News

Criptomoeda auxília comunidade indígena

Sending
User Review
0 (0 votes)

Como muitos dos povos indígenas na antiguidade, os Suruí Paiter e os Cintas-Largas  viviam de forma simples nos últimos anos. A pesca, plantação, artesanato e agricultura eram a fonte da sobrevivência dessas comunidades, constituídas por cerca de 4 mil pessoas, de acordo com a Funai. Nos últimos meses, no entanto, essa existência está seriamente ameaçada: os povos lutam diariamente contra a fome, a covid-19, o garimpo ilegal, o agronegócio e o desmatamento que assombra a região em que vivem.

Laço de união entre os dois povos – que são, historicamente, rivais – Elias Oyxabaten Surui é uma voz da comunidade que idealizou um projeto: a criação de uma criptomoeda que viabilizasse, de forma emergencial e contínua, a arrecadação de recursos para a região. “É uma ideia minha de união. A intenção é trabalhar com os dois povos e mostrar serviço para auxiliar as duas comunidades na região”, afirma.

Os recursos gerados pelo ativo digital serão destinados a construir e manter projetos nas regiões onde vivem os indígenas, nos estados de Rondônia e Mato Grosso. A moeda OYX será lançada amanhã, dia 11 de novembro, no evento online Blockchain Connect 2020, às 18h (horário de Brasília). A ideia é garantir uma renda mínima, segurança alimentar e integração das aldeias criando um efeito de união entre elas, criando uma estrutura que possibilite o desenvolvimento de outros projetos na região.

“Fomos abandonados à própria sorte pelo Governo Federal durante a pandemia do coronavírus”, conta Elias, que trabalha no Distrito Sanitário da Saúde Indígena e ajuda jovens na região com o desenvolvimento de projetos. “Além dos ataques nas terras indígenas, o governo vem atacando os direitos dos povos indígenas. Queremos mudar essa história: tudo o que buscamos é um auxílio básico, que viabilize a retomada de trabalhos, artesanato e cuidados básicos de saúde”, afirma.

A expectativa é que, com o sucesso da iniciativa, seja possível investir em mais plataformas, que permitam a venda de artesanato e criação de trabalhos para a população das tribos. Todo o restante do dinheiro será para investir em mantimentos básicos e na estrutura da região.

“Na nossa aldeia, ninguém é assalariado”, conta Elias. “Todos têm condições precárias de vida. Pelo governo, a gente não tem direito a nada. Pelo contrário: limitam os nossos povos e a nossa produção. Durante a pandemia, sofremos muito”.

Há décadas, os cintas-largas pedem maior atenção ao povo na região. Por diversas ocasiões, o garimpo ilegal ao leste de Rondônia já provocou diversas mortes. Além disso, conta Elias, houve uma aceleração na quantidade de queimadas na região, piorando e muito a qualidade de vida dos povos. “Queremos tentar dar autonomia aos indígenas para usufruir de todos os recursos naturais em suas terras”, conta.

Advertisement

Agenda de Eventos Acontece

Taxa de câmbio

Taxas de câmbio USD: qua, 24 abr.

Advertisement

Advertisement

Categorias

plugins premium WordPress

You cannot copy content of this page