Chacrinha (Stepan Nercessian)
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Chacrinha, o Eterno Guerreiro celebra o centenário de Abelardo Barbosa

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Especial mistura elementos do passado e da atualidade para homenagear um dos grandes comunicadores do país

 Ó Terezinha, Ó, Terezinha. Está de volta o ‘Cassino do Chacrinha’ em uma viagem ao universo do Velho Guerreiro que promete emocionar o público e celebrar o centenário de um dos maiores comunicadores do Brasil. Com direito a buzina, abacaxi, jurados e grandes atrações musicais, o especial ‘Chacrinha, O Eterno Guerreiro’, uma parceria entre a Globo e o VIVA, reverencia Abelardo Barbosa, que continua com tudo e não está prosa. Misturando elementos antigos com a tecnologia atual, o especial faz alusão ao programa de auditório que marcou gerações e ainda hoje é referência na memória afetiva de milhares de brasileiros. Liderado pelo ator Stepan Nercessian na pele de Chacrinha, o programa ganhou uma roupagem contemporânea e foi gravado nos Estúdios Globo, em maio deste ano. 

Com direção artística de Rafael Dragaud e direção-geral de Daniela Gleiser, o especial celebra a atmosfera do inesquecível ‘Cassino do Chacrinha’, que foi ao ar na Globo entre os anos de 1982 e 1988. “É um Chacrinha de todos os tempos, que atravessa gerações e resgata a memória afetiva do público”, define Rafael Dragaud. “A ideia foi fazer uma reverência ao artista, com um cenário inspirado no programa da década de 80, mas modernizado. Temos convidados que fizeram a história do programa, mas também grandes nomes da música atual, que certamente passariam pela atração se fosse exibida hoje”, explica Daniela Gleiser.

Buzinaço do Chacrinha e o troféu abacaxi

As atrações musicais escolhidas para o especial transitam por diferentes décadas. Em um clima de encontro de gerações, ícones como Sidney Magal, Fábio Júnior, Ney Matogrosso, Banda Blitz, Luan Santana, Alcione, Ivete Sangalo, Anitta, Marília Mendonça, Luiz Caldas, e o rei, Roberto Carlos, se apresentam no programa. Os que puderam desfrutar da companhia do Velho Guerreiro aproveitam ainda o momento para contar histórias e curiosidades do passado.

O corpo de jurados, uma das marcas do ‘Cassino do Chacrinha’, é composto por alguns dos principais comunicadores da atualidade. Entre eles, Luciano Huck, Angélica, Tiago Leifert, Ana Maria Braga, André Marques, Gloria Maria, Fernanda Lima e Regina Casé.  Na homenagem não poderiam ficar de fora, ainda, as brincadeiras com o grupo e alguns quadros marcantes, como o cantor mascarado, interpretado por Luan Santana, e a entrevista com o artista, realizada com Anitta. Durante a apresentação, berinjelas, jacas, mandiocas, bacalhaus e até camisinhas são distribuídos ao público, sempre no estilo bem humorado, irreverente e tropicalista, características marcantes do apresentador.

E, para tornar o momento ainda mais emblemático, um concurso de imitadores de Chacrinha diverte a plateia com nomes consagrados do humor nacional. Concorrem ao título de “Melhor Chacrinha de todos os tempos” os humoristas Marcelo Adnet, Tom Cavalcante, Welder Rodrigues, Otaviano Costa e Marcius Melhem. No palco, cada um faz seu improviso para ser avaliado pelos jurados. Otaviano Costa é o Chacrinha marinheiro; Welder Rodrigues, a noiva; Tom Cavalcante é a versão Rapunzel transformada em abacaxi; e Adnet encarna o “Chacrinha Napoleão”. As fantasias são inspiradas nos diversos figurinos que Chacrinha usou ao longo de seus programas.  

 

Cenário modernizado, sem perder as referências do passado

Em um palco moderno e tecnológico, sem perder as referências do passado, as chacretes, os jurados e a tradicional plateia com suas caravanas ajudam a contar essa história e a resgatar o ambiente do programa de auditório. Mario Monteiro, que completa 50 anos como cenógrafo da Globo neste ano, foi o nome escolhido para atualizar a atração. “O cenário, embora seja datado de 1982, foi atualizado como se fosse um Chacrinha atual. Para isso, acrescentamos efeitos especiais de luz e projeções em LEDs mantendo, porém, a essência do programa”, destaca ele, emocionado por reproduzir o cenário de 1982, de autoria de seu irmão, já falecido.

