Pais, filhos e o sentido de férias
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Pais, filhos e o sentido de férias

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Por Irma de Mello*

Férias é um termo que deriva do latim que quer dizer “dia de festa” e faz referência ao descanso temporário de uma atividade habitual. Importante para todos nós, o período pode se tornar uma viagem, um passeio ou até mesmo um filme a qualquer hora do dia. O importante é que o indivíduo consiga descansar o corpo e a mente, preparando-se novamente para dias corridos.

Principalmente nessa época, muitos pais aproveitam para deixarem de se sentir culpados por não passarem tempo suficiente com os filhos, devido as obrigações do cotidiano sempre corrido. Quando conseguem tempo livre, o primeiro pensamento é viajar para recuperar os dias perdidos. Parece simples, mas, às vezes, acaba em algum conflito.

Explico: hoje vive-se a era pós-moderna que implica, entre outros conceitos, em os filhos veem nas férias um sentido de paraíso, sem limites e liberdade. Este limite, muitas vezes, é negligenciado pelos próprios pais, que tentam suprir o tempo “perdido” com bens materiais. A partir daí, vem a demanda de o filho “ter” que ganhar uma viagem de férias, como uma obrigação.

Por isso, a criança ou o adolescente fica esperando por entretenimento ou tempo livre que os pais podem não conseguir suprir, devido ao alto custo ou carga horária no trabalho. Isto pode gerar discussões entre pais e filhos de diferentes idades, o que acaba com o verdadeiro sentido de férias e consequentemente de diversão e descanso.

Ainda assim, a divergência de preferências, a falta de diálogo, as discussões são importantes para o crescimento dos dois lados: ao jovem, o amadurecimento; e aos pais, a aceitação de que os filhos estão crescendo e que não precisam mais de proteção e que podem lidar com as frustrações que o futuro trará.

Para não sofrer e desgastar a relação, é importante que as férias (e o sentido) sejam planejadas em família com diálogos e calma. Pergunte ao seu filho o que ele espera do período, se deseja ir a algum lugar e quais são as metas nesses dias de descansos.

Se o dinheiro está curto, converse com a criança ou jovem e criem um plano B juntos para conseguirem se aproximar e passar mais tempo. Aqui, vale qualquer coisa: um jogo, visita ao parque, ida(s) ao teatro e por aí vai. Os pais, claro, devem estar atentos à oportunidade de se ter o filho mais perto, ouvir as queixas, desejos e medos, para transformá-lo em um cidadão melhor. Lembre-se: qualidade é melhor do que quantidade.

Irma de Mello *Psicóloga clínica graduada pelo Miami Dade College e Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), Irma de Mello acumula mais de 18 anos de experiência em atendimento clínico. Natural de São Gonçalo de Sapucaí, sul de Minas Gerais, divide sua rotina entre Belo Horizonte, onde vive há 20 anos e mantém sua clínica de atendimento, e os Estados Unidos (Miami), onde planeja estabelecer-se no futuro. Ao longo de sua carreira, Irma se aprimorou em diversas técnicas, como thetahealing, reiki, terapia floral e hipnoterapia, técnica baseada na hipnose clínica, utilizada por diversos psicoterapeutas.

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