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( vote)O tema especial deste mês em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres (08 de março), será sobre o empoderamento feminino, que é o movimento de aumento do poder social, político, e econômico para que haja igualdade de oportunidades.
Ultimamente, vemos muitos movimentos sobre esse assunto de proporcionar igualdade de gêneros, inclusive é um dos temas que são abordados na agenda de Metas de Desenvolvimento sustentável de 2030 da ONU – Organização das Nações Unidas, com as metas 5, 8 e algumas outras que também abrangem a promoção da igualdade.
O The World Bank, em pesquisa feita em Women, Business and the Law 2022, globalmente, constatou que mais de 2,4 bilhões de mulheres estão legalmente impedidas de ter as mesmas escolhas de empregos que os homens. Das 190 economias avaliadas em 2022, 70 ainda possuem leis que impedem as mulheres de trabalhar em empregos específicos, 30 economias não têm leis sobre assédio sexual no local de trabalho e, em 18 delas, os maridos podem legalmente impedir que suas esposas trabalhem.
E quais portas devem ser abertas para que essa igualdade se converta em realidade?
Em termos práticos, os aspectos que podem ser trabalhados são: educação, oportunidades econômicas, saúde, estabelecimento de rede de apoio, mais representações políticas, mídias que apoiem a desconstrução de estereótipos de gêneros, proteção aos ciclos de violência e onde entramos com a saúde emocional que é na construção da confiança.
Falando um pouco aqui da realidade que possuímos na comunidade brasileira na Flórida, mesmo que muitas mulheres imigrantes sejam altamente qualificadas e bem-educadas, elas também sofrem com os desafios no mercado americano, há muitas restrições de trabalho e além da desqualificação por gênero e estereótipos migratórios. Muitas vezes, as mulheres ficam em empregos pouco qualificados, com baixos salários, poucos benefícios e com limitações de crescimento. Muitas mulheres acabam buscando trabalhos informais e não regulamentados, algumas também arriscam empreender o que já significa um passo além.
E como a inteligência emocional pode ajudar no empoderamento feminino?
A inteligência emocional ajuda as mulheres na superação de barreiras, a construir relacionamentos fortes, tomar decisões de forma eficaz, aventurar-se em situações desafiadoras, navegar em dinâmicas sociais complexas e a atingir seus objetivos.
Ao desenvolver a inteligência emocional, as mulheres podem sentir-se mais seguras para serem bem-sucedidas em todas as áreas da vida.
Seguem algumas dicas para que sejam aplicadas:
• Autoconsciência: olhe para dentro de você, importante reconhecer as emoções e busque saber claramente seus pontos fortes e fracos.
• Comunicação: trabalhe para ter mais fluidez e segurança na sua comunicação, pois ela é a chave para construir relações fortes e resolver conflitos, que é uma competência de líderes.
• Empatia: saber entender sentimentos e se colocar nas perspectivas de outros, competência essencial para trabalho em equipe.
• Resiliência: é a capacidade de se recuperar da adversidade. Para desenvolver a resiliência busque usar seus recursos internos para lidar com o estresse, superar desafios e manter-se motivada.
• Habilidades sociais: as habilidades sociais são essenciais, como escuta ativa, colaboração e negociação, são importantes para construir redes e alcançar o sucesso. Busque estabelecer fortes conexões com outras pessoas, independentemente de gênero ou origem.
Em fevereiro de 2023, as mulheres em posições de liderança mais altas são apenas 8,2% dos CEOs da Fortune 500. Se estudarmos a história de carreira de cada uma, seguramente elas tiveram que trabalhar suas habilidades interpessoais, que são abordadas dentro do programa de inteligência emocional.
Em última análise, desenvolver a inteligência emocional é um passo importante para contribuir visando criar uma sociedade mais justa e equitativa, onde as mulheres tenham direitos e oportunidades iguais aos homens.
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