Os tubos de metal foram mantidos, e sete telões de LED, com 200 metros quadrados de painéis, foram instalados para alternar diversas imagens e videografismos, que, junto aos canhões de luz, ajudam a modernizar o ambiente, criando um clima de show, onde o público também tem papel importante. Formada por 400 pessoas, a plateia é composta, em sua grande maioria, por caravanas e fã-clubes, assim como acontecia no ‘Cassino’.

 

Cartola, casaca e gravata

Assim como no teatro, em que interpretou ‘Chacrinha, o musical’, Stepan Nercessian incorporou o personagem, levando para o especial os trejeitos, brincadeiras e toda a desenvoltura do artista. A famosa buzina integrou o figurino, assim como a casaca vermelha, a gravata borboleta verde bordada em paetê, a cartola, o colete e o mocassim dourado. “É sempre um momento mágico. Vestir-me de Chacrinha é como se fosse partir para uma viagem de sonhos e aventuras”, revela Stepan.

O figurino foi criado por Claudia Kopke, que também participou do musical no teatro e reproduziu um dos mais marcantes trajes do Chacrinha. “Fiz muita pesquisa, olhando arquivos, acervos, lendo muito. Mas o apresentador era muito mais do que um fraque e paetê”, ressalta. Não à toa, os humoristas que participam do Show de Calouros se vestem com fantasias baseadas nos muitos personagens que Chacrinha usava, como a noiva, o palhaço e o Napoleão, entre outros. “Ele não usava sempre a mesma roupa. Por isso, o figurino escolhido para os calouros é diversificado”, revela Claudia.

Personagens imprescindíveis, as 15 chacretes levam para o palco a essência das antigas musas, mas com coreografias contemporâneas, assinadas por Junior Scapin. Para o figurino das dançarinas, foram confeccionados maiôs dourados com detalhes em preto, todos em paetê, além de botas acima do joelho.

Já para as roupas dos jurados, a referência é o traje de gala com muito brilho, mas sem perder a originalidade. Os homens vestem smoking preto ou prata repleto de paetês, gola em cristais e estrelas bordadas. Nos trajes das mulheres, destacam-se os arranjos de cabeça elaborados de acordo com cada figurino. 

Roda, roda, roda e avisa…. 1 minuto para o comercial

 

Ao final de cada bloco de ‘Chacrinha, o Eterno Guerreiro’ grandes nomes da programação da Globo, como Faustão, Serginho Groisman e Pedro Bial, também prestam sua homenagem com depoimentos e histórias do passado que fazem parte da trajetória de Abelardo Barbosa e fizeram do comunicador uma referência da televisão brasileira. Faustão ressalta a vitalidade de Chacrinha e relembra a época em que o Velho Guerreiro ia ao seu programa de rádio. Pedro Bial exalta a verdade nas palavras de Chacrinha e Serginho Groisman revela que se inspirou no apresentador e se orgulha de ter tido a oportunidade de cobrir os bastidores do programa dele.

Chacrinha pelos jurados

 “Ele era muito autêntico. Transmitia verdades por bordões. Sempre sonhei em ter a facilidade que ele tinha em falar com as pessoas.”

Ana Maria Braga

 “Ele humanizava tudo. Sempre fui fã. Ele era um bonachão, um grande condutor. Para ele, todo mundo era igual, divertia a todos. Se eu pudesse fazer um pedido, queria ter apenas 10% da tranquilidade e o jeito que ele tinha de conduzir a plateia. ”

André Marques

 “Eu comecei a minha vida profissional no Chacrinha, aos quatro anos de idade, quando participei pela primeira vez de um concurso infantil. E tudo começou lá. Já como apresentadora, o que eu mais queria era ir ao programa dele e agradecer por tudo, mas eu não pude, pois ele faleceu. Estar no especial é como se eu pudesse realizar esse sonho, de ir lá e cantar pra ele”. 

Angélica

 “Tanto o ‘Amor & Sexo’ quanto todos os programas que se propõem a ter bancadas e um auditório têm o Chacrinha como grande referência. Pelo menos pra mim, desde sempre, foi assim. Foi um comunicador que falava com todas as idades. A forma como acontecia o programa dele, onde tudo parecia uma bagunça, era muito legal.”

