Vida e Saúde

O que é parto humanizado e como ele pode beneficiar uma gestante?

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Abordagem visa combater a violência obstétrica e oferecer um tratamento mais respeitoso às mulheres

Violência obstétrica não é novidade no meio médico, mas só se tornou uma pauta recorrente de uns anos para cá, conforme os movimentos feministas foram se posicionando a respeito. Antigamente, eram raros os casos em que as gestantes tinham alguma voz dentro da sala de parto, onde em sua maioria acabavam sendo submetidas a situações de humilhação, maus tratos e pouca assistência, em um momento tão delicado quanto esse. Hoje, já existe um esforço maior para combater tudo isso, o que costuma ser chamado de parto humanizado.

É válido ressaltar que um parto humanizado não é uma forma específica de dar à luz (como cesárea ou natural, por exemplo), mas, sim, uma assistência adequada que a gestante recebe em todo o processo da gravidez, do pré-natal ao pós-parto. Com o tempo, não só as mulheres como os próprios profissionais foram percebendo que a maioria das intervenções cirúrgicas envolvidas nessa situação era desnecessária, o que por vezes pode causar sequelas permanentes no corpo da mulher. O objetivo dessa abordagem é dar total autonomia para que a própria pessoa decida o que é melhor para si.

Dar voz à gestante não significa tirar a autoridade do médico responsável, mas, sim, respeitar suas vontades referentes ao seu próprio corpo e também ao bebê que está por vir. Ainda que não seja possível atender a todas as exigências da paciente, a equipe deve sempre buscar alternativas que ainda sejam aceitas pela gestante; afinal, tanto a gestação, quanto o parto, são momentos muito pessoais, e cada mulher deve realizá-lo da forma como preferir.

Isso significa que a mulher pode escolher cada detalhe do procedimento: a posição em que realizará o nascimento, o ambiente do parto (quarto, banheira, cama, etc.), o uso de anestesia, entre outros fatores. Ao contrário do que muitos pensam, até mesmo uma cesárea pode ser humanizada, desde que as vontades da gestante não sejam deixadas de lado. Hoje, já existe um documento específico para isso, chamado de plano de parto, que deve ser escrito à mão pela mulher e apresentado no hospital em questão. Nele, a gestante deve especificar tudo que deseja, e, caso não seja atendida dessa forma, pode entrar com medidas legais contra a instituição.

A equipe médica também deve ser preparada para partos humanizados, com profissionais de diferentes especialidades. Uma pessoa formada em um curso de fisioterapia e habilitada em obstetrícia, por exemplo, tem um papel fundamental nesse processo, oferecendo auxílio do pré-natal até o puerpério. Todos os integrantes devem estar comprometidos com essa humanização, para que a experiência seja tranquila e agradável para ambos os lados.

*Foto: iStock.

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