Jovens bailarinos brasileiros do projeto Ballet Beyond Borders, Gabriel, Trislaine, Weverton, Laura e Mariana
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Jovens brasileiros vivem sonho de estudar no Miami City Ballet

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O Miami City Ballet é uma das companhias de balé clássico mais importantes e renomadas do país e, além de formar grandes bailarinos americanos, tem uma cultura internacional que visa dar oportunidades a jovens bailarinos de diversos lugares do mundo, como Europa, América Latina e, especialmente, o Brasil, que participam de suas audições e aulas e podem se tornar grandes bailarinos profissionais. Um desses projetos é o Ballet Beyond Borders, que oferece bolsa de estudos para muitos jovens brasileiros, independente de raça, região ou nível social. Em parceria com o Consulado Geral do Brasil em Miami, o Miami City Ballet criou o Brazilian Founders Committee, que conta com o apoio de empresários e incentivadores da arte e cultura brasileira na Flórida. Essa grande iniciativa merece destaque, e a Acontece Magazine mostra um pouco da experiência de cinco jovens bailarinos que participaram de audições no Brasil e agora fazem parte do Ballet Beyond Borders 2017. Conheça a história e sonhos de Trislane, Wevertton, Mariana, Laura e Gabriel a seguir.

‘Nunca desistir e ter humildade sempre’
A jovem “carioca da gema” Trislane Martins, 19, conheceu o balé clássico aos 6, em um projeto social de uma comunidade no Rio de Janeiro. A paixão pela dança foi notada pela mãe, Cristina Senna, quando viu a pequena Trislane fascinada pelas bailarinas em comerciais de TV. Junto à mãe, a professora Mariluce Medeiros é também uma incentivadora. Trislane é uma das bailarinas brasileiras que chegaram ao Miami City Ballet através de um evento no Centro Coreográfico do RJ, quando ganhou uma bolsa para fazer o curso de verão na companhia. Na sede, em Miami, Trislane tem aulas de balé clássico, ponta, pas de deux, pilates, repertório e contemporâneo e está vivendo uma das experiências mais valiosas de sua vida. “O maior desafio é aprender a ter responsabilidade, já que viemos sozinhos para Miami”, diz.

‘Confie, seja você e mesmo nas dificuldades não desista nunca’
Wevertton Santos, 20, começou a estudar balé clássico aos 15, por incentivo de uma amiga. “Ela me disse que eu tinha corpo de bailarino e então fiz uma aula e me apaixonei pela dança.” A oportunidade chegou em 2015, quando soube que um grupo de professores do Miami City Ballet estava fazendo uma audição na cidade de São Paulo em busca de bailarinos brasileiros. Santos não perdeu a chance. Para ele, aprimorar as técnicas de dança com uma bolsa de estudos no Miami City Ballet é uma oportunidade única e que ele não teria no Brasil. Para o jovem bailarino, a profissão apresenta grandes desafios. “Quero recuperar o tempo perdido. Comecei aos 15 anos e é um pouco tarde para o ballet. Outro desafio é conseguir um contrato na companhia com que sonhamos”, diz. Mas mesmo com as dificuldades inerentes à vida de um bailarino clássico, Santos é persistente e aconselha jovens que têm o mesmo sonho: “Acredite em si mesmo, pois nada é impossível para aqueles que acreditam em seus sonhos e seguem em frente com foco e determinação.”

‘Mesmo com todos os desafios e obstáculos, siga em frente com humildade’
A bailarina Mariana Silva, 14, nasceu no Rio de Janeiro e iniciou suas atividades no balé aos 9, por incentivo dos pais. Caçula dessa turma de brasileiros, ela chegou ao Miami City Ballet pelo incentivo da diretora Alice Arja e conquistou uma vaga no curso de cinco semanas de verão na sede da companhia, em Miami. Na escola, Marina aprende a técnica balanchine, ensinada em poucas companhias de ballet no mundo. A rotina de aulas é intensa. “Tenho aula todos os dias no período da tarde com aulas de pas de deux, técnica de ponta, contemporâneo, variação, repertório e pilates.” Apesar de ainda ser uma adolescente, Mariana leva muito a sério a grande oportunidade que está vivendo em Miami e acredita que o sucesso chega quando há determinação. “Trabalhar duro, ter foco nos objetivos, sempre dar o melhor de si. E, acima de tudo, ter humildade”, diz.

‘Trabalhe duro e tente aprender o máximo com os seus professores’
A paulistana Laura Coelho, 15, começou os estudos de ballet clássico aos 6 e também foi uma das brasileiras escolhidas na audição do Miami City Ballet em São Paulo para estudar em Miami. Laura tem aprendido muitas técnicas novas nas aulas diárias do curso intensivo de verão e acredita que o maior desafio até agora foi “aprender a se virar sozinha, sem a ajuda da família, em situações difíceis”. Mas mesmo com todas as dificuldades, essa experiência Laura agarrou com força e está sempre disposta a ouvir aqueles que estão aqui para lhe ajudar a conquistar uma carreira brilhante no balé clássico. “Independente de qualquer situação, nunca desista e seja humilde para aprender.”

‘O tamanho do seu desejo em ser bailarino mostra o quão longe você vai chegar’
O paulistano Gabriel Lorena, 17, conheceu a dança na igreja em que frequentava em São Paulo. Começou a fazer aulas em uma escola de dança pequena, e aos 13, entrou para o Teatro Municipal de São Paulo para estudar balé clássico. Como um dos brasileiros escolhidos para o curso de verão do Miami City Ballet, Lorena está aproveitando cada minuto dessa oportunidade em Miami. “Cada aluno tem seu nível e horário para estudar. Eu gosto de estar lá sempre, fazendo algo, alongando, malhando e até procurando um estúdio vazio para dançar e coreografar.” Para ele, estudar no Miami City Ballet é um sonho realizado, mas que requer disciplina. “Abrir mão do lazer para fazer as aulas, se desafiar, ter maturidade e ser forte o suficiente para passar de um estudante a um profissional, mesmo se você for o mais fraco da turma.” Para enfrentar os desafios e conquistar o mundo com a sua dança, o jovem se agarra à fé. “Me vejo aqui por ser um dos sonhos que Deus tem para mim, então trabalhe duro, mas entregue nas mãos de Deus, que é o principal.”

Por Connie Rocha – Foto: Fabiano Silva / Miami City Ballet Miami Beach

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