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( votes)Na segunda temporada do reality esportivo ‘Rumo ao Ápice’, que estreia no ‘Esporte Espetacular’, a responsabilidade da triatleta Fernanda Keller é ainda maior. Ela teve 90 dias para treinar três atletas iniciantes, selecionados entre os milhares que se escreveram pela internet, para completar uma das provas mais difíceis do mundo: o Ironman. As distâncias são o dobro do desafio da primeira temporada: 3,8km de natação, 180km de ciclismo e 42km de corrida. Um treinamento que promete tensão, sofrimento e superação. “Apesar de todos terem passado por uma bateria de testes e exames, tudo pode acontecer quando decidimos encarar o Ironman. São personagens com histórias de vida diferentes. E a forma como cada um encara o esporte é bem pessoal”, explica Fernanda Keller.
No episódio de estreia, Fernanda conta a história de Adriele da Silva. Há cinco anos, a paulista, hoje com 30 anos, teve as duas pernas amputadas. Tudo começou com uma pedra no rim. Ela não recebeu o atendimento adequado, o quadro piorou e evoluiu para uma infecção generalizada, que a deixou internada por 64 dias, 20 deles em coma induzido na UTI. Nesse tempo, Adriele sofreu duas paradas cardiorrespiratórias, convulsões e quase teve falência múltipla de órgãos e insuficiência pulmonar. Mas nada disso a impediu de seguir em frente. Meses depois já estava praticando esporte. Virou atleta, tem vários prêmios em paratriatlos de curtas distâncias e hoje é exemplo para várias pessoas com deficiência. “Se eu sobrevivi é porque tive outra chance e não foi à toa”, conta Adriele. “Esse é o desafio da minha vida”.
“A Adriele já é uma atleta. Tem prêmios, conquistas, mas ela quer mais. Quer sair da zona de conforto e ser a primeira mulher biamputada do mundo a completar um Ironman”, conta Fernanda Keller. Enorme para qualquer participante, o desafio para Adriele é ainda maior. Ela corre com uma prótese especial, que custa cerca de 40 mil reais, presente de um atleta americano. Durante a prova, Adriele precisa parar algumas vezes para secar o suor acumulado na prótese para evitar lesões e manter o equipamento ajustado. “Em um Ironman, os atletas se cuidam para a bicicleta não quebrar. Além dessa preocupação, a Adriele tem que fazer com que a prótese aguente. Mas tudo o que ela passou não é drama. Já foi, hoje ela é inspiração”, conclui Fernanda Keller.
Também no ‘Esporte Espetacular’, o programa traz um dossiê com números alarmantes sobre o crescimento dos casos de racismo no futebol envolvendo brasileiros. O monitoramento é feito, desde 2014, pelo Observatório contra a Discriminação Racial no Futebol. O programa ouve alguns profissionais que foram vítimas de ofensas e agressões no Brasil e no exterior.
Outra matéria especial homenageia Marcelo Melo, que se tornou o primeiro brasileiro a conquistar um título masculino nos 140 anos do Torneio de Wimbledon, um dos quatro Grand Slams do tênis mundial. Ao lado do polonês Lukasz Kubot, ele levantou a taça da competição de duplas na “grama sagrada”. Para celebrar o feito do filho ilustre de Belo Horizonte, o ‘Esporte Espetacular’ transformou o Estádio do Mineirão em quadra de tênis. Melo bateu uma bolinha com o repórter Felipe Andreoli e outra fera do tênis nacional: Bruno Soares, campeão do Aberto da Austrália e do US Open, em 2016, nas duplas masculinas. Marcelo e Bruno sonham com uma medalha no torneio de duplas dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. “Guga e Maria Esther Bueno fizeram história nos torneios de simples e nós inauguramos uma nova prateleira no panteão do tênis brasileiro com as conquistas nas duplas”, acredita Bruno Soares, outro mineiro de Belo Horizonte.
A segunda temporada do reality ‘Rumo ao Ápice’, estreia no ‘Esporte Espetacular’ que vai ao ar no canal internacional da Globo no domingo, dia 30, nas Américas; segunda-feira, dia 31, no Japão e Austrália; e domingo, 06 de agosto, na Europa e África.
Crédito: Globo/ Divulgação
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