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Olímpiadas de Los Angeles deve empregar muitos imigrantes

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Começa a contagem regressiva pelos jogos de 2028. Daqui quatro anos, a cidade de Los Angeles, capital da California (EUA), receberá o maior evento esportivo do mundo. Com isso, inicia-se a agitação para a organização da demanda de serviços de hospitalidade, turismo e serviços. Em Paris, por exemplo, 16 mil vagas de trabalho foram abertas e 45 mil voluntários inscritos. Em Los Angeles, já há alguns empregos disponíveis para quem quiser se candidatar, com remunerações que variam de US$ 150.000 (R$ 825 mil) a US$ 170.000 (R$ 936 mil), segundo o The Independent.

A pergunta é: de onde virão esses trabalhadores, agora que os EUA enfrentam um grande déficit de mão de obra em várias áreas?

“A solução pode estar na contratação temporária de imigrantes, que já tem ocorrido de forma substancial desde o histórico ‘apagão de mão-de-obra’ que o país sofre como um dos resultados da pandemia de Covid-19”, explica Liz Dell’Ome, advogada brasileira fundadora da Dell’Ome Law Firm, escritório com sede em Nova York, especializado em imigração de brasileiros para os EUA.

O Comitê Olímpico Internacional está procurando preencher cargos gerenciais e de direção antes dos próximos jogos, incluindo Diretor de Segurança Física, Gerente de Marketing e Serviços de Hospitalidade e Gerente Sênior de Autorização e Programação, entre outros.

Os cargos de diretor estão entre os mais bem pagos, com salários que variam de US$ 150.000 a US$ 170.000. Atualmente, há 11 vagas de emprego no site das LA28. A notícia é positiva para quem quer acompanhar as Olimpiadas de 2028 mais de perto. “Embora ainda os Estados Unidos não tenham noticiado qualquer programa de imigração para esse fim, em específico, reconhece-se que há um déficit importante de profissionais aptos a atuarem em grandes eventos”, afirma Liz.

Não se pode descartar também as possibilidades imigratórias já existentes, neste caso os programas específicos de visto, que permitem que os empregadores dos EUA levem cidadãos brasileiros para preencher empregos temporários, e programas como o Trainee Hospitality, destinado para profissionais e estudantes das áreas de Gastronomia, Hotelaria, Turismo e Eventos.

Veja outras oportunidades:

Pilotos de avião

Os Estados Unidos precisarão de cerca de 145 mil novos pilotos ao longo da próxima década. O dado é do Escritório de Estatísticas do Trabalho americano – Bureau of Labor Statistics (BLS), que identificou também que no início da pandemia provocada pela Covid-19 muitos desses profissionais se aposentaram antecipadamente. A aposentadoria é, inclusive, um dos principais fatores para a previsão da próxima década – só na American Airlines, maior cia aérea americana, 5 mil deles se aposentarão nos próximos 5 anos. Brasileiros interessados têm nesta possibilidade uma excelente oportunidade para se mudar para o país por meio dos vistos EB-2 NIW.

Tecnologia da Informação

Não se faz um grande evento sem uma grande equipe de tecnologia nos bastidores. O problema é que nunca houve uma escassez tão grande de profissionais de TI nos EUA como atualmente. Um profissional com bacharelado e pelo menos cinco anos de experiência em sua área, e tendo mestrado, são considerados profissionais acima da média, logo, elegíveis a um Green Card. A média salarial é de US$ 70 mil no ano, podendo chegar a US$ 120 mil.

Engenheiros

Nos últimos dois anos, a Dell’Ome Law Firm registrou um aumento de 400% na procura por assessoria jurídica para engenheiros. Nos EUA, a alta demanda por contratação desses profissionais está em todas as áreas: civil, florestal, mecânica, elétrica, biomédica, mecatrônica, computação, produção, ambiental e sanitária. O processo também é feito com o visto EB-2 NIW.

Déficit X Demanda

Além das três áreas mencionadas acima, as carreiras na enfermagem, odontologia, fisioterapia, farmácia e nutrição também estão em déficit sendo algumas delas essenciais para um país que receberá inúmeras delegações e milhares de turistas em 2028.

“No caso de quem busca Green Card baseado em emprego, o visto EB, o solicitante precisa comprovar que contribuiu de forma significativa para sua área de atuação no Brasil e ter formação para além da graduação – pós-graduação, MBA, cursos complementares, mestrado e doutorado ajudam no processo”, complementa Liz Dell’Ome.

Foto: Jim De Ramos de Pexels

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