Fernanda Lima

“Chacrinha é vida, rebeldia, liberdade, alegria e anarquia. Eu tenho um lado Chacrinha de ser dentro do jornalismo. Chacrinha é eterno. Ele sempre será o Velho Guerreiro. ”

Glória Maria

 “Acho que foi o primeiro programa com que eu me relacionei de verdade. Lembro de assistir todos os sábados na casa da minha avó. E, por uma coincidência do destino, anos depois, eu passei a ocupar o mesmo horário do ‘Cassino do Chacrinha’, com um programa aos sábados, na Globo. O que eu mais admirava nele era o jeito leve com que ele tratava tanto o público ou a maior celebridade do Brasil”.

Luciano Huck

“Chacrinha quebrou todas as regras. O auditório dele era o mais quente. Era como se as pessoas fossem a uma festa, e, de casa, você conseguia se sentir ali, presente. Era um programa pra ‘geral’, muito popular e feito para o povão. Eu fui a vários. Era o programa que eu mais gostava. Tudo o que eu fizer, com certeza terá um pouco de Chacrinha.”

Regina Casé

“Eu sou uma criança dos anos 80, e a minha mãe era louca pelo programa do Chacrinha. Ela me botava pra assistir desde muito pequeno. O que me marcou foi o caos, o programa nascia do caos, nascia da espontaneidade, e a espontaneidade é algo de que eu gosto muito!”

Tiago Leifert

 

Entrevista com o diretor artístico Rafael Dragaud

Como foi dirigir ‘Chacrinha, o Eterno Guerreiro?

Sou da geração que foi impactada pelo Chacrinha. Assistia e ficava impressionado com o programa nos anos 1980. Era uma forma de fazer televisão muito livre, tropicalista. Este foi um desafio pessoal e profissional, porque tinha que fazer jus à minha memória afetiva. Não queríamos estar ligados apenas ao passado. É um Chacrinha de todos os tempos, eterno, que aponta para o futuro. A impressão que a gente tem no final é de que o Chacrinha poderia estar no ar hoje, modernizado. Essa é a ideia. Tivemos grandes artistas que já haviam estado nesse palco, assim como atrações que sempre sonharam em estar lá.

Como foi a escolha do nome e dos jurados?

Escolhemos “Chacrinha, o Eterno Guerreiro” para falar justamente do legado deixado pelo Velho Guerreiro. É importante ressaltar que temos grandes apresentadores como jurados e que são sucessores dessa energia comunicadora do Chacrinha.

Como adaptar um especial de época para a nova linguagem da televisão?

É preciso dar importância à narrativa visual. Fazer um programa que remete ao cenário original é importante, mas, ao mesmo tempo, não podemos abrir mão da iluminação e dos recursos técnicos que encantam o olhar em 2017. O público de hoje está acostumado a espetáculos muito impactantes. Tentamos encontrar um equilíbrio entre as duas estéticas.  Além disso, o próprio apresentador brinca com essa temporalidade nas falas.

 Como foi a escolha das atrações? Por que essa mistura de gerações?

A escolha das atrações foi o maior barato. Fizemos uma pesquisa sobre os momentos mais importantes que ficaram na lembrança do público. Desse levantamento, veio Fábio Júnior, Roberto Carlos, o cantor mascarado, Alcione, o rock dos anos 80, a blitz, o Luiz Caldas… O axé, por exemplo, tem sua história profundamente impactada pela adesão do Chacrinha. Ao mesmo tempo, existe um outro lado: e se o Chacrinha estivesse vivo e estivesse no ar, quem não poderia faltar? Não poderiam ficar de fora Anitta, Luan Santana, Marília Mendonça. A ideia foi misturar cartas do passado com cartas do presente em um Chacrinha de todos os tempos.

 Qual foi o maior desafio desta produção?

Reunir em um só dia e lugar grandes artistas e apresentadores requer gerenciamento e muita sensibilidade por parte da equipe de produção. Sem falar que procuramos fazer um programa à altura da memória que o público tem do Chacrinha, com toda a liberdade, irreverência e completamente dedicado à alegria do povo.

 

Entrevista com a diretora-geral Daniela Gleiser

 Como foi construir essa grande homenagem ao Chacrinha?

