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Camila Pitanga é a nova heroína da Globo

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A nova novela da Globo, Babilônia, estreou no Brasil e no canal internacional da emissora em março, contando as histórias de três mulheres completamente diferentes entre si e que personificam as diversas facetas da ambição.

Beatriz (personagem da atriz Glória Pires) é uma mulher privilegiada, que tem sede de poder e usa sua sensualidade para conseguir o que quer. Inês (personagem de Adriana Esteves) não é tão privilegiada assim, mas é tão sem caráter quanto Beatriz. Já Regina (personagem de Camila Pitanga) é o contraponto: é a heroína da história, que vai provar que é possível alcançar seus sonhos sem passar por cima dos outros.
Camila concedeu entrevista e falou sobre sua nova personagem. Confira.

Essa é uma novela de mulheres poderosas. A sua personagem Regina é a mocinha entre duas vilãs, a Inês da Adriana Esteves e a Beatriz da Glória Pires. Como é que vai ser essa relação de forças?

Elas são mulheres com trajetórias bem diferentes que acabam se cruzando por causa de um crime que envolve o pai da Regina. Mais tarde, ela reencontra essas duas mulheres e o que vai acirrar essa relação é o fato da Regina não estar disposta a tolerar injustiças. A morte do pai rasga uma ferida nela. E aí, ela vai esbarrar logo com a inescrupulosa Beatriz e com a não menos inescrupulosa Inês. Pessoas que têm estilos de jogo diferentes. A Beatriz é mais racional e fria, e a Inês é mais impulsiva. Mas elas têm uma espécie de simbiose em que são inimigas e amigas ao mesmo tempo. Isso pode favorecer um pouco a Regina em alguns momentos em que as duas estão em crise e ela consegue uma posição. Mas é um triângulo, e a Inês é muito testa de ferro, tanto que em um primeiro momento o embate da Regina é com ela. Vai demorar para ela descobrir a Beatriz como inimiga.

Nessa teia, a Regina é mocinha ou é heroína?

O que me inspira na Regina é que ela representa o que eu acredito na sociedade brasileira, o que eu acho que tem de bom no nosso povo. Nós somos uma sociedade de gente batalhadora, honesta, e eu me sinto com essa missão. Com a responsabilidade de estar representando com muita dignidade essa mulher vibrante e guerreira. A gente vive um momento em que tudo leva a crer que nós não somos assim. Eu creio no contrário. A Regina personifica uma mulher que acredita na justiça, que briga pelos seus direitos, sem ser brigar por brigar. Ela é informada e luta pelo que acredita com muita força e propriedade. Se com a Regina eu puder inspirar essas pessoas que já vivem assim, vou ficar muito feliz.

Então a Regina é, na alma, uma mulher brasileira?

A gente está falando de um momento em que o que mais está sendo noticiado são leviandades e corrupção. Eu acredito que essa não é a nossa maior característica. A corrupção está em todos os países, não está só no Brasil. E a Regina vem valorizar tudo o que a gente tem de bom. Porque, se deixar, a gente vai acabar perdendo a nossa autoestima, e eu acho que é muito importante a gente se valorizar nos meios de comunicação, mesmo que seja na ficção. Aliás ela não é uma personagem de ficção. As “Reginas” existem. Ela representa aquelas mulheres que são pilares da família, que trabalham, que cuidam dos filhos, da mãe, na simplicidade, na adversidade, suando a camisa e com uma alegria. Eu gosto disso. Ela é uma mulher que é vibrante. Ela não é aquela mulher que vamos ficar vendo chorando ao longo da novela, pelo contrário. Eu estou apostando que a Regina vai se colocar no lado otimista da autoestima brasileira.

Você tem uma ligação com o Morro da Babilônia, com o Chapéu Mangueira. Conheceu lá alguma Regina?

Eu morei no Chapéu Mangueira quando tinha 16 anos, e a Regina é um pouco de uma colagem de muitas mulheres que eu conheci lá, anônimas e batalhadoras, a quem agora eu estou dando voz. Eu fui criada nesses valores. O meu pai é aquela pessoa que transita tanto no Palácio do Planalto como no Chapéu Mangueira. Para ele, não tem diferença. Eu aprendi a respeitar o humano. Para mim não existe diferença de cor, de extrato social. Existem apenas seres humanos. A minha avó era lavadeira, criou três filhos sozinha. Naquela época, as condições de trabalho eram horríveis e completamente adversas para uma mulher solteira com três filhos, que trabalhava em casa de família e que lavava roupa para outras pessoas. Ela tinha uma dificuldade muito maior do que a que a Regina tem. Hoje, as mulheres, apesar de terem muito a avançar, têm ainda muitas diferenças, mas ao mesmo tempo, têm muitas conquistas. Adorei o discurso da Patricia Arquette no Oscar porque ela falou exatamente sobre isso.

Você teve que fazer alguma mudança no visual?

Eu deixei crescer o meu cabelo para a Regina e na primeira fase da novela eu estava com um cabelão do qual eu não queria me desfazer! Eu adorei! Para a segunda fase cortei um pouco e clareei, mas fica bem natural. A maquiagem também é simples e rápida porque é praia, apesar da Regina ser bem vaidosa. As unhas, por exemplo, estão sempre arrumadas com uma cor linda. E ela usa colar, brincão, porque é uma mulher batalhadora mas que não deixou a autoestima cair.

Foto: Globo/Alex Carvalho

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