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Piloto brasileiro comanda hidroavião em passeio para Bahamas

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O gaúcho Pedro Santos nasceu em Porto Alegre (RS), mas durante a infância morou em diversas cidades do Brasil. Até que, em 2014, a família veio para os EUA, onde fixou residência na cidade de Wellington (FL). Assim que chegou à Flórida, ele decidiu estudar para se tornar piloto de avião e, três anos depois, já ostentava sua carteira de piloto comercial. Apesar do incentivo do avô e do pai, Ricardo Santos, que também é piloto, a paixão pela aviação só aconteceu durante seu primeiro voo com um instrutor, quando viu o quão extraordinário era comandar os controles de um avião e pilotar sua própria liberdade. Hoje, Pedro é piloto de hidroavião, ao lado do pai, na empresa Tropic Ocean Airways, com sede em Fort Lauderdale. Conheça mais dessa história e descubra o prazer do voo em um hidroavião, pilotado por brasileiros, o que torna essa aventura muito especial.

Pedro, em que área da aviação você se especializou e como ingressou na atividade de hidroavião?
Eu fiz todo o meu treinamento aqui nos EUA. Comecei fazendo faculdade de Ciências Aeronáuticas e o curso de piloto ao mesmo tempo. Porém, o dinheiro começou a ficar curto e decidi sair da faculdade e focar no treinamento de voo. Demorou dois anos para eu conseguir todas as carteiras de que precisava. Logo que consegui minha carteira comercial, a empresa em que meu pai trabalha me convidou para atuar com eles como copiloto e, para isso, precisei fazer o curso de hidroavião (seaplanes, em inglês).

Como ingressar nessa profissão? Quais os passos necessários para se tornar um piloto de seaplanes?
É muito fácil. Existem algumas escolas de voo aqui na Flórida. Eu fui para a Jack Brown’s Seaplane Base, que na minha opinião é a melhor. O curso é rápido e só dura dois dias. O primeiro dia foi de treinamento e fizemos um voo de manhã e outro à tarde. No segundo dia fiz outro voo de manhã, com o instrutor, e à tarde fiz o voo de teste, com o examinador. De todas as minhas carteiras, essa foi certamente a mais legal e divertida de tirar.

Voar de seaplane é seguro?
Acho que os aviões anfíbios são muito seguros pelo simples fato de que, se acontecer alguma emergência, os pilotos têm mais opções de onde pousar o avião. Enquanto os aviões terrestres só podem botar o avião em uma pista. As pessoas que acessam o meu Instagram normalmente acham que o meu trabalho é fácil, porque vou para esse lugares lindos e às vezes dá tempo de pular na água. Mas muito pelo contrário, eu trabalho bastante!

Qual a rotina de um piloto de seaplanes?
Acho que a rotina é a mesma de qualquer piloto, o que muda é quando a gente pousa na água e o nosso avião vira um barco. Na verdade, essa é uma das partes favoritas do meu trabalho, eu preciso sair do avião e ficar em cima do flutuador para poder amarrar o avião na doca. Isso se chama float surfing. Às vezes, vem uma onda e acabo com o pé molhado pro resto do dia, mas faz parte do trabalho!

Quais os desafios que você enfrentou para conquistar o famoso “Dream Job”?
Creio que para a maioria dos pilotos a parte financeira é o maior desafio. O curso de piloto não é barato, precisamos alugar o avião, pagar o instrutor, ground school, livros, voos de teste etc. A lista não tem fim e o preço é sempre alto. A minha sorte é que o meu pai pôde me ajudar bastante, não somente com dinheiro, mas conseguindo várias oportunidades de caronas em voos para eu conseguir as horas necessárias.

Poderia explicar resumidamente esse voo da Tropic Ocean Airways, em termos de tempo de duração, roteiro, segurança etc.?
A Tropic Ocean Airways trabalha com voos regulares para alguns destinos em Bahamas e voos charter para outros lugares. O nosso destino mais famoso é Bimini, a ilha mais próxima dos EUA. Se você compra um assento em um dos nossos aviões, você precisa chegar ao aeroporto apenas 25 minutos antes do seu voo. Os nossos representantes vão lhe ajudar com o check-in e você não precisa passar por raio X, nem pela Polícia Federal. Cinco minutos antes do voo os pilotos vão se apresentar e levar você para um dos nossos Cessna Caravan EX novos. Depois de acomodar o passageiro, o copiloto fecha as portas, dá informação rápida de segurança e em poucos minutos o avião já está na pista pronto pra decolar. Logo após a decolagem, já estamos em cima do oceano Atlântico em direção a Bimini e, a partir daí, a mágica se inicia! A água começa a ficar cada vez mais azul com tons que eu nunca acreditei que fossem possíveis. O voo dura apenas 30 minutos e nossa altitude de cruzeiro é de 1,500 pés. Faltando 10 minutos avisamos aos passageiros que a ilha está logo à frente e vamos começar a descida. Antes do pouso, sempre sobrevoamos a ilha e eu te garanto que, se você olhar pra fora, conseguirá achar de tubarões a arraias. Muitas vezes as pessoas têm medo de pousar na água, mas na minha experiência os pousos na água são os melhores. Depois de amarrar o avião na doca, levamos os passageiros para a alfândega e imigração de Bahamas e depois de um “Bem-vindo a Bahamas”, a van do hotel estará esperando para te levar para o resort com o qual temos parceria. É uma experiência única!

Como é pra você trabalhar com seu pai e o que você mais admira nele?
Eu gosto muito de trabalhar com meu pai! Ele é um dos comandantes da companhia e aprendo muito quando faço voo com ele. Apesar de ele ser um dos melhores pilotos que eu conheço, o que mais admiro é o seu profissionalismo. Ele sempre faz o melhor e está disposto a ajudar e a dar uma experiência única e personalizada para cada passageiro.

Serviços: Para mais informações, visite flytropic.com. Serviços: Para mais informações, visite flytropic.com.  +1 800 767-0897

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