nossa identidade se perde um pouco. Primeiro, isso ocorre quando casamos, pois nossa identidade se “mistura” com a de nosso marido, e depois, quando os filhos chegam, é como se soltássemos as rédeas e a deixássemos ir embora. Saber quem realmente somos, o que queremos e onde estamos são perguntas básicas para avançarmos de nível.

Nessa questão de identidade, muitas vezes precisamos de alguém de fora para enxergar o que não estamos vendo. Lembro-me quando fui fazer os ensaios com a Nila Costa e, ao passar o briefing do ensaio, ela descrevia uma mulher forte, gigante, que eu não me reconhecia (porque havia perdido minha identidade). No entanto, à medida que as fotos foram rolando, era como se eu naturalmente agisse conforme minha identidade “original” – a Nila faz isso muito bem, vendo a essência da pessoa, e acho isso incrível. Fiquei ainda mais marcada quando vi as fotos; era como se eu tivesse me visto de volta.

Saber nossa verdadeira identidade nos traz forças para que possamos fazer o que precisa ser feito. Muitas mulheres me procuram se sentindo perdidas, sem saberem realmente quem são; e esse é meu trabalho, acender a lanterna e conduzi-las para que não só retomem sua identidade, mas também se estruturem para alcançar suas metas.

Isso tudo a incentivou a trabalhar com mentorias voltadas para mulheres que se encontram nesta fase, entre a maternidade e a carreira profissional?
Sim, exatamente. Minha mentoria visa ajudar mulheres que enfrentam esse desafio, priorizando-se em último lugar todos os dias. Percebi que esse problema não era só meu, mas de muitas mulheres. Busquei especialização e desenvolvi ferramentas e estratégias para lidar melhor comigo mesma, organizar meu tempo e ajudar outras mulheres nessa jornada. Para saber mais sobre a mentoria acesse @aline.zermiani

Por Patricia Bernardon

Foto: Nila Costa

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