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( votes)A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) lançou na última semana semana uma campanha global exigindo um cessar-fogo imediato em Gaza. Com o lema “Médicos não podem parar o genocídio. Líderes mundiais, sim”, a iniciativa busca mobilizar a opinião pública nas redes sociais e pressionar governos a agir diante da escalada da violência.
Segundo o Ministério da Saúde local, mais de 64 mil pessoas já foram mortas, incluindo 20 mil crianças. Muitas vítimas seguem presas sob os escombros. Para a MSF, o que acontece em Gaza já não pode ser descrito apenas como uma catástrofe humanitária: trata-se da destruição sistemática de um povo.
Hospitais sob ataque e profissionais em risco
Embora instalações de saúde tenham proteção pelo direito internacional, hospitais foram bombardeados e invadidos. Hoje, nenhum hospital funciona em plena capacidade, e os que permanecem parcialmente abertos enfrentam falta crítica de suprimentos.
Mais de 1.500 profissionais de saúde foram mortos desde o início da ofensiva. Entre eles, 12 colaboradores da MSF, incluindo o cirurgião ortopédico Mohammed Obeid, que permanece detido por Israel desde outubro de 2024.
Cerco e fome em Gaza
As autoridades israelenses mantêm um cerco total ao território, restringindo combustível, água, alimentos e insumos médicos. A fome já foi confirmada na Cidade de Gaza, e há relatos de pessoas morrendo pela falta extrema de comida.
Uma operação administrada por Israel e financiada pelos EUA, a chamada Fundação Humanitária de Gaza (GHF), é acusada de provocar a morte de 1.400 pessoas e ferir outras 4 mil.
A escassez de água potável também agrava a crise. Apenas no último mês, equipes da MSF trataram 4 mil casos de diarreia aquosa, doença potencialmente fatal para crianças em estado de desnutrição.
Apelo internacional
Na avaliação da MSF, a inação, o silêncio ou o apoio direto de governos em relação às ações israelenses configuram cumplicidade. Por isso, a organização pede medidas urgentes da comunidade internacional para:
- Parar o genocídio contra os palestinos em Gaza;
- Garantir um cessar-fogo imediato e sustentado;
- Encerrar o cerco e permitir a entrada livre de ajuda humanitária;
- Pôr fim à chamada Fundação Humanitária de Gaza;
- Parar os ataques a hospitais e profissionais de saúde;
- Permitir evacuações médicas;
- Suspender a venda de armas usadas no conflito.
“Nossos colegas em Gaza não podem parar este genocídio. Mas os líderes mundiais podem — se decidirem agir”, reforça a campanha.
Mobilização global
A MSF convida a população mundial a compartilhar a mensagem em suas redes sociais — como Instagram e X — para aumentar a pressão sobre governos. Quanto maior a mobilização, maior a chance de influenciar decisões políticas por um cessar-fogo imediato.
“Médicos não podem parar o genocídio. Líderes mundiais, sim.”

Mariam Abu Dagga/MSF


Nour Alsaqqa/MSF

Nour Alsaqqa/MSF













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