Paulistana é destaque em espetáculo com “hair hanging”
Entrevistas

Danila Bim: “É um orgulho ser mais uma brasileira atuando no Cirque du Soleil”

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A artista paulistana Danila Bim enquadra-se muito bem naquela famosa frase “orgulho de ser brasileira”. Ela é uma das estrelas do novo espetáculo “Volta”, do renomado Cirque du Soleil, já tendo atuado em outras produções do circo e em diversas companhias circenses internacionais em mais de 30 países. Em “Volta”, Danila apresenta um dos números mais impressionantes e espetaculares do grupo, no qual faz acrobacias pendurada apenas pelo cabelo. A Acontece Magazine entrevistou, com exclusividade, a artista que está se apresentando na cidade-sede do Cirque du Soleil, em Toronto, no Canadá. Ela conta um pouco sobre a sua história e a expectativa da turnê em Miami, em janeiro de 2018. Confira. 

 

Danila, quando e como você iniciou sua carreira no circo?
Eu comecei como bailarina aos 13 anos de idade e aos 18 fui fazer aulas de circo para complementar minha carreira de bailarina. Me apaixonei e tive a oportunidade de trabalhar em espetáculos de companhias renomadas internacionalmente. Entre eles, “Quidam”, do Cirque du Soleil, onde atuei por quase sete anos, com o número aéreo “Lyra”. Depois fiz alguns projetos pessoais e estou há três meses apresentando o meu número aéreo de “hair hanging” no novo espetáculo “Volta”, também do Cirque du Soleil.

Como aconteceu o convite para trabalhar no Cirque de Soleil?
Não foi por acaso, eu já estava trabalhando com outras companhias de circo e mandei um vídeo no site oficial do Cirque du Soleil. Eles têm um site com um arquivo de dados enorme de muitos artistas e você pode fazer o upload do seu vídeo, da sua arte, e torcer para que eles te selecionem. Foi assim que aconteceu comigo, eles viram o meu número e me chamaram para fazer parte do show “Quidam”, em 2010. E agora estou com eles novamente, em “Volta”.

Onde você vive atualmente? Há quanto tempo você está trabalhando nesse novo espetáculo?
Vivo onde o circo está. Nós moramos em casas alugadas, hotéis, tenho uma casa em São Paulo, que é a minha base, mas realmente moro onde está o circo. Estamos há oito meses com esse novo show. Estamos nos apresentando em Toronto agora e vamos nos apresentar em Miami pela primeira vez em dezembro.

Conte-nos sobre a sua técnica de “hair hanging”.
O “hair hanging” ou força capilar (nome em português) é uma técnica muito antiga do circo tradicional. Era realizada por homens chineses há muito tempo, mas eu adaptei a técnica ao meu estilo próprio com dança e técnicas de giro e ficou muito legal, as pessoas adoram, estou muito feliz. Aprendi a técnica com uma amiga no Brasil. Não existe curso, nem escola, nada escrito sobre isso, é uma tradição que você só aprende com outra artista que faz o mesmo trabalho. E é um segredo, a gente não revela como faz a amarração no cabelo, mas de fato estou pendurada apenas pelo meu cabelo.

Uma pergunta curiosa. Dá dor de cabeça?
Não dá, as pessoas ficam preocupadas também com isso (risos), mas é uma técnica que não foca só no cabelo, foca no corpo todo, porque eu preciso fazer movimentos de contorção. Meu peso todo está pendurado pelo meu pescoço, então as partes do corpo em que mais sinto o peso durante a performance são o pescoço, as costas, as articulações, mais do que necessariamente o meu cabelo.

Hoje você é uma artista exclusiva do Cirque de Soleil?
Eu tenho um contrato com o Soleil até final de 2018, mas o ato é meu, eu criei e posso apresentar desde que eu não esteja sob contrato com eles, mas por enquanto estou apenas com o “Volta”.

Você trabalha com outros brasileiros? O que você acha de tantos artistas do Brasil trabalhando em uma companhia renomada como o Cirque du Soleil?
Aqui no “Volta” somos três brasileiros, eu, o Fred e o André. Muitas vezes não conhecemos todos, mas sabemos quem são e o que fazem no Cirque. E é um orgulho pra gente, principalmente porque viemos de um país que não dá muito incentivo à educação e à cultura. Para um artista brasileiro chegar a um nível internacional assim é uma comemoração de todos nós, porque passamos por mais dificuldades do que artistas de outras nacionalidades.

O que mais você sonha em conquistar na sua carreira?
O Cirque du Soleil já é uma conquista muito grande, mas gostaria de criar um show próprio, trabalhar com outros artistas e fazer uma coisa mais autoral, mas por enquanto o meu objetivo é continuar com o “Volta”, aproveitar muito das pessoas que trabalham comigo, conhecer as cidades em que estamos fazendo turnê e tudo mais que o circo pode me proporcionar.

Fale sobre a expectativa do show em Miami. Você já conhece a cidade?
Só fui a Miami uma vez a trabalho, mas adorei a cidade, conheci Downtown, adorei a energia, o clima, os bares, parece muito com o Brasil. Vamos ficar em Miami por dois meses com o “Volta” e espero aproveitar bem a cidade dessa vez e ver muitos brasileiros nos prestigiando lá.
Foto: Cortesia Cirque du Soleil

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