O ator e apresentador Erik Marmo fala sobre o retorno às novelas
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Erik Marmo: “Planeta Brasil me aproxima dos brasileiros que vivem aqui”

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O ator Erik Marmo está de volta às novelas da Rede Globo. Ele ficou longe da teledramaturgia por cinco anos, depois que se mudou para Los Angeles, na Califórnia, e assumiu o posto como um dos apresentadores do programa “Planeta Brasil”, da Globo Internacional. Com o trabalho, Erik ficou ainda mais conhecido e próximo dos brasileiros que vivem nos Estados Unidos. Confira o bate-papo da Acontece Magazine com o ator, que conta sobre o retorno às novelas, em “Tempo de Amar”, sua experiência com o “Planeta Brasil” e a vida no exterior com a família.

Erik, após cinco anos afastado das novelas, você participou de “Tempo de Amar”. Como foi essa experiência?
Foi muito boa. Adorei poder reencontrar um monte de gente da equipe técnica e colegas com quem eu já tinha feito outros trabalhos na TV. Também tive a oportunidade de trabalhar com o Tony Ramos, com quem eu tinha feito “Mulheres Apaixonadas’, mas em núcleos diferentes e, por isso, não tive a chance de contracenar com ele. E ainda pude participar de um projeto do Jayme (Monjardim), com quem eu sempre quis trabalhar e não tinha tido a oportunidade ainda.

Como aconteceu esse convite para integrar o elenco de “Tempo de Amar”?
Sempre quis trabalhar com o Jayme Monjardim e ele me fez o convite. Eu também já tinha trabalhado com o Alcides Nogueira, na minissérie “Um Só Coração”, com um personagem que também se chamava Martim. E isso tudo aconteceu meses antes das gravações de “Tempo de Amar”, então foi bom pois deu tempo de organizar a minha agenda de trabalho com o “Planeta Brasil” e fazer dar certo.

Conte um pouco sobre o seu personagem Martim.
O Martim de “Tempo de Amar”, mesmo com pouco tempo na trama, teve uma virada interessante. No início, ele diz que vai fazer tudo o que é possível para recuperar a filha sequestrada. É o que ele fala para a sua esposa Josefina (Giselle Prates). Depois, ele começa a demonstrar insegurança, incerteza e preocupação, já que não está bem financeiramente. Acaba sucumbindo ao poder do José Augusto (Tony Ramos) e aceitando dinheiro para não ir aos tribunais e brigar pela guarda da filha. Ele aceita o dinheiro sem comentar nada com a mulher.

Como foi a rotina de gravações? Você ficou na ponte aérea Brasil-EUA?
Não fiquei nessa ponte aérea. Eu fui pro Rio e fiquei direto durante o período de gravações. Foram uns 25 dias no Brasil. Foi maravilhoso e, além da experiência de trabalho, também teve uma questão de timing, pois nessa mesma época estava acontecendo o Festival de Cinema do Rio, onde pude me reconectar com um monte de gente, conhecer outras pessoas e assistir aos filmes. No finalzinho do trabalho, a Larissa, minha esposa, me encontrou no Rio, e acompanhamos o casamento de uma amiga. Ainda paramos em São Paulo, onde acompanhamos o show do U2 e voltamos para Los Angeles. De volta à rotina nos EUA, eu já gravei matérias para o “Planeta Brasil” e até o fim do ano temos bastante trabalho pela frente.

Quando e por que você decidiu deixar o Brasil e viver em Los Angeles?
Essa pergunta não tem uma resposta única, pois foi uma série de fatores. Primeiro, a Larissa, minha esposa, trabalha como modelo, e desde os 18 anos morou em vários lugares. Eu também sempre tive vontade de morar fora, não tem muita explicação, mas sempre foi uma vontade minha. O meu pai trabalhou a vida toda em aviação e eu cresci viajando para o exterior, sendo a maioria dessas viagens para os EUA. Depois comecei a trabalhar como ator e entre uma novela e outra vinha passar umas temporadas aqui estudando, primeiro em Nova York e depois em Los Angeles. LA é a meca do cinema americano e concentra muitos dos melhores cursos de atuação. E ainda antes de ter filhos, começamos a visitar muito Los Angeles. A Larissa tem grandes amigas aqui e começamos a nos apaixonar cada vez mais pela cidade. Um tempo depois, em uma fase em que eu estava tentando não emendar um trabalho no outro no Brasil, estava com essa ideia de vir para cá. E assim a gente veio ver como seria. Pouco tempo depois, vimos que as crianças estavam se adaptando e comecei a trabalhar com uma agência para atores. Ao mesmo tempo veio a oportunidade de apresentar o “Planeta Brasil” e tudo foi se encaixando.

Qual foi o maior desafio que você encontrou ao chegar nos EUA?
Eu acho que foi não ter a família e os amigos do Brasil próximos da gente. Saber que eles não estão aqui do nosso lado é a maior dificuldade. De resto, o mundo já está tão globalizado que é tranquilo achar comida brasileira aqui, por exemplo. Também sinto falta da natureza, daquelas pancadas de chuva de verão que a gente tem no Brasil ou mesmo do barulho dos animais. Sempre que estou no Brasil vou para o sítio dos meus pais e fico só ouvindo o barulho de grilos, insetos, pássaros. É meio caótico, todos juntos e misturados, sabe? Eu curto muito.

Como aconteceu o convite para ser apresentador do “Planeta Brasil”?
Conheci a Natália Brusky, que apresentava o programa. Quando ela me contou que estava de saída, entraram em contato comigo. A partir de então, fiz uma matéria de teste e assim foi.

Qual foi a maior experiência que você viveu nesses anos de “Planeta Brasil”?
Eu acho que no geral o programa tem me proporcionado um certo conforto. Como eu comentei, sinto falta dos amigos e da família, mas o Planeta me aproxima dos brasileiros que vivem aqui. Me faz conhecer pessoas novas e muitas delas começaram a fazer parte da minha vida. São novas amizades que aconteceram através do programa. Além disso, também fizemos viagens muito legais, como Park City, Utah, por exemplo. Outra viagem legal foi para o Havaí, onde acompanhei a final do campeonato mundial de surfe. Peguei onda com o Guilherme Tamega, que eu já conhecia, mas nunca teria a chance de surfar com ele, não fosse o programa. E agora, nessa nova temporada, eu tive experiências novas. Fiz uma escalada, aprendi a shapear uma prancha e participei de uma aula de hipismo. Eu sou uma pessoa curiosa e gosto de aprender coisas novas, então é muito legal ter a possibilidade de conhecer pessoas e de ter outras experiências, através do meu trabalho no “Planeta Brasil”.

Como é o seu dia a dia em família? Que lugares gosta de frequentar quando não está trabalhando?
Na verdade, os meus filhos têm uma rotina bem ocupada. Além da escola, o Daniel faz aula de coral e o Nathan de xadrez. Fora isso, eles fazem futebol, jiu-jitsu e natação. Então, quase todos os dias tem atividades depois da escola, fora os playdates. Mas jogamos bola no parque e gostamos de passear e de viajar. Um dos meus lugares favoritos aqui, por exemplo, é o Sequoia National Park, que é incrível com aquelas árvores gigantes e milenares, além do ar puro da montanha.

Foto: Globo/João Miguel

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