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( votes)Já há algum tempo as lojas dos shoppings aguardam o desemprego diminuir, achando que seria só uma questão de tempo para os consumidores voltarem às compras.
Pois bem, estamos quase com emprego pleno e os relatórios anuais de varejistas como Gap, Macy’s, Kohl, Lord & Taylor, Nordstrom e outras, são surpreendentemente desanimadores. Os clientes simplesmente não estão indo às lojas.
O diretor financeiro da Kohl, Wes McDonald, acha que o problema está no macro. “Parece haver alguma mudança no comportamento do consumidor”, disse ele. Não concordo. Esse consumidor “old school” é que está em extinção. Hoje a base de vendas está no “baby boomer” e nos millennials. A indústria da moda fala em “overstored”, isto é, há lojas demais. Na verdade, elas têm que ir se ajustando à realidade do comércio on-line.
Analistas da empresa financeira Cowen & Co preveem que a Amazon está a caminho de ultrapassar a Macy’s como o maior varejista de vestuário em 2017. Imaginava-se que as vendas online não seriam adequadas para itens que dependem de tamanho, cor e estilo, coisas que as pessoas têm de sentir e experimentar.
A situação deve piorar. A Nordstrom faz uma projeção negativa para este ano. A Macy’s está apostando em entregas no mesmo dia e lança um tipo de filiação como o Prime, da Amazon. A gigante Gap vai fechar 75 de suas lojas Old Navy e Banana Republic. Os varejistas dos shoppings querem tornar suas redes em centros de atendimento para pedidos online. Os americanos continuam comprando. Só que outras coisas e de outro jeito. É só.
*Por Lineu Vitale
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