O Chacrinha faria cem anos no mês de setembro. Então, surgiu a ideia de homenageá-lo, mas sem reproduzir a época. Uma reverência ao artista, com um cenário inspirado no ‘Cassino’ da década de 80, no entanto, modernizado. Isso se refletiu nas atrações musicais. Tem os que foram revelados naquele tempo, mas também um Luan Santana que poderia ter sido revelado nesse palco, caso ainda estivesse no ar. Aconteceu a mesma coisa com os jurados. Trouxemos os apresentadores que de alguma maneira se inspiraram no Velho Guerreiro e beberam dessa fonte. E não podemos esquecer do Stepan Nercessian que encarnou perfeitamente o personagem no teatro. Não tivemos dúvidas de que ele seria o Velho Guerreiro.

O que foi mais importante ser representado neste especial, dentro do universo popular do Chacrinha?

Sem dúvida, o mais importante foi a atmosfera do artista. Sua alegria, leveza, a bagunça. A ideia foi trazer esse clima de volta.

Quais elementos estéticos não poderiam ficar de fora nesta homenagem?

O figurino. O Chacrinha animava com seu jeito irreverente e autêntico. Ele era a alma da atração. Impossível não olhar a cartola, a buzina e não identificar o programa. As chacretes também ajudam a compor esses elementos. Tivemos 15 bailarinas que foram selecionadas para dar vida a essas personagens que marcaram época.

 

Por que unir várias gerações nesta homenagem?

Quando surgiu a ideia da homenagem, pensamos em conjugar o atual com o passado. Queríamos que quem tivesse assistido à atração no passado pudesse relembrar e quem não viveu aquele tempo pudesse entender o que foi.

 

Qual foi o maior desafio desta produção?

O maior desafio foi tentar trazer a alegria do Velho Guerreiro para o presente sem que ele estivesse aqui. Mostrar no palco que seu espírito ainda vive. Mostrar o quanto o Chacrinha foi divertido, irreverente.

O que foi para você estar à frente deste projeto?

Foi uma honra participar e recriar um dos programas mais marcantes da televisão brasileira. Espero que tenhamos conseguido trazer para nosso palco o espírito do Chacrinha. Foi um desafio. Mas unimos várias gerações no mesmo palco: muitos profissionais que conheceram o Chacrinha e muitos admiradores.

 

Entrevista com o ator Stepan Nercessian

 O que é interpretar o Chacrinha para você?

É ser livre, corajoso, afetuoso. Brasileiro, acima de tudo, e popular. O Chacrinha é único. Inimitável. Eu teria muita honra de viver como o artista Chacrinha. Quem me dera ter o poder de comunicação dele e, principalmente, a disposição para o trabalho que ele tinha. 

 Conta-se que Fernanda Montenegro sugeriu você para o papel do musical. Como foi ter sido escolhido para este papel?

São coisas do destino. Jamais me passou pela cabeça viver tão fantástico personagem. Não me achava parecido, nada. Foi alegria e susto o que o convite do Andrucha Waddington (diretor do musical) me causou. Quando ele me disse que a indicação era da Fernanda Montenegro, pensei: a Fernanda tem razões que a própria razão desconhece. E topei. 

 Depois de viver o apresentador no teatro, como foi interpretá-lo na TV?

Quando pensei que tudo estava tranquilo, apareceu esse incrível especial em homenagem aos 100 anos do Chacrinha. O desafio foi maior ainda: revivê-lo onde ele sempre viveu: na TV. O roteiro e a ideia são excelentes e a equipe, muito animada. Todos que fazem o programa são fãs dele e isso importa muito. 

Para você, como o Chacrinha contribuiu para a televisão?

O Chacrinha acelerou a TV no Brasil. Ele quebrou regras, abrasileirou essa máquina. Um eterno campeão de audiência. Corajoso demais. Ele foi o artista que mais se entregou, até hoje, ao público. É muita felicidade poder ajudar o brasileiro a matar a saudade de alguém tão importante. 

O especial ‘Chacrinha, O Eterno Guerreiro’ vai ao ar no canal internacional da Globo no dia 6 de setembro, nas Américas, e 13 de setembro, no Japão, Austrália, Europa e África. 

Crédito: Globo/Pedro Curi

Chacrinha (Stepan Nercessian) e Ney Matogrosso

Roberto Carlos e Regina Casé

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