Entrevistas

“Eles participam de uma maneira mais divertida das minhas conquistas”

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A designer e consultora de moda paranaense Alessandra Gold é mãe de Kevin, de 17 anos, e de Angelina, de 11. A experiência da maternidade chegou aos 28 anos. “Não foi uma escolha, um planejamento… Meus filhos aconteceram [risos] e como minha mãe sempre disse: ‘filho acontece e a gente administra!’”, contou Alessandra. Para a designer, o maior desafio da maternidade é se desligar do canal “ser mãe” e acionar o “100% empresária”, além de, principalmente, entender que focalizar na profissão não quer dizer negligenciar os filhos, a casa e o marido. “Na minha profissão de diretora de criação/marketing e sócia de uma empresa internacional como a Kruzin Footwear, as viagens são longas (geralmente para Ásia) e o fuso horário nem sempre a favor (12 horas de diferença). Tive de entender que não estar presente em todas as atividades, festas de aniversário e eventos na escola não quer dizer ser ausente. O importante é saber compensar essas ausências com compreensão, conversas, amor e carinho”, afirmou Alessandra. A empresária conta que consegue administrar a casa como uma empresa. “O sucesso do lar, os filhos, o marido e as responsabilidades pessoais bem administradas eliminam a possibilidade de interferências no dia a dia do trabalho a não ser que haja uma emergência. Empregar pessoas de confiança e com capacidade em casa, para criar uma rotina sólida e de confiança”. Como muitas mães imigrantes, com a família longe, o cuidado dos avós é mais um desafio, mas a empresária tira de letra. “Meus filhos têm os avós paternos mais próximos, pois eles são americanos. Mas a estrutura é diferente, os avós americanos veem as crianças nas férias, em datas especiais ou alguma emergência. Sempre fui muito independente em relação aos meus filhos e à minha casa. Toda a minha família está no Brasil, então infelizmente nunca tive essa oportunidade de tê-los por perto, o que é também um dos grandes sacrifícios de se morar no exterior”, afirmou. Alessandra viaja muito por conta dos negócios e evita levar os filhos, mas faz questão de que eles participem de seus eventos e admirem o seu trabalho. “Eles participam de uma maneira mais divertida das minhas conquistas. Vão aos meus fashion shows, festas, premiações, adoram usar os tênis e até desenham comigo”, disse. O monotrilho que aparece na sola dos tênis Kruzin, conta a empresária, foi um mascote que um de seus filhos, Kevin, desenhou quando tinha 9 anos de idade, “sentadinho na minha mesa de criação em casa”.

Alessandra, é difícil a decisão de ter filhos, no auge da profissão? O que te fez escolher ser mãe?
Não foi uma escolha, um planejamento, meus filhos aconteceram … e como minha mãe sempre disse: “Filho acontece e a gente administra!”

Quais os maiores desafios de ser mãe e empresária ao mesmo tempo?
Sair do canal “ser mãe” e entrar 100% no canal “empresária”. Entender que focalizar na profissão não quer dizer negligenciar os filhos, a casa, o marido. Na minha profissão de Diretora de Criação/Marketing e Sócia de uma empresa internacional como a KRUZIN Footwear, as viagens são longas (geralmente para Asia) e o fuso horário nem sempre a favor (12 horas de diferença). Entender que não estar presente em todas as atividades , festas de aniversário, eventos na escola, não quer dizer ser ausente. Saber então compensar essas ausências com compreensão, conversas, amor e carinho.

Como você lida com os compromissos profissionais, com a responsabilidade da maternidade?
Delegar, e administrar a casa como uma empresa. O sucesso do lar, os filhos, o marido, as responsabilidade pessoais bem administradas eliminam a possibilidade de interferências no dia a dia do trabalho a não ser que seja uma emergência. Empregar pessoas de confiança e com capacidade em casa para criar uma rotina sólida e de confiança. Lembro que no começo da minha carreira por causa da diferença de idade dos meus filhos e o meu marido também ter uma rotina de trabalho muito exigente, eu chegava a gastar todo o meu salário com duas babás (turnos) e uma cozinheira brasileira. E sempre tive muita sorte de ter encontrado pessoas maravilhosas que me ajudaram muito nesse processo tao difícil de criação e educação. Sem essas pessoas eu não poderia ter construído metade do que ja construí hoje.

Além de empresária, a mãe brasileira que vive nos Estados Unidos, muitas vezes não tem a ajuda da família por perto Essa realidade atrapalha na sua profissão?
Meus filhos aqui nos Estados Unidos tem os avós por parte do meu marido, pois eles são americanos. Mas a estrutura da família americana é diferente, os avós americanos veem as crianças nas férias, durante viagens para comemorar datas especiais ou alguma emergência. Nunca dependi da minha família americana no dia a dia, sempre fui muito independente em relação aos meus filhos e a minha casa. Toda a minha família está no Brasil, então infelizmente nunca tive essa oportunidade de tê-los por perto, o qual é também um dos grandes sacrifícios de morar no exterior.

Você gosta que os seus filhos participem da sua vida profissional, quando isso é possível?
Meus filhos nunca viajam comigo quando estou em viagem de negócios. Nessa hora, sou 100% empresária, não dá para dividir. Eles participam de uma maneira mais divertida das minhas conquistas, vão aos meus Fashion Shows, festas, premiações. Quando filmo na na loja, adoram usar os tênis e até desenham comigo. O monotrilho que aparece na sola dos tênis KRUZIN foi um mascote que o meu filho Kevin desenhou quando tinha 9 anos de idade, sentadinho na minha mesa de criação em casa. Quem sabe mais tarde, em uma idade adequada e se eles decidirem seguir os meus passos nos negócios.

Quando não está trabalhando, que lugares em Miami, você gosta de ir com o seu filho?
Comer e cinema! Qualquer lugar bacana para comer, nós adoramos explorar culinária e assistir filmes juntos!

Para você, qual é o maior aprendizado da maternidade?
O Amor incondicional.

Se o seu filho quiser seguir a mesma carreira que você escolheu, que conselhos você vai dar para ele?
O importante é se realizar com o que faz, e entender os sacrifícios de cada profissão. Meu filho Kevin já está de alguma forma seguindo meus passos, pois foi aceito na faculdade New World School of Arts, no programa de Visual Arts em Miami, onde somente 35 alunos são aceitos por ano. Trabalhamos muito juntos nesse portfolio, noites sem dormir, cancelei muitas reuniões para acompanhá-lo em todas as entrevistas na escola, enfim, pude observar uma dedicação e talento que me deram muito orgulho. Minha filha ainda tem 11 anos, então não sabe ainda o que quer, mas também adora desenhar.

Fotos: Antonio Martins

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